Camila Alves (vestida por Kaufman Franco) e Matthew McConaughey
Nunca dei nada por este casal. A ele acho-o completamente execrável. Para além de nunca passar do mesmo como actor, sempre em filmes para lá de maus, nunca suportei o ar convencido dele. Faz-me lembrar alguns homens que não valem um caracol mas que se acham a última coca-cola do deserto. Depois é ela, que ainda não percebi bem o que faz para além de ser casada com ele, que anda sempre com um ar tristíssimo, como se todos lhe devessem e ninguém lhe pagasse. É vê-la nos sites de cusquice, de ar cabisbaixo, a carregar as crianças, enquanto ele, todo feliz e sorridente, pratica os seus desportos aquáticos ou o seu jogging matinal. Não sei, por vezes fico com a sensação (e é apenas uma sensação, que eu não estou lá em casa deles para ver) que ela é para ele uma espécie de criada para todo o serviço. Bom, a verdade é que estavam ambos muito elegantes, sobretudo ela que estava lindíssima e que usou um dos meus vestidos favoritos da noite.
Penelope e Javier
Javier Bardem e Penelope Cruz vestida por L’Wren Scott
Há pessoas que até podem usar vestidos esquisitos que não as favorecem muito (por causa das mamocas enormes e dos quilitos a mais fruto de terem sido mães há pouco tempo) que têm sempre um brilho especial. A Penelope tem esse brilho, e irradia felicidade por todos os poros. Adorei vê-la. Aliás, adoro-os aos dois. São o meu casal favorito de Hollywood.
Há pessoas que até podem usar vestidos esquisitos que não as favorecem muito (por causa das mamocas enormes e dos quilitos a mais fruto de terem sido mães há pouco tempo) que têm sempre um brilho especial. A Penelope tem esse brilho, e irradia felicidade por todos os poros. Adorei vê-la. Aliás, adoro-os aos dois. São o meu casal favorito de Hollywood.
Nicole Kidman - Desilusão atrás de desilusão
Nicole Kidman vestida por Dior
Longe vão os tempos em que a Nicole era a estrela da noite de qualquer Red Carpet. Estava sempre impecável, da cabeça aos pés. De há uns tempos para cá, coincidentemente desde que se apaixonou pelo Keith (que é um querido, pois é, que a tem feito muito feliz, pois tem, e que me parece uma jóia de moço, que é, mas faz madeixas, e eu sempre desconfiei de homens que fazem madeixas, tanto como dos que arranjam as sobrancelhas ou dos que usam colares ao pescoço, ou ainda dos que usam sapatos quadrados na ponta) e desde que começou a botoxar a cara como se não houvesse amanhã, parece que perdeu o bom gosto, e vai daí aparece assim nestas figuras. O vestido, mesmo sendo Dior, é simplesmente hediondo. E ela já deixou o ar natural e agora parece uma bonequinha de cera sem expressão.
Longe vão os tempos em que a Nicole era a estrela da noite de qualquer Red Carpet. Estava sempre impecável, da cabeça aos pés. De há uns tempos para cá, coincidentemente desde que se apaixonou pelo Keith (que é um querido, pois é, que a tem feito muito feliz, pois tem, e que me parece uma jóia de moço, que é, mas faz madeixas, e eu sempre desconfiei de homens que fazem madeixas, tanto como dos que arranjam as sobrancelhas ou dos que usam colares ao pescoço, ou ainda dos que usam sapatos quadrados na ponta) e desde que começou a botoxar a cara como se não houvesse amanhã, parece que perdeu o bom gosto, e vai daí aparece assim nestas figuras. O vestido, mesmo sendo Dior, é simplesmente hediondo. E ela já deixou o ar natural e agora parece uma bonequinha de cera sem expressão.
Mas, afinal, o que levava ela vestido?
Hugh Jackman e a sua mulher, Deborra-Lee Furness (não sei, nem tampouco quero saber, quem a vestiu)
Não percebi bem o que é que a senhora levava vestido. Tenho para mim, que até eu, no estado lastimável em que me encontro e com as minhas ligaduras ao pescoço, fazia melhor figura ao lado do Hugh Jackman. E os sapatinhos? Oh God.
