Laetitia Casta e Lee Pace fotografados por Peter Lindbergh para a Tiffany & Co.
Nunca pensei muito em casar, confesso. Achei sempre que iria ficar eternamente solteira. Achava sempre que quando estivesse prestes a dar esse passo, recuaria, teria pesadelos, e por aí fora. Achava eu isso. Até aparecer ele. Ele apareceu, e querer casar (não casar, mas sim casar com ele), passou a fazer parte dos meus desejos. Aliás, eu acho que quando se ama verdadeiramente alguém, a vontade de casar surge naturalmente. Primeiro surgiu o pedido de casamento há uns meses. Lindo, lindo. E o casamento agora. Sem grandes alaridos. Sem despedidas de solteira, sem véu, sem grinalda, sem vestido branco, sem duzentos convidados, sem fotógrafos a tirar milhares de fotografias em todas as posições possíveis, sem não sei quantos padrinhos, sem nada disso, e como eu sempre imaginei. O mais nosso possível. O mais mágico possível. Na nossa cidade favorita - Nova Iorque. Sem qualquer tipo de dúvidas. Sem receios. Com muitas certezas. E com um amor inimaginável e incondicional a unir-nos.
Da falta de atenção
Leighton Meester fotografada por Christophe Mimoon para a Marie Claire UK, dezembro de 2010
É um facto que tenho verificado desde que a Princesinha (que tem uma alergia grave a um alimento) está comigo, algumas pessoas que têm e trabalham em restaurantes não levam a sério quando um cliente diz que tem uma alergia. Tenho para mim que a maior parte dessas pessoas acham que, das duas uma, ou os clientes dizem que têm uma alergia a um alimento só porque é giro dizer que se tem uma alergia, ou então falam de uma alergia como uma coisa completamente inofensiva em que apenas se fica com duas ou três borbulhas no corpo. Esquecem-se que há pessoas cuja alergia as pode levar à morte. Que há alergias que são tão graves que podem provocar um edema da glote que as pode matar em horas, ou menos. Mesmo que certo prato tenha apenas vestígios do tal alimento. É que já perdemos a conta à quantidade de pratos que tivemos de mandar para trás, porque, apesar da exaustiva advertência, vinham carregados ou com vestígios do dito alimento
É um facto que tenho verificado desde que a Princesinha (que tem uma alergia grave a um alimento) está comigo, algumas pessoas que têm e trabalham em restaurantes não levam a sério quando um cliente diz que tem uma alergia. Tenho para mim que a maior parte dessas pessoas acham que, das duas uma, ou os clientes dizem que têm uma alergia a um alimento só porque é giro dizer que se tem uma alergia, ou então falam de uma alergia como uma coisa completamente inofensiva em que apenas se fica com duas ou três borbulhas no corpo. Esquecem-se que há pessoas cuja alergia as pode levar à morte. Que há alergias que são tão graves que podem provocar um edema da glote que as pode matar em horas, ou menos. Mesmo que certo prato tenha apenas vestígios do tal alimento. É que já perdemos a conta à quantidade de pratos que tivemos de mandar para trás, porque, apesar da exaustiva advertência, vinham carregados ou com vestígios do dito alimento
Apetece comprar tudo
Tuesday 27 March 2012
Já há muito tempo que não gostava tanto de uma coleção da Zara como da que agora está nas lojas. Adoro quase tudo.
Notas soltas de escárnio e maldizer sobre o programa "Ídolos"
- Já nem as sessões de casting (a única parte do programa que eu nunca perco) têm graça, porque já se percebeu que há muita gente que vai para lá fazer disparates com a intenção de chamar a atenção. Nem sei como lhes dão tempo de antena.
- A Bárbara Guimarãesque está com um aspecto de boneca insuflável que não é brincadeira consegue ser ainda pior como júri do que o é como apresentadora.
- Só ontem me apercebi que o Tony Carreira usa capachinho.
- O membro do júri que trata mal os concorrentes e os chama a todos de azeiteiros é o maior azeiteiro de sempre, em todos os aspectos.
