O pedido de desculpas que nunca chegou
Tuesday 30 June 2009
Eu queria mesmo tê-lo adorado
Em busca do biquíni perfeito
Manoela Furtado para a Poko Pano
Pois que já tinha corrido tudo em busca do biquíni perfeito para o meu corpo imperfeito. Sim, lamento desiludir-vos, eu sei que vocês iam jurar que eu tinha o corpo da Gisele e da Adriana Lima e tal, mas não, esta que vos escreve tem por aqui muita coisa que não fazia cá falta (uma celulitezinha, um pneuzinho, uma estriazita aqui e ali, and so on, and so on) mas que estão cá e , como tal, tem de viver com elas - com as imperfeições, essas malvadas. É todos os anos a mesma coisa, é sempre uma busca intensa que termina sempre nos mesmo sítios - na Cia. Marítima ou na Poko Pano.
Eu bem evito. Eu bem tento comprá-los nas Calzedónias e afins, nas H&Ms e nas Women´ Secrets, onde são muito mais baratuchos. Mas depois ponho as mãozinhas naquela licra tão fininha, olho para aquelas cuecas de modelos que só favorecem mesmo a Gisele Bundchen, e desisto. E lá vou eu rumo à Costa gastar os meus trocos em biquínis. Assim aconteceu ontem. Lá veio um da Cia. Marítima lindo que só ele (mas do qual não encontrei pela net uma fotozinha para vos mostrar) e outro da Poko Pano (igual ao da foto, mas na versão rosa, um delicioso bombom de beleza).
E, pronto, agora só para o ano, que os dias de praia, pelo andar da carruagem, também não vão ser muitos.
(Ah, não se metam a comprar havaianas high na Ericeira Surf Shop. Ah pois. Aquilo é uma roubalheira. Quem vos avisa, vossa amiga é. É que eu, por pouco, não caía na esparrela. Só quando as vi na Poko Pano a menos dez euros, é que acordei.)
Hoje vocês trabalharam e eu não! Toma, toma!
Monday 29 June 2009
Kylie Minogue
No concelho onde eu trabalho foi feriado. Agradeço, desde já, ao S. Pedrinho, que é um querido, mesmo com o exagero de água que tem mandado cá para baixo. Foi uma maravilha. Pude tomar o pequeno-almoço na Fnac enquanto lia poemas da Cecília Meireles (é daquelas coisas que sabe bem quando está a chover e está tudo a trabalhar). Pude ouvir o novo álbum dos Nouvelle Vague, que acabei por comprar e que é maravilhoso. Pude dar um grande abraço ao meu querido Benny que não via desde Fevereiro e que continua lindo, lindo, que só ele. Foi uma manhãzinha maravilhosa, daquelas com sabor ao mais delicioso bolo de aniversário.
Percebem agora porque é que eu acho que homens e crianças (a não ser que sejam bebés) deviam de ser proibidos de entrar em lojas de roupa?*
Cameron Diaz
Pois que estava eu muito bem a experimentar um vestido numa conhecida loja de roupa, apenas com as cuecas e o soutien, quando sou brindada com a inesperada visita de uma criança que me afasta a cortina do provador e me deixa ali desamparada perante os olhares dela, de outros homens que ali estavam à espera das suas senhoras e do senhor seu pai que, ao invés de pedir desculpas e de sair imediatamente dali, apenas esboçou um: - Oh Laura, a menina não pode fazer isso. Já lhe disse. Venha cá. E um par de estalos, assim como quem não quer a coisa, no pai e na filha? Hein?
Palavra de honra que nunca percebi as mulheres que têm de levar a família toda atrás para comprar qualquer pecinha de roupa. É que depois é ver crianças a chorar e a fazer birras por tudo e por nada (sem culpa, coitadas) e maridos furibundos atrás delas. É um espectáculo deprimente.
*Lojas de roupa para mulher, claro.
Adoro domingos de chuva...
Sunday 28 June 2009
George Peppard e Audrey Hepburn no filme - Breakfast at Tiffany's
Paul Varjak: You know what's wrong with you, Miss Whoever-you-are? You're chicken, you've got no guts. You're afraid to stick out your chin and say, "Okay, life's a fact, people do fall in love, people do belong to each other, because that's the only chance anybody's got for real happiness." You call yourself a free spirit, a "wild thing," and you're terrified somebody's gonna stick you in a cage. Well baby, you're already in that cage. You built it yourself. And it's not bounded in the west by Tulip, Texas, or in the east by Somali-land. It's wherever you go. Because no matter where you run, you just end up running into yourself.
... e adoro o Breakfast at Tiffany's (1961)
Hoje acordei assim...
Saturday 27 June 2009
Dita von Teese
... com uma vontade enorme de abandonar este look-DitaVon Teese, que é como quem diz, este look-fantasminha ou look-branca-como-a-cal-da-parede. Preciso urgentemente de apanhar com uns raios de sol em cima. É que já anda tudo com ar de franguinho esquecido no forno, e eu continuo branquelas. Não pode ser. Queria apanhar uma corzinha. Queria aquele tom de pele que nos dá um ar mais saudável e mais bonito. Mas com o friozinho que senti quando fui à varanda, não me parece que vá ser hoje.