E agora vamos mas é aos vestidinhos
Julia Roberts vestida por Valentino (Gala de 2001)
Foi tudo muito fraquinho. Parece que, aos poucos, a gala vai perdendo o glamour de outros tempos. Já não há vestidos que fiquem na história como antigamente. Todos (quem gosta de moda, obviamente) nos lembramos do Ellie Saab que a Halle Berry usou quando ganhou o óscar e que acabou por lançar este estilista para as passadeiras vermelhas. Ou do Balenciaga vermelho que a Nicole Kidman usou na gala de 2007. Ou ainda do Vintage Valentino preto e branco que a Julia Roberts usou quando ganhou o óscar de melhor actriz pelo seu papel no filme "Erin Brockovich". Entre muitos outros. O ano passado já havia sucedido o mesmo - não houve nenhum vestido marcante. Este ano o cenário repetiu-se. Tudo muito fraquinho. Mas, apesar de tudo, houve um ou outro capaz de salvar a honra do convento. Vamos começar pelos piores.
Dos óscares
Colin Firth
Ontem toda eu era planos. Ah e tal vou alapar-me todo o dia no sofá a fazer vida de bebé (tem sido uma constante) - comer e dormir, e à noite vou estar fresca que nem uma alface e vou ficar a ver os óscares, de portátil ao colo, para me poder armar ao pingarelho numa espécie de crítica de moda, e, à semelhança do ano passado, postar postas de pescada como se não houvesse amanhã. Pois que os planos eram lindos, sim senhora, mas não deram em nada. À noite eu só queria era caminha, e para dizer a verdade nem me lembrei dos óscares. E pelo que tenho lido não perdi grande coisa, que pelo que consta desde a gala de 2009 com o portento do Hugh Jackman a apresentar, a cantar e a dançar, já nada tem piada. A não ser, claro está, o meu eterno Mr Darcy (até apetece dizer - Marry me, Mr Darcy!) que lá levou a mais do que merecida estatuetazinha dourada para casa. Ele é tão liiindo. Bye bye, Clooney.
Ontem toda eu era planos. Ah e tal vou alapar-me todo o dia no sofá a fazer vida de bebé (tem sido uma constante) - comer e dormir, e à noite vou estar fresca que nem uma alface e vou ficar a ver os óscares, de portátil ao colo, para me poder armar ao pingarelho numa espécie de crítica de moda, e, à semelhança do ano passado, postar postas de pescada como se não houvesse amanhã. Pois que os planos eram lindos, sim senhora, mas não deram em nada. À noite eu só queria era caminha, e para dizer a verdade nem me lembrei dos óscares. E pelo que tenho lido não perdi grande coisa, que pelo que consta desde a gala de 2009 com o portento do Hugh Jackman a apresentar, a cantar e a dançar, já nada tem piada. A não ser, claro está, o meu eterno Mr Darcy (até apetece dizer - Marry me, Mr Darcy!) que lá levou a mais do que merecida estatuetazinha dourada para casa. Ele é tão liiindo. Bye bye, Clooney.
Obrigada a todos
Sunday 27 February 2011
Leighton Meester em "Gossip Girl"
Depois de ter passado uma fome descomunal até à cirurgia (que acabou por ser só por volta das 8h da noite), tudo passou num instante. Depois de adormecer para que o Sweeney Todd entrasse em acção e depois daquelas duas horitas que se demora a acordar mesmo, tudo passou num instante. Aliás, não sei se foi por ter no meu quarto os meus amores à minha espera e por saber que possivelmente no dia seguinte já viria para casa, se foi das energias positivas da blogosfera e dos que gostam de mim, se do que foi, a verdade é que até agora esta foi a cirurgia mais fácil que eu fiz. O facto de ser a uma zona mais localizada também ajudou. Regressei ontem a casa fresca que nem uma alface. Com vontade de comer este mundo e o outro. Sem qualquer tipo de dores. E não fossem as ligaduras que tenho no pescoço e que mais parecem um cachecol, e nem me lembrava que ainda há pouco eu estava numa sala de operações. O pior foi hoje. Hoje dói-me tudo. Hoje estou para aqui que mal me mexo. Ainda por cima hoje é noite de óscares...
