Das coisas tão nossas
Monday 3 October 2011
Catherine Zeta-Jones, Abigail Breslin e Aaron Eckhart em “No Reservations”
Por vezes há leitoras, sobretudo as mais antigas e que têm acompanhado a minha vida ao longo dos anos, queridas, que me enviam e-mails a perguntar por que razão não conto no blogue a história que me uniu ao meu Amor e à nossa Princesinha. Dizem que gostariam de saber como tudo aconteceu, como veio ela parar à minha vida, se estou noiva ou se casei, e por aí fora, e que têm muitas saudades dos tempos em que eu falava mais da minha vida no blogue. Eu confesso que também adoro saber da vida daquelas pessoas que leio há muito tempo. É giro perceber que umas (e aqui falo de bloggers femininas, que são aquelas por quem nutro mais carinho) arriscaram tudo e mudaram de emprego, outras apaixonaram-se perdidamente, outras casaram, outras tiveram filhos, outras formaram-se, outras mudaram de país, outras acabaram relações longas, outras fizeram viagens de sonho. Mas não exijo muito, e respeito sempre a sua necessidade de privacidade. Eu teria todo o gosto em contar aqui tudo, mas acontece que tudo tem um preço. E a exposição pública, ainda que num blogue, a curto ou longo prazo, paga-se caro. Eu paguei numa determinada altura e não gostei. Há quem não se importe, há quem até goste que a sua vida e a dos seus seja discutida, seja vista e admirada, tim tim por tim tim, que A e B discutam os gostos do nosso amor quando acorda ou as birras dos nossos filhos ao adormecer, tão nossos, em público, mas eu descobri que não, que isso nada tem a ver comigo, muito menos nesta fase, em que, basicamente, da nossa vida, dos nossos problemas, das nossas dores, dos nossos sonhos, dos nossos desejos, só sabemos nós os três. E é tão bom. Percebi que quantas menos pessoas souberem da nossa vida, melhor. Sobretudo em dias como os de hoje. De início de uma nova fase.
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