Nunca mais chegam as férias? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Friday 26 June 2009
Noites inesquecíveis
Thursday 25 June 2009
Sarah Jessica Parker e Chris Noth
E depois há aquelas noites inesquecíveis em que ele nos prepara um jantar à luz de velas, cozinha para nós, declama os poemas mais lindos de Vinicius de Moraes, diz-nos coisas bonitas ao ouvido. Fosse eu manteiga e estaria agora derretida. É que, ainda por cima, ele é lindo. Mesmo.
Giro, giro...
Sarah Jessica Parker
... é o chapéu bem ao estilo Carrie Bradshaw - caríssimo e de muito boa qualidade - que comprei ontem. A única diferençazinha (uniquinha) é que o da Carrie é da Hermès e o meu é da H&M. Diferenças? Quais diferenças? Coisa pouca. O primeiro custou só uns bons milhares de euros e o meu custou em saldos... tcharaaan... cuidado... é que é mesmo muito dinheiro... atenção... depois não me chamem nomes... não venham para aqui perguntar-me onde é que eu vou buscar o dinheiro... custou a módica quantia de... três euros. Sim, três simples euros. Quando a senhora da caixa me disse o valor até me deu uma coisinha má. Até já me estou a ver numa espreguiçadeira de um hotel de cinco estrelas, numa praia deserta do médio oriente, com homens de turbante, de tez morena e olhos escuros, aos meus pés, e com o meu chapeuzinho de três euros.
E já que falaram em cabelo
Adriana Lima
Uma das vezes em que fui operada, fui obrigada a lavar-me (inclusivé o cabelo) com um gel desinfectante, antes de entrar no bloco operatório. Ora sendo eu uma mariquinhas com o meu cabelo, era uma coisa impensável lavá-lo apenas com o dito gel desinfectante. Sem um amaciador. Sem um hidratante. Principalmente se tivermos em conta que tinha ido no dia anterior ao cabeleireiro e o meu cabelo se encontrava completamente sedoso e brilhante, pronto a enfrentar o corropio de médicos giros que se passeiam por qualquer hospital. Mas lá fiz eu o que me mandaram. E fui lavar o meu querido cabelo com aquela coisa horrorosa.
Como o meu cabelo é muito forte e muito comprido, dificilmente seca sem a ajuda de um secador. Pedi o secador. Quando me preparava para secar o cabelo, foi precisamente quando me levaram para o bloco operatório. Lá ia eu de cabelinho molhado. Que tristeza. Como se não bastasse a triste cena, ainda me enfiaram uma touca na cabeça.
Mas o melhor ainda estava para vir. O melhor foi quando acordei cinco horas depois. O meu cabelo parecia palha de aço. Áspero. Baço. Uma autêntica juba de leão. Quer dizer, já não bastavam as ligaduras e os pensos e mais não sei o quê, ainda tinha uma juba de leão na cabeça.
(E, antes que me perguntem mais vezes o mesmo, eu já falei dos cuidados que tenho com o cabelo aqui e dos produtos que uso aqui.)
Como já vem sendo hábito por estas paragens, vamos mas é falar de coisas que realmente interessam à sociedade
O que eu vi foram senhoras com uma t-shirt largueirona amarela, de publicidade, que, provavelmente, foram obrigadas a vestir, com sapatos que pouco tinham de saltos altos, a correr sem nenhuma elegância. Eu pensava que só podia participar quem tivesse calçado sapatos de salto agulha. Assim é que tinha piada. Mas não. Havia quem estivesse a correr com sapatos de cunha que são quase como uns ténis. A senhora que ganhou tinha, inclusivé, calçados uns sapatinhos de cunha e plataforma que mais pareciam uns daqueles ortopédicos que se vendem nas farmácias.
Assim não tem piada nenhuma. Ou é, ou não é. Assim mais vale voltarem a calçar os ténis. Corridas tradicionais, voltem, estão perdoadas.
Viva viagem?
Tuesday 23 June 2009
- Eu não fumo.
- E uma moedinha pa uma bica não marranjas?
O encanto dos homens mais velhos
Richard Gere e Winona Ryder no filme - Autumn in New York
Uma amiga minha, que tem a mesma idade do que eu, há dias confidenciava-me que andava a sair há cerca de um mês com um homem de cinquenta e cinco anos e perguntava-me o que é que eu achava. Se não achava que era velho de mais. Se não achava que a diferença de idades era muito grande. Ao mesmo tempo que me dizia, com aquele brilho nos olhos típico de quem está apaixonado, que ele foi dos homens mais interessantes que conheceu até hoje. Que além de ter vivências e uma cultura fora do vulgar, já lhe fez todo o tipo de surpresas, já lhe disse as coisas mais bonitas. Quase todos os dias lhe oferece flores com textos maravilhosos. Já a levou aos sítios mais belos. Em suma, trata-a como uma verdadeira princesa.