Depois de ter passado uma fome descomunal até à cirurgia (que acabou por ser só por volta das 8h da noite), tudo passou num instante. Depois de adormecer para que o Sweeney Todd entrasse em acção e depois daquelas duas horitas que se demora a acordar mesmo, tudo passou num instante. Aliás, não sei se foi por ter no meu quarto os meus amores à minha espera e por saber que possivelmente no dia seguinte já viria para casa, se foi das energias positivas da blogosfera e dos que gostam de mim, se do que foi, a verdade é que até agora esta foi a cirurgia mais fácil que eu fiz. O facto de ser a uma zona mais localizada também ajudou. Regressei ontem a casa fresca que nem uma alface. Com vontade de comer este mundo e o outro. Sem qualquer tipo de dores. E não fossem as ligaduras que tenho no pescoço e que mais parecem um cachecol, e nem me lembrava que ainda há pouco eu estava numa sala de operações. O pior foi hoje. Hoje dói-me tudo. Hoje estou para aqui que mal me mexo. Ainda por cima hoje é noite de óscares...
Sweeney Todd
Thursday 24 February 2011
Johnny Depp em "Sweeney Todd"
E amanhã por esta hora, quando todos vocês se prepararem para mais um fim-de-semana de arromba, cheio de alegria e de coisas boas, com direito a imensas fotos à beira-mar, porque tenho quase a certeza de que vai estar um dia soalheiro, só me resta render-me às evidências de que o meu médico se vai mesmo transformar no Sweeney Todd e vai cumprir a sua função pela quarta vez. Ser operada já é mau. Ser operada numa sexta-feira à tarde ainda consegue ser pior.
Das pessoas especiais
Kate Winslet e Penelope Cruz fotografadas Inez & Vinoodh para a Vogue Paris, Maio 2010
Dizem que em alturas de grandes mudanças na nossa vida, acabamos, invariavelmente, por nos afastarmos de algumas pessoas de quem éramos próximas no passado (embora não deixemos de gostar delas) e de nos aproximarmos de novas pessoas, algumas que não conhecíamos antes, outras que já conhecíamos, mas das quais não estávamos tão próximas. Não propositadamente, mas porque se calhar, inconscientemente, as mudanças trazem-nos outras necessidades e outras maneiras de pensar que antes não sentíamos.
A Miss Daisy foi um desses casos. Surgiu na minha vida mais ou menos por um acaso e foi ficando, cada vez de uma forma mais intensa, até nos tornarmos aquilo que somos hoje - amicíssimas. É com quem tenho desabafado mais, porque ela, para além do brilho natural que tem e que poucos têm, é das melhores companhias do mundo, daquelas com quem apetece estar sempre, e tem o dom de acalmar os outros. No meio de toda a sua imensidão de problemas, ela consegue sempre arranjar uma palavra, uma frase, um gesto, que nos vais acalmar.
Foi com ela que eu desabafava há dias - sentadas numa esplanada à beira-mar - e me queixava dos meus problemas, como se não existisse mais ninguém no mundo com problemas. Desabafava, até que caí na real e lhe disse que não tinha o direito de a estar a sobrecarregar com os meus problemas, sobretudo a ela, que tem problemas para dar e vender. Ao que ela me responde - Eu nunca vi isso como problemas, eu sempre os vi como a minha vida. É assim a minha vida desde que nasci. Se eu os considerasse problemas, possivelmente não estaria aqui neste momento.
Dizem que em alturas de grandes mudanças na nossa vida, acabamos, invariavelmente, por nos afastarmos de algumas pessoas de quem éramos próximas no passado (embora não deixemos de gostar delas) e de nos aproximarmos de novas pessoas, algumas que não conhecíamos antes, outras que já conhecíamos, mas das quais não estávamos tão próximas. Não propositadamente, mas porque se calhar, inconscientemente, as mudanças trazem-nos outras necessidades e outras maneiras de pensar que antes não sentíamos.
A Miss Daisy foi um desses casos. Surgiu na minha vida mais ou menos por um acaso e foi ficando, cada vez de uma forma mais intensa, até nos tornarmos aquilo que somos hoje - amicíssimas. É com quem tenho desabafado mais, porque ela, para além do brilho natural que tem e que poucos têm, é das melhores companhias do mundo, daquelas com quem apetece estar sempre, e tem o dom de acalmar os outros. No meio de toda a sua imensidão de problemas, ela consegue sempre arranjar uma palavra, uma frase, um gesto, que nos vais acalmar.