- O Pedro Abrunhosa é o único que realmente sabe avaliar um concorrente. A não ser, claro está, que a miúda seja uma boazona de roupa justa, aí ele perde um bocadinho a cabeça.
- Não percebo como é que toda a gente quer ser o ídolo de Portugal (ainda se fosse no America Idol em que, realmente, ficam mesmo muito famosos) quando na verdade se deixa de ouvir falar deles ao fim de uns meses.
- A Bárbara Guimarães
- Só ontem me apercebi que o Tony Carreira usa capachinho.
- O membro do júri que trata mal os concorrentes e os chama a todos de azeiteiros é o maior azeiteiro de sempre, em todos os aspectos.
- O Pedro Abrunhosa é o único que realmente sabe avaliar um concorrente. A não ser, claro está, que a miúda seja uma boazona de roupa justa, aí ele perde um bocadinho a cabeça.
- Não percebo como é que toda a gente quer ser o ídolo de Portugal (ainda se fosse no America Idol em que, realmente, ficam mesmo muito famosos) quando na verdade se deixa de ouvir falar deles ao fim de uns meses.
Quem é que me manda ver estas coisas?
Thursday 22 March 2012
Cada vez vejo menos televisão. E os programas que eu vejo resumem-se a telejornais e a documentários. As séries e filmes prefiro sempre ver em dvd. Mas, de vez em quando, muito de vez em quando, a minha veia pirosa foge-me para o lixo televisivo. E, quando eu dou conta, já o meu dedinho ganhou vida própria e já está todo mimoso a clicar no botanito do meu canal de lixo televisivo de eleição - não a tvi ou a sic, mas sim o tlc. No entanto, ultimamente, cansei-me um pouco dos seus programas, e, tirando o Say Yes To The Dress (matéria para outro post), nunca apanho nada de jeito (de jeito, mas em mau, claro) às horas a que eu vejo.
Por isso, numa dessas horas demoníacas, virei-me para a mtv, mais concretamente para o Jersey Shore. E, meus amores, tenho a dizer-vos que aquilo é mesmo do mais rasco, reles, que há, o fundo do poço. Não admira que a marca Abercrombie & Fitch tenha pago para aquelas figurinhas não usarem as suas roupas. Em suma, aquilo é o pior programa que podem imaginar.
Basicamente, resume-se a um reality show onde uma cambada de mitras apanha bebedeiras de caixão à cova e se enrola, sexualmente, com tudo o que mexe. Eles são muito Cristiano Ronaldos e elas são todas siliconadas, bronzeadas, e tudo o que de falso possam imaginar.
O programa é tão mau, que até a minha veia pirosa torceu o nariz e achou que aquilo era demasiado para a minha pessoa.
Por isso, numa dessas horas demoníacas, virei-me para a mtv, mais concretamente para o Jersey Shore. E, meus amores, tenho a dizer-vos que aquilo é mesmo do mais rasco, reles, que há, o fundo do poço. Não admira que a marca Abercrombie & Fitch tenha pago para aquelas figurinhas não usarem as suas roupas. Em suma, aquilo é o pior programa que podem imaginar.
Basicamente, resume-se a um reality show onde uma cambada de mitras apanha bebedeiras de caixão à cova e se enrola, sexualmente, com tudo o que mexe. Eles são muito Cristiano Ronaldos e elas são todas siliconadas, bronzeadas, e tudo o que de falso possam imaginar.
O programa é tão mau, que até a minha veia pirosa torceu o nariz e achou que aquilo era demasiado para a minha pessoa.
Coisas que nem com um ataque de senilidade eu usaria
Wednesday 21 March 2012
Eva Longoria
Estes sapatos.
- Ah e tal, Kitty Fane, estás doida? São uns Louboutin.
Pois são, mas são simplesmente medonhos. Mais facilmente eu usava uns sapatos dos chineses, com tudo o que isso implica (sobretudo o cheiro a borracha e os pés queimados depois de andar cinco minutos com eles calçados). Estes só me lembram stripers e drag queens.