Eu disse-lhe que não via problema nenhum nisso. Até porque eu sempre preferi homens mais velhos. E sim, eles esforçam-se muito mais para nos agradar do que os mais novos ou da nossa idade. Eu já namorei uma pessoa com mais onze anos do que eu e sei bem como era. No geral, são muito mais empenhados em tudo. Claro que há excepções. Estou a generalizar.
- Mas não achas que é muito velho? É quase da idade do meu pai! - continuava ela. Sim, sem dúvida que é. Mas porque não experimentar? O mundo está cheio de homens bem mais velhos do que eu e com os quais eu não hesitava nem por um segundo ter um affaire ou algo mais. Olhem por exemplo o caso do George Clooney. Aliás, nem é preciso ir mais longe, por exemplo o António Mexia (presidente da EDP). Eu não sei que idade tem o senhor, apenas sei que deve ter mais do que cinquenta anos, mas que o senhor é um charme, lá isso é. Sim, que há tempos estive a jantar ao lado dele e fiquei de queixinho caído e baba a escorrer.
Pelo sim, pelo não...
Monday 22 June 2009
Uma Thurman
... deixei de existir, para todo o sempre, no hi5. Apaguei tudo. Assim como assim, aquilo já era só gente estranha. Por isso, se alguém receber algo com fotos minhas, agradecia que me comunicasse. É que, embora a criatura tenha apagado o perfil falso que criou com as minhas fotos, eu continuo a receber no endereço de e-mail do blogue dezenas de mensagens ordinárias de homens muito esquisitos que nem escrever sabem. Chega a ser assustador. Credo. Espero, sinceramente, que a criatura pague bem caro por aquilo que me fez.
Parabéns mãe!
A minha memória já teve melhores dias
Penelope Cruz
Sempre tive uma excelente memória. No entanto, talvez devido à idade (que exagero) e a três anestesias gerais, a minha memória já não é a mesma. Não é que esteja mal. Não. Mas não está como antes. Dou por mim a esquecer-me de coisas básicas. De coisas que disse. De coisas que tinha combinado com alguma antecedência. Enfim. Coisas que não têm uma importância crucial. Mas que têm alguma importância. O mais ridículo é que muitas dessas coisas são mesmo apagadas da minha memória (quer da memória de curto prazo, quer da de longo prazo). Desaparecem mesmo. Não deixam rasto sequer. Outras, quando começo a tentar recordar-me e as pessoas me dizem - então não te lembras, disseste isto e aquilo - aparecem.
Há tempos conversava com um conhecido meu. E ele dizia-me que eu muitas vezes dizia coisas que depois não cumpria. Dizia que eu, por vezes, combinava coisas com ele, do género - olha no mês que vem vai haver uma exposição não sei onde, podemos ir. depois combinamos - e mais tarde quando voltava a falar com ele já tinha ido à exposição, mas com outra pessoa ou até sozinha. Eu achei aquilo muito estranho. Eu não me lembrava de nada disso. Aliás detesto pessoas que têm esse tipo de atitudes. Quando combino alguma coisa com alguém, é porque tenho mesmo vontade de fazer isso. Não digo as coisas por dizer.
Mas ele insistia que sim e disse que até me podia provar, pois tinha um histórico das conversas do messenger. Hã? O quê? Mas quem é que se lembra de ter um histórico das conversas?Quem? Eu fiquei parvinha da vida, claro. Sabia que isso existia. Mas sempre achei que era uma coisa que não lembrava nem ao Menino Jesus.
E eis que chego a casa, ligo o messenger e lá estava ele com as ditas conversas preparadas para me atirar à cara. Conversas de há dois ou três meses. Conversas parvas. Conversas interessantes. Conversas desinteressantes. Tudo. E lá estavam as ditas conversas com os meus supostos convites. Claro que tive de dar a mão à palmatória. Claro que tive de culpar a minha memória. É ela a culpada.
É por estas e por outras que eu sempre achei que dava jeito ter amigos na Judiciária
Sunday 21 June 2009
Heidi Klum (e olhem que eu nem sou nada dada a dedos do meio e afins)
Uma pessoa vai para fora no fim-de-semana, sem net, sem nada, e chega a casa e depara-se com um exagero de e-mails a avisar de que anda uma falsa Kitty Fane a deixar comentários em tudo quanto é blogue. Pior, deu-se ao trabalho de criar também um perfil de hi5 com as minhas fotos, e deixar mensagens ordinárias em tudo quanto é perfil de gente manhosa, o que faz com que eu já tenha recebido no endereço do blogue mais de uma centena de mensagens vergonhosas.
