Inés Sastre e Patrick Wilson fotografados por Peter Lindbergh para a Tiffany & Co
Um dos dias que eu detestava mais antigamente era o dia dos namorados. Ainda agora estive a ler posts meus antigos a esse respeito e fartei-me de rir. Eu era tão radical, caramba. Mas alguma coisa mudou desde então. Não, não passei a amar o dia dos namorados só porque neste momento estou mais do que comprometida e loucamente apaixonada e nesses tempos era solteira. Mas a verdade é que agora tenho sentimentos mistos em relação a esse dia. Por um lado acho de uma piroseira sem fim os ursinhos e as montras cheias de coraçõezinhos vermelhos e os casalinhos que têm obrigatoriamente de ir jantar fora nesse dia e os programas que os restaurantes fazem, e por aí fora. Mas por outro lado até entendo. Possivelmente essas pessoas precisam do empurrão desse dia para fazerem alguma comemoração e os senhores precisam do pretexto desse dia para oferecerem flores às suas senhoras. Felizmente, eu e o meu Amor não precisamos do empurrão desse dia para fazer nada, portanto esse será mais um dia como os outros. Com ou sem surpresas. Porque connosco todos os dias podem ser dias de fazer surpresas e de escrever bilhetinhos e de enviar flores e de fazer essas coisas românticas, que quem está de fora acha lamechas e foleiras mas que quem as vive as adora. E se nesse dia acontecer alguma coisa dessas, não será porque é o dia dos namorados e temos mesmo de fazer qualquer coisa caso contrário acontece uma tragédia grega e um de nós parte a loiça toda, mas sim porque as surpresas podem acontecer em qualquer dia. De uma coisa tenho a certeza - não iremos jantar fora nesse dia.
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