Foi com ela que eu desabafava há dias - sentadas numa esplanada à beira-mar - e me queixava dos meus problemas, como se não existisse mais ninguém no mundo com problemas. Desabafava, até que caí na real e lhe disse que não tinha o direito de a estar a sobrecarregar com os meus problemas, sobretudo a ela, que tem problemas para dar e vender. Ao que ela me responde - Eu nunca vi isso como problemas, eu sempre os vi como a minha vida. É assim a minha vida desde que nasci. Se eu os considerasse problemas, possivelmente não estaria aqui neste momento.
Das bloggers que eu adoro ou de como há palavras que podiam ser minhas # 1
Saturday 19 February 2011
Natalie Portman fotografada por David Slijper para a Elle UK, Fevereiro de 2010
A maioria das pessoas que conheço costuma dizer, com um ar incrivelmente tranquilo, que só se arrepende daquilo que não fez. E sempre que ouço isto fico, inevitavelmente, como se tivesse acabado de levar um valente murro no estômago, excluída que estou desse grupo. Nesses momentos pego de forma instintiva numa madeixa de cabelo que reviro e reviro, ao mesmo tempo que penso baixinho nas coisas de que me arrependo ter feito, tantas que são. Provavelmente nem são assim tantas, mas é certo que se pudesse voltar atrás mudaria algumas das coisas que fiz. Certas atitudes, alguns medos e também curiosidades, tiros no escuro, meia dúzia de mentiras a que não escapei e até opções, algumas das que tomei. Claro que se nos fosse dada essa possibilidade de mudar o passado, a vida seria como um esboço a lápis, no qual podemos passar a borracha até mais não e refazer o traço até à perfeição. Porém, perfeito não rima com humano e, também por isso, faz sentido que não tenhamos como voltar atrás. Mais do que voltar atrás no tempo e redesenhar a nossa vida, essencial é que, à distância temporal, consigamos olhar para certos dias e ter a humildade de reconhecer que errámos, que devíamos ter tomado outras direcções, rumos que ignorámos, caminhos que evitámos. até porque vamos sempre a tempo de recomeçar...
A querida Dulce, no seu agre & doce
A maioria das pessoas que conheço costuma dizer, com um ar incrivelmente tranquilo, que só se arrepende daquilo que não fez. E sempre que ouço isto fico, inevitavelmente, como se tivesse acabado de levar um valente murro no estômago, excluída que estou desse grupo. Nesses momentos pego de forma instintiva numa madeixa de cabelo que reviro e reviro, ao mesmo tempo que penso baixinho nas coisas de que me arrependo ter feito, tantas que são. Provavelmente nem são assim tantas, mas é certo que se pudesse voltar atrás mudaria algumas das coisas que fiz. Certas atitudes, alguns medos e também curiosidades, tiros no escuro, meia dúzia de mentiras a que não escapei e até opções, algumas das que tomei. Claro que se nos fosse dada essa possibilidade de mudar o passado, a vida seria como um esboço a lápis, no qual podemos passar a borracha até mais não e refazer o traço até à perfeição. Porém, perfeito não rima com humano e, também por isso, faz sentido que não tenhamos como voltar atrás. Mais do que voltar atrás no tempo e redesenhar a nossa vida, essencial é que, à distância temporal, consigamos olhar para certos dias e ter a humildade de reconhecer que errámos, que devíamos ter tomado outras direcções, rumos que ignorámos, caminhos que evitámos. até porque vamos sempre a tempo de recomeçar...
A querida Dulce, no seu agre & doce
Foi há 13 anos
Doutzen Kroes
Sempre ouvi dizer que os bons partem cedo. Com ele esse ditado cumpriu-se. Partiu cedo. Muito cedo. E, apesar de já terem passado 13 anos desde a sua morte, tenho a sensação de que à medida que o tempo passa ele está cada vez mais presente nas minhas pequenas coisas, no meu coração, na minha vida. Há pessoas inesquecíveis. Ele era uma delas.