Bom, e eu até faço mais ou menos uma pálida ideia de quem seja. Essa pessoa tem um blogue ranhosinho, ranhosinho, e rói-se de inveja da minha pessoa. Que se há-de fazer? Porque sim. Porque eu escrevo muito melhor do que ela. Porque eu sou muito mais gira do que ela (a modéstia que se lixe porque, neste momento, estou capaz de esganar alguém) - que é um trambolhinho. Porque eu tenho uma vida muito mais interessante do que a dela (que deve passar os dias em casa frente a um computador a roer-se de inveja e a pensar no que é que vai fazer a seguir para me tramar. Sim, porque já antes essa criatura tinha criado outro blogue. Mas desta vez foi longe de mais. E desta vez não vou perdoar.). Há gente doente, hein?
Como eu acredito no ditado - what comes around goes around - tenho a certeza que essa pessoa irá ter aquilo que merece. E ficamos por aqui.
Agradecia apenas que apagassem todos os comentários que essa triste criatura deixou nos vossos blogues em meu nome. By the way, como é possível que alguém tenha achado que tinha sido eu a escrever tamanhas barbaridades? Caramba. Não se notava logo? Com franqueza. Obrigada.
Adoro receber flores
Friday 19 June 2009
Este calor deixa-nos sem vontade de trabalhar? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Eu acho que ela até tem razão
Thursday 18 June 2009
Will Ferrell e Heidi Klum para a Sports Illustrated
Uma amiga minha passa a vida a dizer-me que, por ser tão exigente, um dia ainda vou casar de véu e grinalda com um homem que dá imensos erros ortográficos, que ocupa os tempos livres a jogar playstation, a ver a sport tv e o canal Benfica, que gosta de tourada, baixote, careca, portador de uma adorável barriga de cerveja, branquelas e de ar deslavado, de mãos pequeninas, com uma carrada de filhos para criar e uma ex mulher chata a chatear. - Depois quero ver o que dizes. - diz-me ela. E eu, eu farto-me de rir e respondo-lhe sempre da mesma maneira - Ora, se estiver apaixonada por ele, qual é o problema? E é verdade. O amor é mesmo isto. E se eu já "suporto" os beijos com sabor a tabaco, já estou pronta para quase tudo.
Corta-interesse # 11
É um facto - soube acabar a relação com classe
Eu - Então e já não andas com a L.?
Eu - Então e porque acabaram?
Tem sido assim nos últimos dias
Wednesday 17 June 2009
Gisele Bundchen
Já cá estava a faltar o clássico comportamento das chamadas anónimas. Palavra de honra, que já estava a estranhar tanto tempo sem elas. Eu pensei que isso fosse coisa de adolescentes. Mas, pelos vistos, estava enganada. De vez em quando sou brindada com uns dias seguidinhos de chamadas anónimas a toda a hora. Se atendo oiço apenas silêncio, se não atendo o telemóvel não pára de tocar. Ai que nervos. Se eu descubro quem é, atiro-lhe com uma pedra da calçada portuguesa, daquelas que não nos deixam andar de salto alto à vontade, à cabeça. Depois não digam que eu não avisei. Com franqueza.
Digam-me, por favor, que vocês também são assim
Rachel Bilson
Eu sou uma pessoa um bocadinho a atirar para o esquisitinha. Tenho nojo de imensa coisa. O meu amigo Benny (que chega na semana que vem. iupiii) passa a vida a dizer-me, em tom de gozo, que o meu fim será idêntico ao do Howard Hughes, a sofrer do Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Diz que eu vou chegar a um ponto em que nem beijinhos na boca vou dar, já para nem falar do resto. Ele exagera, claro. Bastante. Sempre tive estas manias e muitas das pessoas que eu conheço também as têm e não se preocupam com elas.
Uma das minhas alunas também é assim. Há dias fomos ao Planetário e a dada altura ela diz-me ao ouvido que não encostava a cabeça na cadeira-cama porque já lá tinham estado pessoas antes deitadas e podiam ter piolhos. Eu que estava bem encostadinha, sem pensar nisso, tirei automaticamente a cabeça e já não a voltei lá a colocar. E quando me esquecia e a colocava lá, começava logo a imaginar a bicharada a cair no meu cabelo e eu a ter de fazer como as rainhas de antigamente - rapar todo o cabelo, à excepção da franja, e usar uma peruca alta. Credo.
Quando ando de transportes públicos, felizmente é raro, também me faz sempre imensa impressão o cheiro das pessoas e aquela aproximação a que temos de nos sujeitar, sobretudo em horas de ponta. Então e naqueles parques de estacionamente subterrâneos que depois têm umas escadinhas cá para cima que cheiram sempre a xixi? Nojo absoluto. E aquelas pessoas que quando andam na secção da fruta do supermercado vão provando uvas e afins sem as lavarem? Não acham nojento? Eu, que quando como uma pecinha de fruta só me falta agarrar no esfregãzinho da loiça e esfregar, até me arrepio perante estas cenários.
