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Estar sozinha depois dos trinta

Monday 11 July 2011

Anne Hathaway fotografada para a Bazaar por Alexi Lubomirski, Agosto 2011

As pessoas pedem-me imensas vezes conselhos acerca de como lidar com o facto de se estar sozinha depois dos trinta e quais os segredos para se ter uma boa relação quando essa surgir. À caixa de correio chegam e-mails de meninas de todas as idades (algumas delas devem ter vontade de me espancar, e com razão, porque eu, shame on me, não me sento para responder a e-mails que me chegam através do blogue há meses, mas eu vou responder, prometo) a pedirem-me conselhos sobre isso. E eu encolho sempre os ombros. Mas quem sou eu para lhes dar conselhos? Eu que, tal como elas, bati com a cabeça na parede vezes sem conta. Eu que nem sempre me envolvi com as pessoas certas. Eu que me arrastei em relações que não passavam daquilo - de uma valente mão cheia de nada. Eu que cometi tanto erro.

Em geral o que eu digo é aquilo que toda a gente diz. Não nos devemos envolver com pessoas só porque estamos sozinhas e carentes. E, para mim, este é o erro mais comum e a causa mais frequente do fracasso de certas relações. Conheço mulheres que andam para ali de relação em relação, hojem andam com este, na próxima semana já andam com outro, com homens que não interessam a ninguém, nem a elas próprias, que não as valorizam, que não lhes dão atenção, só para não estarem sozinhas. Isto porque com a pressa de arranjarem alguém, optam sempre pelo mais fácil e rápido, o que raramente se revela o melhor.

Eu nunca entendi esse medo de estar sozinha, confesso. Esse medo de passar a barreira dos trinta e não ter um namorado ou um marido. Há pessoas que fazem disso um drama. Eu passei por isso e sobrevivi. Aliás, convivi sempre muito bem com isso. Sei que há alturas em que é difícil suportarmos a felicidade e o amor dos outros e nós sempre na mesma - sozinhas - sem um abraço ao final do dia, sem uma palavra de conforto, um beijo, quando algo não nos corre bem, ou um olhar de orgulho e cumplicidade quando algo nos corre bem. Mas sei também que é muito importante estarmos sozinhas, e, como tal, temos de nos habituar a isso. Isso também faz parte do nosso crescimento. E esperar. Esperar o tempo que for necessário, sem medo das longas travessias no deserto, com tudo o que isso implica. Devemos ter consciência do nosso valor e não entrarmos em relações onde ao lado da porta da entrada, já conseguimos ver a de saída. Depois, quando aparecer alguém que valha realmente a pena, arriscar, e aí arriscar tudo.

E com sorte aparece-vos um verdadeiro Príncipe como me apareceu a mim. Que apareceu precisamente na altura em que eu já me estava mesmo a render às evidências de que verdadeiros Príncipes só existiam nas comédias românticas. É tão cliché dizer que acontece quando menos esperamos, mas a verdade é que comigo também aconteceu isso. Quando eu menos esperava, ele apareceu. Meninas, acreditem, eles andam aí. Eles, os Príncipes. Os verdadeiros. Não as imitações. Tal como com as carteiras, também há por aí muita imitação de Príncipe de muito má qualidade. Por isso, cuidado. E se ele não aparecer, não desanimem. Nunca se esqueçam, antes sozinha do que mal acompanhada. E há por aí tanta gente mal acompanhada...

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