Sempre ouvi dizer que os bons partem cedo. Com ele esse ditado cumpriu-se. Partiu cedo. Muito cedo. E, apesar de já terem passado 13 anos desde a sua morte, tenho a sensação de que à medida que o tempo passa ele está cada vez mais presente nas minhas pequenas coisas, no meu coração, na minha vida. Há pessoas inesquecíveis. Ele era uma delas.
Nunca mais chega a Primavera? Who cares? Afinal de contas, é sexta-feira!
James Franco fotografado por Mark Abrahams
É impressão minha ou ele é assim qualquer coisa de giro? O chamado escândalo de giro. O chamado monte de sarilhos que nem Alá sabe onde acaba.
É impressão minha ou ele é assim qualquer coisa de giro? O chamado escândalo de giro. O chamado monte de sarilhos que nem Alá sabe onde acaba.
Da cusquice alheia ou de como há gente com grande lata
Elle Fanning fotografada por Damon Heath para Lula Magazine
Sim, é uma estupidez, mas eu ligo imenso aos rótulos das garrafas de vinho, o que se há-de fazer?
Wednesday 16 February 2011
Está bem que os rótulos são da autoria da Joana Vasconcelos que até faz umas coisas engraçadas e tal, mas sempre que vou para comprar vinhos já não consigo parar e trazer destas novas garrafas de Esporão. Jamais em tempo algum compraria um vinho com uma cobra ou com um sardão no rótulo. Lamento. Dá-me náuseas só de olhar. Aliás, de todos os rótulos assinados por artistas que a marca teve, estes foram os que menos gostei. Enquanto aguardo os novos rótulos, vou descobrindo novos vinhos, bons e com embalagens mais atractivas.
Da mesma forma que jamais em tempo algum compraria um vinho que dá pelo nome de "Sexy".
Da mesma forma que jamais em tempo algum compraria um vinho que dá pelo nome de "Sexy".
Dos Grammys ou da quantidade absurda de vezes que eu já vi isto
Tuesday 15 February 2011
Eu gostaria de saber o que é que fez a Gwyneth Paltrow para aparecer assim tão deslumbrante nos Grammys ao lado do Cee-Lo Green e dos Marretas. É que eu sempre a achei a actriz mais insípida da história do cinema. Mesmo quando ganhou o óscar em 1999 com aquele papelão no filme "Shakespeare in Love". É que nem aquele vestidinho Ralph Lauren, lindo e rosa, que ela envergava nessa noite, enquanto choramingava com a estatueta dourada na mão, me fez gostar dela. Mas anteontem, caramba, anteontem ela estava mesmo deslumbrante e já sem aquele ar sem sal que eu sempre lhe vi. Adorei tudo: o cabelo, a roupa - tivesse eu maminhas minúsculas e era senhora para andar sempre com estes decotes, adoro, adoro - e até os penachos (e só Deus sabe como eu detesto penachos) rosa nas orelhas. E, pasmem-se, para além disto tudo, ela canta.
Alguém quer alguma desgraça para a troca ou de como fazer do blogue uma terapia
Diane Kruger
Ultimamente, e de cirurgia marcada para a próxima semana (e sem tempo ou disponibilidade mental para pensar nela, falar nela, dormir com ela, acho que só no próprio dia o farei), antes de adormecer, olho sempre um pouco para o tecto (ou será teto?, um dia destes vou mesmo começar a escrever de acordo com o novo acordo ortográfico) e pergunto para os meus botões - porque é que acontece tanta coisa má na minha/nossa vida? A sério. Porque é que eu não posso ter uma vidinha como a da maior parte das pessoas, sem grande fogos de artifício, mas, ao mesmo tempo, sem grandes sobressaltos? Eu sei que o que está na moda é gritar felicidade para todo o mundo. É só pensar nas coisas boas da vida. É ser sempre positivo. Só Deus sabe o quanto eu tenho sido positiva nos últimos tempos, apesar de todas as contrariedades. É gritar as palavras amor, alegria, felicidade, blá, blá, blá. É pensar que temos de pensar sempre que há vidas piores do que as nossas. E há. Mas hoje só me apetece pensar nas melhores. É não ousar sequer lamentarmo-nos, mesmo quando estão em jogo problemas de facto graves, mesmo que aconteçam dramas atrás de dramas, e que por muito que nos esforcemos as coisas nunca dêem certo (acontecem sempre imprevistos vindos do nada, como se alguém se pusesse sempre no nosso caminho a impedir e a dificultar).