Pequenas maravilhas que revolucionaram o mundo feminino # 2 - Tampões (post só para mulheres)
Tuesday 16 June 2009
Alessandra Ambrosio
Essa coisinha minúscula de seu nome tampão foi inventando pelo Dr Earle Haas, o mesmo senhor que inventou também o diafragma como contraceptivo. Mas, antes deste senhor (a quem eu faço desde já uma vénia, esteja ele no céu ou no inferno) ter inventado os tampões, já havia quem pusesse coisitas no pipi para se proteger, tais como um bocadito de lã enrolada, uns rolinhos de erva ou até um bocadinho de papiro amaciado. Ai que até me arrepiei só de pensar nisso. Não era mesmo nada fácil a vida das senhoras nessas alturas. Tadixas.
Que seria de nós sem o tampão? Nem sei. É que estar com o período já é tão mau. Estamos de mau humor. Maldita t.p.m.. Ficamos inchadas. Transpiramos imenso. Temos dores. A única coisa boa é o facto de as nossas mamocas ficarem maiores. Mas nessas alturas só servem mesmo para mostrar, tocar é proibido, tal não são as dores.
Estar com o período é tão mau que se não existissem tampões ainda seria pior. Lá se iam as nossas idas à praia. Lá se iam as idas à piscina. Lá se iam as calcinhas brancas que queríamos usar para ir jantar com o rapaz giríssimo que conhecemos há dias. Lá se ia a nossa ida ao ginásio com aqueles corsários de algodão justos. Lá se ia o nosso conforto. Porque com um tampão (de preferência o.b., os tampax são uma porcaria), até nos esquecemos que estamos com o período. (eu juro que ninguém me pagou para falar disto.)
E por falar em blogues que eu adoro...
Monday 15 June 2009
The Sartorialist
(Nem vou comentar o facto de ter um fétiche por homens de turbante. Não, não, é melhor não. Isso era meter-me num monte de sarilhos, daqueles que nem Alá sabe onde é que acabam.)
Já há muito que eu queria fazer isto
Também confesso aqui em primeira mão que já conheci homens muito interessantes através do blogue. Daqueles mesmo interessantes. Mas isso agora também não interessa nada.
Mas, e aproveitando enquanto estou como a Marion Cotillard com os prémios na mão que me foram oferecidos por pessoas tão especiais como a Luna, a Paracuca e a Sinapse (que tem sempre fotos lindas de NY), venho aqui deixar uma pequena homenagem (que já tinha iniciado há muito) a dez blogues que eu adoro, cada um à sua maneira. Todos eles escritos por mulheres inteligentes, giras e elegantes. Sem nenhuma ordem especial.
1 - Crónicas das Horas Perdidas - É escrito pela Luna que agora está em Leiden e se queixa a toda a hora da chuva que apanha quando anda de bicicleta. Eu nunca conheci a Luna ao vivo. Mas adoro-a. Somos amigas no Facebook. Já trocámos muitos e-mails. E é como se a conhecesse.
2 - Life is a Masterpiece - A Miss K. é adorável, mesmo. E giríssima. Mas ando um bocadinho chateada com ela, porque tem deixado o Life um bocadinho ao abandono. E eu não me conformo com isso. Porque é um dos meus blogues favoritos, e quando é assim eu não perdoo. Precisa definitivamente de uns açoites.
3 - Paracuca - É impossível não gostar desta miúda. Ainda por cima tem o mano mais interessante do mundo.
4 - Dias Assim - A Sofia além de minha colega, já se pode considerar minha amiga. É uma querida. Passamos horas a falar de bloguices e afins. Ah e de homens. Pois, os homens.
5 - Feiticeira - É a minha descoberta interessante mais recente. Descobri o seu blogue depois de a sua autora ter deixado aqui um comentário. Desde aí nunca mais deixei de o ler. Porque adoro. E porque me identifico com muita coisa que escreve.
6 - On the Catwalk - A Gata é minha amiga. Já viajámos imenso juntas e temos um vocabulário muito próprio que só nós entendemos. Pomos nomes a tudo e a todos. E só nós sabemos quem é a Green Bitch, o Pilas ou até mesmo o Empas. Mais palavras para quê?
8 - Last View. A Hierra é das comentadoras aqui do blogue mais antigas. Já vem dos tempos do antigo blogue. Sempre gostei dos seus comentários e do seu blogue. E dela. Mesmo sem a conhecer pessoalmente.
9 - Pipoca mais Doce - Porque já faz parte da blogosfera. E porque agora que todos sabemos quem é o seu namorado, torna-se imperdível perder cada pitada daquele romance. A minha veia de cusca agradece.
10 - Odisseando - Porque tenho um carinho especial pela Rafaela. Porque é uma querida. Porque viaja imenso, algumas vezes sozinha. E eu adorava ter essa coragem.
Arrumações - O que custa é começar
Sunday 14 June 2009
Depois decidi abrir três caixas de recordações que não abria desde que moro nesta casa - há seis anos (parece que foi ontem, credo). E que tinham? Ora, declarações de amor. Sim, eu sempre tive sucesso com os homens. Pena ter sido quase sempre com os errados. Cartas. Bilhetinhos de um dos meus ex amores que fui guardando. Fotografias minhas e de outras pessoas. Olhando para as fotos, dei conta de que era uma autêntica top-model, andava sempre extremamente bronzeada quase a roçar o frango esquecido no forno e usava muitos decotes (cruzes), tinha o cabelo mais feio e envolvia-me com homens menos interessantes. Não era tão exigente como hoje, é um facto.
