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Das dietas que eu nunca fiz

Thursday 7 June 2012

Dianna Argon fotografada por Peggy Sirota

Nunca fiz uma dieta. Quer dizer, estou a mentir, até fiz. Muitas. Mas começavam na segunda de manhã e terminavam invariavelmente na segunda à tarde. Nunca fui dada a dietas. Eu adoro comer, jamais em tempo algum poderia viver feliz com uma ou duas folhas de alface, meio copo de leite magro e um morango silvestre por dia. Claro que evito comer certos alimentos, mas por uma questão de saúde. Por isso, dá-me sempre vontade de rir quando vejo refeições por aí em blogues alheios que incluem apenas coisas como uma metade de uma maçã, um quarto de um queijinho magro ou uma mini tosta integral. Desculpem lá, mas alguém consegue ser feliz a comer assim? Antes ter mais uns dez quilos em cima do que passar fome e ser infeliz. Só o faria se me dissessem que se não o fizesse morreria ou ficaria doente. Aí, era ver-me a fazer a dieta feita maluca. Por isso, admiro, mas ao mesmo tempo não compreendo, aquelas pessoas que fazem sacrifícios enormes, que deprimem, que sofrem horrores, só para passarem de um 36 para um 34, por exemplo. Uma coisa é sofrer de obesidade ou de excesso de peso prejudicial à saúde, e aí sou a favor de todo o tipo de dietas, agora essas coisinhas mínimas, por favor. Há coisas tão mais importantes na vida para nos preocuparmos.

Houve alturas em que estive mais gorducha, nada de exageros, mas estava mais redondinha, curiosamente as fases em que fazia imenso desporto, em que passava horas no ginásio e chegava a casa e comia que nem uma lontra. Inacreditavelmente, o ginásio, sem dieta incluída, sempre me deu para engordar. Claro que ficava mais riginha e tal, mas gorducha. Ontem pus-me a ver umas fotos da minha viagem às ilhas gregas em 2007 e parecia um potezinho. Nem queria acreditar. Emagreci uns dez quilos desde aquela altura. O segredo é que já não tenho tempo para passar tardes inteiras no sofá a fazer excursões ao frigorífico de cinco em cinco minutos, uma vez que passo o dia de um lado para o outro. Essa foi a melhor dieta. Também é verdade que da mesma maneira que engordo, também emagreço. Basta-me ter algum problema para perder logo a fome e emagrecer imenso. Basta-me fechar mais a boca durante dois ou três dias e emagreço.

Neste momento, no meio de tanta imperfeição que apareceu com a idade e não só, sim, já não vou para nova, e o peso da gravidade começa a notar-se a léguas, sinto-me muito bem com o meu corpo. Acho que se há coisa boa que a idade me trouxe foi a segurança, o aceitar-me como sou, com os meus defeitos. Tenho uma barriguinha, sim, tenho um pneuzinho, sim, mas não vejo isso como um defeito, mas sim como partes de mim. Não tenho qualquer tipo de complexos com eles, muito pelo contrário. E sempre que me visto e arranjo de manhã para sair e vejo a minha imagem refletida no espelho, gosto imenso do que vejo. É verdade que ter um homem lindo ao nosso lado a dizer-nos diariamente que somos a mulher mais bonita do mundo também ajuda.

Claro que para as maníacas das dietas, que comem a tal folha de alface por dia, o morango silvestre e o meio copo de leite magro, e que acham que vestir mais do que um 34 é roçar a obesidade, eu estou um monstrinho e devia era começar já a fazer dieta.

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