Eu sei que o que está na moda é isso, mas hoje apetece-me lamentar um pouco, posso?, e perguntar vezes sem conta - Porquê?
Mas depois olho para a vidinha dessas tais pessoas, sempre tudo tão tranquilo, sempre tudo tão perfeitinho, sempre tudo tão, tão... entediante, e penso imediatamente que não trocava a minha vida por nada. Não trocava a minha vida nem os meus amores que fazem parte dela por nada. Só uma parte dela - as desgraças. Essas trocava-as tal como se de cromos de caderneta se tratassem. Sobretudo as repetidas.
Ultimamente, e de cirurgia marcada para a próxima semana (e sem tempo ou disponibilidade mental para pensar nela, falar nela, dormir com ela, acho que só no próprio dia o farei), antes de adormecer, olho sempre um pouco para o tecto (ou será teto?, um dia destes vou mesmo começar a escrever de acordo com o novo acordo ortográfico) e pergunto para os meus botões - porque é que acontece tanta coisa má na minha/nossa vida? A sério. Porque é que eu não posso ter uma vidinha como a da maior parte das pessoas, sem grande fogos de artifício, mas, ao mesmo tempo, sem grandes sobressaltos? Eu sei que o que está na moda é gritar felicidade para todo o mundo. É só pensar nas coisas boas da vida. É ser sempre positivo. Só Deus sabe o quanto eu tenho sido positiva nos últimos tempos, apesar de todas as contrariedades. É gritar as palavras amor, alegria, felicidade, blá, blá, blá. É pensar que temos de pensar sempre que há vidas piores do que as nossas. E há. Mas hoje só me apetece pensar nas melhores. É não ousar sequer lamentarmo-nos, mesmo quando estão em jogo problemas de facto graves, mesmo que aconteçam dramas atrás de dramas, e que por muito que nos esforcemos as coisas nunca dêem certo (acontecem sempre imprevistos vindos do nada, como se alguém se pusesse sempre no nosso caminho a impedir e a dificultar).
Eu sei que o que está na moda é isso, mas hoje apetece-me lamentar um pouco, posso?, e perguntar vezes sem conta - Porquê?
Mas depois olho para a vidinha dessas tais pessoas, sempre tudo tão tranquilo, sempre tudo tão perfeitinho, sempre tudo tão, tão... entediante, e penso imediatamente que não trocava a minha vida por nada. Não trocava a minha vida nem os meus amores que fazem parte dela por nada. Só uma parte dela - as desgraças. Essas trocava-as tal como se de cromos de caderneta se tratassem. Sobretudo as repetidas.
Estou para aqui a ver uma reportagem sobre o dia de hoje no telejornal, e só me apraz dizer
Monday 14 February 2011
Raul Julia e Anjelica Huston em "The Addams Family" (1991)
Deus me livre de ir jantar fora no dia dos namorados.
Deus me livre de ir jantar fora no dia dos namorados.
E por falar em Primavera
Sunday 13 February 2011
Candice Swanepoel fotografada para a Vogue Italia por Steven Meisel, Fevereiro de 2011
É uma chatice estar frio e chuva, andarmos tapados até à ponta dos cabelos, não nos apetecer sequer mostrar as mãozinhas, que fará o resto, e as lojas estarem cheias de roupas frescas e de cores alegres, e de sandalinhas e sapatinhos lindos. É o drama. É o horror. É a tragédia.
É uma chatice estar frio e chuva, andarmos tapados até à ponta dos cabelos, não nos apetecer sequer mostrar as mãozinhas, que fará o resto, e as lojas estarem cheias de roupas frescas e de cores alegres, e de sandalinhas e sapatinhos lindos. É o drama. É o horror. É a tragédia.
Dos meus pequenos queixinhas
Saturday 12 February 2011
United Nations Photo´s
Descobri que tenho uma turma de pequenos queixinhas e de pequenos seres que querem chamar a minha atenção à custa das doenças. Não sei como deixei começar isto, nunca me tinha acontecido com outras turmas, a verdade é que a coisa tem tomado proporções completamente exageradas.