Felizmente tudo acabou bem
Cada vez admiro mais as pessoas que trabalham nos hospitais, porque lidar diariamente com as fragilidades da vida e com a morte, não é, definitivamente, para mim. Antes dar mais um aninho de aulas naquele bairro problemático onde, ainda criancinha, caí de pára-quedas no início da minha carreira (dou aulas há quase treze anos e essa escola foi o meu baptismo de guerra. depois daquilo fiquei pronta para tudo.).
Assim começou o meu dia
Saturday 13 June 2009
Marisa Miller *
A ver o nascer do sol. Quero mais madrugadas destas. Mas, da próxima vez, não me posso esquecer da máquina fotográfica. Porque, como diz o nosso Fernando Pessoa, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. E esses devem ficar sempre registados.
* É o que eu digo - a mulher é perfeita. Até de costas. Raiva, muita raiva.
O que será que estavam eles a cochichar? Ah, já sei!
Friday 12 June 2009
Estou cheia de trabalho? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Férias
Thursday 11 June 2009
Ana Beatriz de Barros
Hoje, enquanto meio mundo estava na praia, fiz uma pausa no trabalho (amanhã o dia ainda vai ser pior) e, já que não fui para lado nenhum, decidi começar a comprar coisas para as férias. Foi mais ou menos uma maneira de ficar mais bem dispostinha e de não pensar no exagero de trabalho que tenho pela frente. Por isso, comprei um chapéu enorme (tenho uma pancada por chapéus enormes como o da Ana Beatriz de Barros para usar na praia, que se há-de fazer?), duas túnicas lindas para usar só com o biquíni por baixo, e um saco a fazer pendant com o chapéu. O mais engraçado disto é que eu nem sei onde vão ser as minhas férias. Apenas sei que, provavelmente, irão incluir homens de turbante, muito calor e, quiçá, um monte de sarilhos, daqueles que nem Alá sabe onde acabam. Ou não.
Hi5
Eu esqueço-me muitas vezes que ainda tenho a minha conta no hi5 e que continuo a ter lá algumas fotos. Mas, de vez em quando, lá recebo uns convites de amizade de quem eu nunca vi, ou umas mensagenzinhas (quase todas do género: olá nina, éx muita xira. as tuas fotos xão brutais.) para me lembrar que afinal ainda tenho aquela tretinha aberta e que aquilo continua a ser o regabofe de gente tonta do costume. Eu incluída, só isso explica o facto de ainda manter a conta aberta.
Pois que hoje recebi uma mensagem que dizia o seguinte:
Olá
Não usou palavrax dextas, não me tratou por nina, não deu erros ortográficos e não usou a palavra brutal (mas porque é que esta maltinha agora adora usar essa palavra? Odeio-a.) para descrever as minhas fotos, já não foi nada mau.
Mas vamos lá a esclarecer uma data de coisas. O simpática e de bem com a vida eu até engulo. Porque tenho o estúpido hábito de rir feita tonta mal vejo uma objectiva na minha direcção. O que faz com que eu esteja sempre a rir-me em todas as fotos e, por isso, possa parecer simpática (que não correponde à verdade, porque para quem não conheço não sou nada simpática) e, quiçá, de bem com a vida.
Agora o muito educada? É certo que eu não estou a fazer o dedo do meio (como dizem os meus alunos) em nenhuma foto. É certo que não estou com a língua de fora. Mas isso faz de mim uma pessoa educada? E os bons princípios? Como é que isso se vê através de uma foto? E já nem falo do muito inteligente. Olhando para uma fotografia vê-se se a pessoa é inteligente?
Porque é que os rapazes são assim tão tolinhos? Não valia mais dizer que viu as minhas fotos e gostou e ficou com vontade de me enviar uma mensagem?
Pois, se calhar é mesmo isso
Wednesday 10 June 2009
Isabeli Fontana *
Eu apaixono-me e desapaixono-me à velocidade da luz.
(Adoro esta foto. A Isabeli Fontana é outra linda, linda. Tal como a Marisa Miller. By the way, ontem troquei uns e-mails com a querida Luna onde rogávamos pragas à Marisa Miller por ser tão... tão... cabra, perdão, perfeita. É linda. Não tem um rosto vulgar. É sensual. E essas miúdas sempre me irritaram, vá lá saber-se porquê. Mas, ao contrário da Marisa Miller, que tem umas mamocas lindas e perfeitas e não sei se siliconadas, se o são enganam bem, a Isabeli Fontana tem as mamocas mais feias que eu vi até hoje. Desproporcionais. O mamilo e o que o rodeia parecem uma roda de um tractor de tão grandes que são comparados com o resto da mamoca que é pequenina. A sério, só vendo.)