Quanto ao resto do conjuntinho, podia vir todo diretamente para o meu roupeiro.
Das boas notícias
Sean Penn é um dos indicados para receber o prémio Nobel da Paz ainda este ano, pelo seu longo historial de voluntariado, sobretudo na assistência às vítimas do sismo no Haiti.
Do dia do pai
Hoje em dia, faz cada vez menos sentido comemorar o dia do pai nas escolas. É que acaba por ser um dia triste para a maior parte das crianças. Uns porque nunca conheceram o pai. Outros porque não veem o pai há não sei quanto tempo e não sabem sequer quando vão voltar a estar com ele. Outros porque o pai tem uma nova família e novos filhos e já não tem tempo para os filhos do primeiro casamento. E por aí fora.
O blogue da semana
Audrey Tautou fotografada para a Vanity Fair Italia por Ralph Wenig, novembro 2011
O blogue desta semana, da autoria de uma amiga muito especial, chama-se "A minha vida dava uma série". É um blogue que eu adoro, leve, descontraído e muito despretensioso.
O blogue desta semana, da autoria de uma amiga muito especial, chama-se "A minha vida dava uma série". É um blogue que eu adoro, leve, descontraído e muito despretensioso.
George Clooney
Saturday 17 March 2012
George Clooney
Quem me lê desde os primórdios do blogue há-de saber, com certeza, da minha antiga pancada pelo Clooney. Claro que hoje em dia já não é pancada coisíssima nenhuma. Porque, sejamos realistas, quando se tem um Homem de sonho na nossa vida, todos os restantes perdem a piada, inclusivé o Clooney. No entanto, continuo a admirá-lo pela pessoa que é. Aliás, a minha pancada por ele foi sempre para além do físico. Acho-o inteligentíssimo, talentoso, é um excelente ator e um excelente realizador, está sempre bem em qualquer entrevista, e empenha-se em causas como poucos se empenham. E, ontem, ao ser preso, subiu ainda mais na minha consideração.
Quem me lê desde os primórdios do blogue há-de saber, com certeza, da minha antiga pancada pelo Clooney. Claro que hoje em dia já não é pancada coisíssima nenhuma. Porque, sejamos realistas, quando se tem um Homem de sonho na nossa vida, todos os restantes perdem a piada, inclusivé o Clooney. No entanto, continuo a admirá-lo pela pessoa que é. Aliás, a minha pancada por ele foi sempre para além do físico. Acho-o inteligentíssimo, talentoso, é um excelente ator e um excelente realizador, está sempre bem em qualquer entrevista, e empenha-se em causas como poucos se empenham. E, ontem, ao ser preso, subiu ainda mais na minha consideração.
E não é que...
Friday 16 March 2012
... fui ao cinema ver o "Florbela" e adorei. Uma vénia especial para a dupla - Ivo Canelas e Dalila Carmo.
Ainda a adoção
Eu conheço algumas histórias felizes de pessoas que não podiam ter filhos biológicos e adotaram. E não tenho nada contra quem adota porque não pode ter filhos biológicos, como será evidente. Até porque há muita gente que nem sequer tinha posto essa hipótese anteriormente, e devido a essa tristeza começa a sentir essa vontade, esse desejo, esse sonho. No entanto, há pessoas que SÓ adotam porque não conseguiram ter filhos biológicos. E depois querem apenas crianças à sua imagem e semelhança, com determinado tipo de caraterísticas. Sem traumas, sem problemas. Portanto, adoção, sim, mas feita com o coração e não como uma solução.
Da adoção
Elle Fanning
Quando digo que adotei a Princesinha a alguém que conheço há pouco tempo, há sempre quem se saia com uma frase do género - ah, eu conheço um casal que, como não podia ter filhos, também adotou. E eu detesto que me digam isso, confesso.