Tudo começou com o Manuel (vamos chamar-lhe Manuel). O Manuel tem imensos problemas de saúde. E por isso tem sempre um tratamento especial da minha parte, uma vez que tem ataques de tosse sem fim, tem falta de ar, tem dores constantes em quase todos as partes do corpo, e nota-se que diariamente faz um esforço enorme para vir para a escola e para trabalhar como os restantes. Com a agravante de o Manuel ser só a criança mais fofinha do mundo, a quem apetece encher de mimos. Bom, inevitavelmente, e por saber como o Manuel vive, por saber da sua necessidade de afecto, fruto dos constantes internamentos e consequente sofrimento, trato-o de uma forma especial. Mas não por ser ele. Qualquer um dos outros seria tratado assim caso se encontrasse na mesma situação que o Manuel.
A verdade é que os outros começaram a aperceber-se deste tratamento especial e agora decidiram queixar-se todos para ver se também têm esta atenção da minha parte. Tudo começa da seguinte maneira: o Manuel começa a queixar-se e seguem-se seis ou sete a fazer o mesmo. Uns queixam-se da cabeça. Os outros da barriga. Outros porque estão com vontade de vomitar. Outros porque lhes doem os braços e as pernas. E eu comecei a aperceber-me de que tudo isto não passava de pequenas chamadas de atenção, quando comecei a reparar que, ao contrário das maleitas do Manuel, todas estas passavam por altura do intervalo. Era vê-los a correr que nem uns loucos. Era vê-los às risadas e aos pulos, quando antes estavam para ali quase a morrer-me nos braços.
Haverá coisa pior...
... do que acordar com a "Macarena" gravada na cabeça e não conseguir parar de a cantar? Humm. Duvido.
Um bocadinho de Primavera
Friday 11 February 2011
E depois de uma semana tão difícil e tão cansativa como esta, nada melhor do que chegar a casa e ter um bocadinho de Primavera à minha espera. Que bom. De repente, tudo ficou bonito.
Ao que as pessoas se sujeitam para os 15 minutos de fama
Sunday 6 February 2011
Um rapaz a abanicar um monte de banhas, envergando apenas um fato de banho justo, ao som do "telephone" da Lady Gaga. Não teria um pai, uma mãe, um namorado, uma namorada, uma irmã, que lhe desse um par de açoites antes de se prestar àquilo? O programa devia chamar-se "Portugal não tem talento e é perito em fazer figurinhas ridículas só para aparecer na tv". Enfim. Pronto, sempre dá para rir ao invés de pensar na semana difícil que se adivinha.
Aproveitando o facto de estar sozinha em casa, terminei, finalmente, de ver a terceira temporada de "Gossip Girl"
Saturday 5 February 2011
Leighton Meester e Edward Westwick em "Gossip Girl"
A Serena é a criatura mais insípida de todos os tempos. Nunca sabe nada. Está sempre confusa. Apaixona-se por todos. Enrola-se com todos. Agora está perdidamente apaixonada por um, mas daqui a cinco minutos já ela está apaixonada por outro qualquer. Aliás, eles andam todos enrolados com todos. Quando se esgotarem os casalinhos heterossexuais, começarão, com certeza, os casalinhos gays. Onde é que eu já vi isto? Ah, já sei, foi na "Anatomia de Grey". Também não suporto a Jenny. A Jenny a quem só me apetece encher a cara de estalos. O Dan, a Vanessa e o Nate também não me aquecem nem me arrefecem. De quem eu gosto mesmo é da Blair, sobretudo depois de ver esta temporada. Estando ou não de acordo com algumas atitudes dela, é a personagem mais interessante da série. Pronto, e depois usa aquelas roupas giríssimas que eu queria no meu guarda-roupa. E o Chuck. Ao contrário da maior parte das pessoas, eu gosto do Chuck. Do Chuck e dos ramos de peónias cor-de-rosa que ele tem sempre para a Blair. E do irmão da Serena. E a Dorota? Como podia eu esquecer-me da Dorota?
E que venham já os dvd da quarta temporada, que o último episódio deixou-me com água na boca.