Parabéns, querido!
Tuesday 9 June 2009
Heidi Klum
O meu amigo Benny está muito longe (como muitos dos homens interessantes que eu conheço), mas passamos a vida a falar um com o outro. Em geral, telefona-me uma vez por semana e falamos pelo messenger sempre que a disponibilidade de cada um e o fuso horário o permitem. No entanto, de há uma semana para cá que eu não tinha notícias dele. Pensei que devia ter encontrado a mulher da vida dele, naquela terra onde quase todas as mulheres são lindas, e tinha abandonado a sua amiga do coração. Pensei nisso, mas ao mesmo tempo fiquei preocupada. Porque se isso tivesse realmente acontecido mais uma vez (sim, porque ele é um autêntico D. Juan, daqueles giros, mesmo giros, de cair para o lado. Juro.) ele era a primeira pessoa a contar-me. E fiquei a matutar naquilo. Telemóvel desligado. Nada de aparecer no messenger. Estranho, pensava eu. Ontem ligou-me. Foi operado de urgência a uma apendicite aguda e agora está a recuperar em casa. Claro que como todos os homens parece que está à beira da morte. Mas eu até o compreendo. Está lá no outro lado do Atlântico sozinho e abandonado. E eu aqui com uma vontade enorme de lhe dar mimos como ele já me deu tantas vezes. Ainda por cima hoje é o seu anivesário.
Sempre ouvi dizer que quem se deita com crianças, acorda mijado
Kate Hudson
E sempre concordei. Já conheci criancinhas (para mim e neste momento da minha vida são todos os homens com menos de 28 anos) terrivelmente interessantes. Com muita maturidade. Mas nunca me interessei por eles. Além de fisicamente preferir homens mais velhos do que eu, ou mais ou menos da mesma idade, o facto de a maior parte das criancinhas não ser independente, ainda viver com os pais, and so on, and so on, também contribui para que, de facto, não me chamem a atenção.
Acredito que haja quem goste. Acredito que muitos tenham muito mais juízo do que homens feitos. Acredito que haja relações de mulheres mais velhas com homens mais novos dez ou quinze anos que resulte. A verdade é que eu dispenso. Continuo a achar que os homens mais velhos são sempre muito mais interessantes em todos os aspectos. Já viveram mais. Têm mais experiência em todos os aspectos. Com a vantagem de não nos sentirmos a cota ao pé dele e dos seus amigos.
E depois aquela altura em que as mulheres começam a vestir-se como adolescentes só para parecerem mais novas ao lado deles, também é coisa para desencadear na minha pessoa um grave ataque de urticária. Mas, enfim, são gostos. Cada um sabe aquilo que é melhor para si. E se há quem goste só tem é que continuar. Eu passo a outra e não à mesma.
Hoje é um desses dias
Monday 8 June 2009
Oh God!
Ed Westwick
Eu, Kitty Fane Maria, de trinta e três anos de idade, confesso que acho esta criancinha de vinte e um anos (Oh God! Shame on me. Só vinte e um anos? Têm a certeza? Será que vou ser presa por pedofilia?) tremendamente sexy. Espero que isto não se transfira para a minha vida real e não desate por aí a apaixonar-me por sub-trinta. Não. Não. Não. Por favor, não. Eu não gostava nada de me transformar numa daquelas mulheres que só procura carne fresca e que namora sempre homens com menos dez ou quinze anos. Não. Não.
É mesmo o melhor conselheiro do mundo
Sunday 7 June 2009
By the way, as ruas estão vazias, as esplanadas estão com menos gente, as estradas com menos trânsito. Apesar do céu cinzento e do vento frio, Lisboa está maravilhosa.
Gabo-lhe a paciência que tem comigo
Estou "deprê" porque vai tudo para fora menos eu
Saturday 6 June 2009
Helena Christensen
Achei que vos devia avisar de que na próxima semana, ao contrário de todos vocês, não só vou estar por cá, como vou estar atolada de trabalho. Sim, porque isto de se ser professor - esses malvados - é só férias, é só boa vida, não se faz nenhum, mas a verdade é que, ao contrário de vocês que tiram férias quando querem, nós estamos sempre sujeitos a certos períodos que, por acaso, mas só por acaso, coincidem sempre com as épocas altas em que tudo é mais caro e em que se torna muito mais complicado viajar.
Portanto, da próxima vez que me brindarem com a história do costume de que eu estou sempre de férias, blá, blá, lembrem-se que, se eu pudesse, trocava todos os meu dias de férias (que cada vez são menos) de Agosto, por uns dias em Janeiro, uns dias em Maio, uns dias em Setembro e uns dias em Novembro.
O tempo está farrusco? Who cares? Afinal de contas é Sexta-feira e Domingo vamos todos votar*!