Primeiro, porque não adotei a Princesinha porque não podia ter filhos biológicos. Adotei-a porque nos adorámos assim que nos conhecemos e chegou uma altura em que já não conseguíamos estar longe uma da outra. Foi, e é, uma daquelas histórias de amor incondicional que eu julgava só acontecerem nos filmes. Segundo, porque adotar sempre foi um sonho, independentemente de ter ou não filhos biológicos.
E, para dizer a verdade, acho um erro enorme adotar SÓ porque não se conseguiu ter filhos biológicos. Adotar nunca, mas nunca, deveria ser um plano B, uma segunda opção - como não consigo ter um filho meu, vou arranjar um que não é meu para tapar esta ferida que aqui ficou.
Quando digo que adotei a Princesinha a alguém que conheço há pouco tempo, há sempre quem se saia com uma frase do género - ah, eu conheço um casal que, como não podia ter filhos, também adotou. E eu detesto que me digam isso, confesso.
Primeiro, porque não adotei a Princesinha porque não podia ter filhos biológicos. Adotei-a porque nos adorámos assim que nos conhecemos e chegou uma altura em que já não conseguíamos estar longe uma da outra. Foi, e é, uma daquelas histórias de amor incondicional que eu julgava só acontecerem nos filmes. Segundo, porque adotar sempre foi um sonho, independentemente de ter ou não filhos biológicos.
E, para dizer a verdade, acho um erro enorme adotar SÓ porque não se conseguiu ter filhos biológicos. Adotar nunca, mas nunca, deveria ser um plano B, uma segunda opção - como não consigo ter um filho meu, vou arranjar um que não é meu para tapar esta ferida que aqui ficou.
Estado em que se encontra este blogue
Tuesday 13 March 2012
Amanda Seyfried fotografada para a Glamour por Ellen von Unwerth, março 2012
A precisar urgentemente de férias.
A precisar urgentemente de férias.
Das coisas boas da vida
Monday 12 March 2012
Susannah York com o seu Cavalier King Charles Spaniel
Um cãozinho bebé consegue ser a coisinha mais doce e linda do mundo... mas dá tanto trabalho. Ai.
Um cãozinho bebé consegue ser a coisinha mais doce e linda do mundo... mas dá tanto trabalho. Ai.
Lady Gaga, volta, estás perdoada!
Mila Kunis fotografada para a Bazaar de abril de 2012 por Terry Richardson
As reportagens da Moda Lisboa nos telejornais dão-me sempre vontade de rir. Sobretudo quando os jornalistas desatam a fazer reportagens sobre os outfits das pessoas que ali estão presentes. É tudo demasiado surreal para ser verdade.Vale tudo para chamar a atenção.
As reportagens da Moda Lisboa nos telejornais dão-me sempre vontade de rir. Sobretudo quando os jornalistas desatam a fazer reportagens sobre os outfits das pessoas que ali estão presentes. É tudo demasiado surreal para ser verdade.Vale tudo para chamar a atenção.
Das coisas boas da vida
Passar a marginal, de carro, bem cedinho, num domingo de sol. Só apetece parar o carro e ficar por ali, horas esquecidas, a observar a paisagem e a pensar que, apesar de todos os problemas, temos coisas tão bonitas.
Das coisas boas da blogosfera
Há tempos, um dos blogues da semana aqui mencionado foi o Beijo da Mulata, blogue de uma pediatra que, de vez em quando, faz voluntariado em Moçambique. Dias depois, recebi um e-mail da sua autora a dar-me conta das repercussões que essa divulgação teve. Para além do natural aumento do número de visitas, várias pessoas leram o blogue de fio a pavio e algumas decidiram mesmo apadrinhar algumas crianças (no âmbito de alguns projetos que lá são mencionados). Fiquei tão feliz.
Dos filmes inesquecíveis
•
Thursday 8 March 2012
Kristen Stewart fotografada por Matthias Vriens-McGrath fpara a Elle UK, julho 2010
Há horas tão longas que mais parecem anos.
Há horas tão longas que mais parecem anos.
...
