Natalie Portman fotografada por David Slijper para a Elle UK, Fevereiro de 2010
A maioria das pessoas que conheço costuma dizer, com um ar incrivelmente tranquilo, que só se arrepende daquilo que não fez. E sempre que ouço isto fico, inevitavelmente, como se tivesse acabado de levar um valente murro no estômago, excluída que estou desse grupo. Nesses momentos pego de forma instintiva numa madeixa de cabelo que reviro e reviro, ao mesmo tempo que penso baixinho nas coisas de que me arrependo ter feito, tantas que são. Provavelmente nem são assim tantas, mas é certo que se pudesse voltar atrás mudaria algumas das coisas que fiz. Certas atitudes, alguns medos e também curiosidades, tiros no escuro, meia dúzia de mentiras a que não escapei e até opções, algumas das que tomei. Claro que se nos fosse dada essa possibilidade de mudar o passado, a vida seria como um esboço a lápis, no qual podemos passar a borracha até mais não e refazer o traço até à perfeição. Porém, perfeito não rima com humano e, também por isso, faz sentido que não tenhamos como voltar atrás. Mais do que voltar atrás no tempo e redesenhar a nossa vida, essencial é que, à distância temporal, consigamos olhar para certos dias e ter a humildade de reconhecer que errámos, que devíamos ter tomado outras direcções, rumos que ignorámos, caminhos que evitámos. até porque vamos sempre a tempo de recomeçar...
A querida Dulce, no seu agre & doce
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment