Da perda
Sunday 10 April 2011
Depois de meses e meses de sofrimento, o meu irmão mais velho partiu. Aquilo que nós achámos que era a luzinha ao fundo do túnel - a cirurgia, revelou-se, afinal, o pior pesadelo, o princípio do fim - de uma luta inglória que ele travou até ao fim, sempre com tanta força e dignidade. Ele partiu. Num final de uma tarde de sol, mas de chuva e tristeza no meu coração. E eu ainda não sei como lidar com a sua ausência. Talvez nunca consiga. Ele faz muita falta. Faz falta a toda a gente. Como filho. Como pai. Como marido. Como irmão. Como amigo. E eu já não tenho ninguém para discutir política nos almoços e jantares de família. É um lugar vazio que fica. Vazio da sua presença, mas pleno de memórias tão especiais.
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