Anne Hathaway fotografada por Mario Testino
Todos os meus amigos sabem cada vez menos da minha vida, é um facto. Não por mal, mas porque a minha vida neste momento acontece a uma velocidade tão estonteante que acabo por achar melhor não contar metade das coisas, para não correr o risco de acharem que eu enlouqueci. Por isso, tenho gostado da sua preocupação silenciosa. Não questionam. E eu sei que eles estão lá a desejar-me o melhor. E eles sabem que eu estou aqui a fazer o mesmo. E hoje é um dia tão importante. Preciso mais uma vez que não questionem, apenas rezem. Hoje vamos mesmo precisar.
Todos os meus amigos sabem cada vez menos da minha vida, é um facto. Não por mal, mas porque a minha vida neste momento acontece a uma velocidade tão estonteante que acabo por achar melhor não contar metade das coisas, para não correr o risco de acharem que eu enlouqueci. Por isso, tenho gostado da sua preocupação silenciosa. Não questionam. E eu sei que eles estão lá a desejar-me o melhor. E eles sabem que eu estou aqui a fazer o mesmo. E hoje é um dia tão importante. Preciso mais uma vez que não questionem, apenas rezem. Hoje vamos mesmo precisar.
Jamais entenderei certas modernices
Das obras de arte
Tuesday 6 March 2012
Lauren Bush (sobrinha de George W. Bush) no dia do seu casamento com David Lauren (filho de Ralph Lauren)
Ao contrário da maior parte das mulheres, nunca tive o sonho de casar de véu e grinalda. Para além disso, sempre achei a maior parte dos vestidos de noiva um pavor. No entanto, a este abro uma grande exceção. Lindo, lindo. Uma vénia ao senhor Ralph Lauren, por favor.
Divagações de domingo de manhã
Saturday 3 March 2012
Marion Cotillard fotografada por Jean Baptiste-Mondino
Os dias têm amanhecido cinzentos. Como eu. Ainda por cima o meu corpo está tão habituado a saltar da cama de madrugada todos os dias, que hoje, sem que isso fosse necessário, despertou cedo. E agora aqui estou eu, diante de um computador, a postar às sete da manhã de um domingo. Talvez numa de distração. Divagar um pouco sobre assuntos parvos, funciona sempre bem.
Mas adiante, na sexta-feira dei conta da verdadeira importância do futebol para a maior parte das pessoas. Sim, eu lembro-me do Euro 2004 e da loucura que foi, mas, caramba, era Portugal que estava em jogo, era a união de um país, o orgulho nacional. Mas agora, porque raio vivem as pessoas tanto o futebol, ficando de trombas se, por exemplo, o Benfica perde e ficando loucas se este ganha, ao ponto de regerem toda a sua vida em função disso?
Na sexta-feira jantámos fora. Como ninguém se lembrava que havia o raio de um jogo de futebol tão importante (andamos tão submersos na nossa vida e nos nossos problemas que não nos lembramos dessas coisas), escolhemos um restaurante que, por acaso, e surpreendentemente, tinha uma televisão ligada ao dito jogo (e uma televisão num restaurante para mim diz tudo sobre um restaurante, conversa para outro post). E a única coisa que saltava à vista eram os casais e as famílias a jantarem sozinhos, elas a comerem em silêncio, uma ou outra lá olhava também muito entendida para o jogo, e eles vidrados na televisão. Só na televisão. No primeiro golo do Benfica, apanhei um susto de morte, porque se levantaram todos aos gritos. E por aí fora. Ou seja, a liberdade deles estava a interferir com a minha, por causa de... um jogo de futebol.
De seguida, lembrámo-nos que tínhamos de passar pelo shopping para fazer uma compra de última hora. Mais uma vez, via-se a obsessão das pessoas pelo futebol por todo o lado. Todas as televisões das lojas tinham uma legião de homens, estáticos, a olhar para aquilo como se não existisse mais nada no mundo naquele momento. O bom disto, é que as lojas, estavam praticamente vazias.
Quando cheguei a casa, liguei o Facebook e todos, repito, TODOS, os estados das pessoas eram sobre o jogo.
E agora pergunto eu, vocês, os que fazem parte destas pessoas, expliquem-me por que razão mexe isto tanto convosco? Eu compreendo que as pessoas vão ao estádio ver jogos de futebol e aí se empolguem a sério. E compreendo que as pessoas fiquem felizes com a vitória da sua equipa, atenção, e vejam os jogos na televisão. Agora levar a vida com uma obsessão que roça o doentio por causa da vitória de um clube de futebol, que, afinal de contas, não vai contribuir nada para a vossa vida, ao ponto de ficarem furibundos com a sua derrota, e ao ponto de não terem mais assuntos de conversa nos dias seguintes, que não seja - o árbitro roubou a equipa e aquele fora de jogo não existiu - é um bocadinho surreal, ou não. Não, não estou a condenar, estou apenas a tentar compreender.
Os dias têm amanhecido cinzentos. Como eu. Ainda por cima o meu corpo está tão habituado a saltar da cama de madrugada todos os dias, que hoje, sem que isso fosse necessário, despertou cedo. E agora aqui estou eu, diante de um computador, a postar às sete da manhã de um domingo. Talvez numa de distração. Divagar um pouco sobre assuntos parvos, funciona sempre bem.
Mas adiante, na sexta-feira dei conta da verdadeira importância do futebol para a maior parte das pessoas. Sim, eu lembro-me do Euro 2004 e da loucura que foi, mas, caramba, era Portugal que estava em jogo, era a união de um país, o orgulho nacional. Mas agora, porque raio vivem as pessoas tanto o futebol, ficando de trombas se, por exemplo, o Benfica perde e ficando loucas se este ganha, ao ponto de regerem toda a sua vida em função disso?
Na sexta-feira jantámos fora. Como ninguém se lembrava que havia o raio de um jogo de futebol tão importante (andamos tão submersos na nossa vida e nos nossos problemas que não nos lembramos dessas coisas), escolhemos um restaurante que, por acaso, e surpreendentemente, tinha uma televisão ligada ao dito jogo (e uma televisão num restaurante para mim diz tudo sobre um restaurante, conversa para outro post). E a única coisa que saltava à vista eram os casais e as famílias a jantarem sozinhos, elas a comerem em silêncio, uma ou outra lá olhava também muito entendida para o jogo, e eles vidrados na televisão. Só na televisão. No primeiro golo do Benfica, apanhei um susto de morte, porque se levantaram todos aos gritos. E por aí fora. Ou seja, a liberdade deles estava a interferir com a minha, por causa de... um jogo de futebol.
De seguida, lembrámo-nos que tínhamos de passar pelo shopping para fazer uma compra de última hora. Mais uma vez, via-se a obsessão das pessoas pelo futebol por todo o lado. Todas as televisões das lojas tinham uma legião de homens, estáticos, a olhar para aquilo como se não existisse mais nada no mundo naquele momento. O bom disto, é que as lojas, estavam praticamente vazias.
Quando cheguei a casa, liguei o Facebook e todos, repito, TODOS, os estados das pessoas eram sobre o jogo.
E agora pergunto eu, vocês, os que fazem parte destas pessoas, expliquem-me por que razão mexe isto tanto convosco? Eu compreendo que as pessoas vão ao estádio ver jogos de futebol e aí se empolguem a sério. E compreendo que as pessoas fiquem felizes com a vitória da sua equipa, atenção, e vejam os jogos na televisão. Agora levar a vida com uma obsessão que roça o doentio por causa da vitória de um clube de futebol, que, afinal de contas, não vai contribuir nada para a vossa vida, ao ponto de ficarem furibundos com a sua derrota, e ao ponto de não terem mais assuntos de conversa nos dias seguintes, que não seja - o árbitro roubou a equipa e aquele fora de jogo não existiu - é um bocadinho surreal, ou não. Não, não estou a condenar, estou apenas a tentar compreender.
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