Friday 5 June 2009
Crónicas de Escárnio e Maldizer
Wednesday 3 June 2009
Cristiano Ronaldo e amigo
Eu ia falar das mamocas assim a atirar para o esquisito da Ana Malhoa (se calhar está na altura de fazerem ali mais qualquer coisa, porque a mamoca está completamente torta). Depois achei que não devia, porque caíam-me logo em cima todos os anónimos e, quiçá, o chulo, perdão, o marido dela, a dizer que eu tinha era inveja de não ter umas mamocas assim.
Depois pensei - Ah e tal, vou mas é falar do romance do Quique Flores com aquela lambisgóia (então mas o senhor quando veio para o Benfica não tinha uma mulher e uma carrada de filhos e não eram todos muito felizes? São todos iguais.) que fala axim. Quer dizer mal fala português, mas para engatar o senhor soube ela bem. Malvada. Mas isso já estava em tudo quanto é blogue feminino e eu não queria ser repetitiva.
Depois, assim do nada, aparece-me este moço com uma florzinha cor-de-rosa atrás da orelhita nestas poses com um senhor não identificado. Não resisti. Já os vi começar por menos...
Estou a ver o telejornal
- Eles querem é poleiro. Eles querem é tacho.
Adoro.
Pequenas maravilhas que revolucionaram o mundo feminino # 1 - Zara
Eu sou fã da Zara. Seria um bocadinho menos feliz se não houvesse uma Zara por perto. Faço parte dos milhões de clientes que todas as semanas entram numa das suas lojas e saem de lá com quatro ou cinco peças. Porque adoro. Porque a roupa é baratíssima. Porque a Zara veio democratizar o acesso a roupa que antes custava uma pequena fortuna. E a qualidade, bom, a qualidade nem sempre é a melhor, os acabamentos deixam muito a desejar, mas também ninguém quer galinha gorda com pouco dinheiro, não é verdade? Além disso, a maior parte das peças são para vestir duas ou três vezes. Nada mais do que isso.
Afinal de contas, estou viva!
Tuesday 2 June 2009
Eva Mendes
Nos últimos dias andava um bocadinho aborrecida com a minha vida, depois, de repente, olhei para o calendário e lembrei-me de que há precisamente três anos estava no hospital, com uma ligadura à volta da cara tipo teletubbie, cheia de dores, sem me conseguir mexer, a recuperar de uma cirurgia. Nos instantes seguintes, senti-me a pessoa mais feliz do mundo. Estou viva.
E vocês têm medo de andar de avião?
Selita Ebanks e Miranda Kerr
Eu sempre tive um fascínio enorme por aviões. Mas depois de viver um amor muito intenso com um piloto fiquei ainda mais fascinada. Porque ele passava horas a falar daquilo e eu passava horas a ouvi-lo cheia de entusiasmo. Como se isso não bastasse, tenho o meu afilhadinho mais novo que é louco por aviões e que me ensina muita coisa acerca deles. Desta forma e tal como toda a gente, fico sempre muito triste quando cai um avião. Mas não fico, de forma alguma, com medo de voltar a andar. Aliás, eu não tenho medo nenhum. Sou mais ou menos como as meninas da foto. Só me falta o V de vitória, porque o sorriso está sempre lá. É que, para todos os efeitos, andar de avião é sempre sinal de férias e isso é sempre uma alegria. Tenho mais medo, por exemplo, de andar com certas pessoas a conduzir um carro do que andar de avião.
Mas claro que um monstro daqueles no ar é coisa para impor respeito. E quando há shake-shake- shake (nome carinhoso com que eu e uma certa pessoa apelidámos a turbulência) fico sempre um bocadinho mais nervosa. Mas nada de mais. Sobretudo quando é aquele shake-shake ligeiro.
Mas ainda me recordo quando, há cerca de quatro anos, regressava do Brasil e, mais ou menos na zona onde eu penso que este avião se despenhou, apanhar a maior turbulência da minha vida. Aquilo era, sem sombra de dúvida, turbulência do mais severa que se pode apanhar. Só faltou mesmo o avião cair. Porque tivemos direito a tudo o resto.
O Boeing 767 dava pinotes e subia e descia como uma montanha russa. Eu, que já vinha mal por conta de uma constipação horrível, fiquei ainda pior com aquilo. Rezei. Tinha quase a certeza que ia morrer e que ia servir de alimento aos peixinhos. Cheguei ao cúmulo de me descalçar (levava sandálias de salto) para, caso o avião caísse, poder nadar à vontade. Como se fosse possível alguém se salvar. Dahh. E, já agora, nadava para onde? Mas, pronto, só para verem como eu estava desesperada. Acho que foi a única vez na vida que tomei um calmante que me deram.
Felizmente, passadas algumas horas muito difíceis o avião encontrou a paz quando o dia nasceu. E aterrou em paz, calminho, em Lisboa. Eu andei alguns dias para recuperar. Acordava a meio da noite sobressaltada a pensar que ainda estava dentro do avião e que ele ia cair. Mas nem por um minuto tive receio de entrar novamente num avião. Aliás, por mim, entrava já hoje e ia já aí durante uns longos meses para um país muito distante. Sem pensar em nada. Sem pensar em ninguém.