Assim que saí de casa fui praticamente levantada por uma rabanada de vento. Um frio que o meu corpo, por baixo de um vestidito branco, mal aguentava. Facilmente cheguei à conclusão que ter decidido ir para a praia hoje não tinha sido uma ideia feliz. Mas lá fui eu. O termómetro do carro marcava vinte e um graus. O máximo que podia acontecer era chegar à praia, não aguentar o frio e o vento, e vir-me embora.
A praia estava exageradamente cheia de crianças. Nada contra elas que até são bem queridas. Mas a barulheira que fazem é infernal. O vento era tanto que parecia que estava a atravessar o deserto do Sahara sob uma tempestade de areia. A água, bom, a água estava gelada gelada. Como sempre. É impressão minha ou a água nos últimos anos está sempre gelada? Ou então sou eu que já me habituei às águas quentinhas do Mediterrâneo e já não quero outra coisa.
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