A Serena é a criatura mais insípida de todos os tempos. Nunca sabe nada. Está sempre confusa. Apaixona-se por todos. Enrola-se com todos. Agora está perdidamente apaixonada por um, mas daqui a cinco minutos já ela está apaixonada por outro qualquer. Aliás, eles andam todos enrolados com todos. Quando se esgotarem os casalinhos heterossexuais, começarão, com certeza, os casalinhos gays. Onde é que eu já vi isto? Ah, já sei, foi na "Anatomia de Grey". Também não suporto a Jenny. A Jenny a quem só me apetece encher a cara de estalos. O Dan, a Vanessa e o Nate também não me aquecem nem me arrefecem. De quem eu gosto mesmo é da Blair, sobretudo depois de ver esta temporada. Estando ou não de acordo com algumas atitudes dela, é a personagem mais interessante da série. Pronto, e depois usa aquelas roupas giríssimas que eu queria no meu guarda-roupa. E o Chuck. Ao contrário da maior parte das pessoas, eu gosto do Chuck. Do Chuck e dos ramos de peónias cor-de-rosa que ele tem sempre para a Blair. E do irmão da Serena. E a Dorota? Como podia eu esquecer-me da Dorota?
E que venham já os dvd da quarta temporada, que o último episódio deixou-me com água na boca.
Ainda o "Black Swan" (contém "spoilers")
Natalie Portman em "Black Swan"
O problema do filme "Black Swan" é mesmo o realismo de todas as cenas. O Darren Aronofsky é perito nisso. Consegue fazer com que os seus filmes deixem de ser ficção e se tornem realidade para os espectadores. De tal forma que, de repente, esquecemo-nos que estamos numa sala de cinema e que é apenas um filme que estamos a ver, e vivemos aquilo como se estivesse mesmo a acontecer ao nosso lado, com um amigo, com um conhecido, ou até mesmo connosco. E quando estamos perante um filme absolutamente perturbador e intenso, como este, o caso torna-se grave. Sobretudo para quem anda atormentado com outras coisas, como eu ando. Tapei os olhos em imensas cenas. Sofri com os seus dedos dos pés feridos pelos sapatos de pontas. Fiquei apavorada com as peles das unhas ensanguentadas e arrancadas. Tremi com a presença do personagem interpretado pelo Vincent Cassel (completamente assustador e desprezível). E ainda hoje tenho pesadelos com aquelas asas negras que lhe nascem nas cenas finais, ou não sofresse eu de ornitofobia. E se a Natalie Portman não ganhar o óscar com este papel, então posso dizer que não percebo mesmo nada de cinema.
O problema do filme "Black Swan" é mesmo o realismo de todas as cenas. O Darren Aronofsky é perito nisso. Consegue fazer com que os seus filmes deixem de ser ficção e se tornem realidade para os espectadores. De tal forma que, de repente, esquecemo-nos que estamos numa sala de cinema e que é apenas um filme que estamos a ver, e vivemos aquilo como se estivesse mesmo a acontecer ao nosso lado, com um amigo, com um conhecido, ou até mesmo connosco. E quando estamos perante um filme absolutamente perturbador e intenso, como este, o caso torna-se grave. Sobretudo para quem anda atormentado com outras coisas, como eu ando. Tapei os olhos em imensas cenas. Sofri com os seus dedos dos pés feridos pelos sapatos de pontas. Fiquei apavorada com as peles das unhas ensanguentadas e arrancadas. Tremi com a presença do personagem interpretado pelo Vincent Cassel (completamente assustador e desprezível). E ainda hoje tenho pesadelos com aquelas asas negras que lhe nascem nas cenas finais, ou não sofresse eu de ornitofobia. E se a Natalie Portman não ganhar o óscar com este papel, então posso dizer que não percebo mesmo nada de cinema.
Hoje ainda vou ter mais pesadelos
Thursday 3 February 2011
Natalie Portman em "Black Swan"
Tendo em conta que a minha vida já teve melhores dias para não dizer que anda mesmo uma bela porcariazinha,um montinho de caca, um drama pegado, não foi nada boa ideia ter ido ver o "Black Swan".
Tendo em conta que a minha vida já teve melhores dias
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