Como arrasar com a auto-estima de uma pessoa e como fazê-la gastar dinheiro
Cabelo virgem
Penelope Cruz fotografada por Inez & Vinoodh para a Vogue Paris
A minha cabeleireira passa a vida a dizer-me que o meu cabelo é o único cabelo virgem (será que devo fundar um clube?) que entra lá no salão. E com virgem quer ela dizer que nunca foi pintado. E eu passo a vida a dizer-lhe que virgem, virgem, não é. Porque, há cerca de dez anos, num episódio dramático da minha vida, embiquei que havia de aclarar o cabelo (todas nós passamos pela fase de querermos ser loiras, ou pelo menos de andarmos lá perto) e vá de fazer umas madeixas. Escusado será dizer que me arrependi ao fim de pouco tempo. Ainda por cima as tintas dão cabo do cabelo. Neste momento era incapaz de fazer uma coisa dessas. Adoro a minha cor de cabelo.
Manzarra e respectivo programa
Bom, correndo o risco de ser apedrejada em praça pública, eu devo confessar que não acho piada nenhuma ao Manzarra. Nem fisicamente, nem como apresentador, nem como comediante. Tem sempre uma cara de parvo estampada no rosto - abre muito os olhos e faz um sorriso amarelo, como se estivesse a conter a respiração - e que ainda não percebi se é mesmo a cara dele natural, ou se faz aquilo para ter piada. E o pior é que ele já está tão convencido de que é o maior, que foi evidente o sorriso forçado com que ficou quando há dias viu o Globo de Ouro ser entregue à Daniela Ruah (merecidíssimo) e não a ele que até é da Sic e tudo.
E aquele programa de dança ontem foi uma desilusão. Que raio. Ninguém diz mal de ninguém. Dançam todos muito bem. Blá. Blá. São todos uns coitadinhos que se esforçam muito. Assim não tem graça. E o membro tarado do júri? God, o homem se apanha uma das concorrentes numa esquina nem quero pensar no que lhes faz. Mil vezes a histérica do júri americano.
E aquele programa de dança ontem foi uma desilusão. Que raio. Ninguém diz mal de ninguém. Dançam todos muito bem. Blá. Blá. São todos uns coitadinhos que se esforçam muito. Assim não tem graça. E o membro tarado do júri? God, o homem se apanha uma das concorrentes numa esquina nem quero pensar no que lhes faz. Mil vezes a histérica do júri americano.
Vou só ali cortar os pulsos, já volto
Nunca vi nada assim
Sunday 30 May 2010
Mas se querem ver os meus alunos a entrar em histeria, ponham a tocar a dita música dos Black Eyed Peas. Ficam completamente possuídos. Pulam e gritam como se não houvesse amanhã.
Ainda o campeonato não começou...
... e eu já não posso ouvir falar da selecção. E depois esta história dos Black Eyed Peas num concerto para apoiar a selecção, é coisa para me encher de urticária. Não me digam que não arranjavam nenhum grupo português para o fazer? Com franqueza.
Acabei de ler a revista "Vidas" do "Correio da Manhã", por isso qualquer disparate que eu possa dizer será sempre desculpável
Quando oiço colegas das AECs (que são extraordinariamente mal pagos, ainda por cima a recibos verdes, podendo ser postos na rua a qualquer momento) a queixarem-se da vida, digo-lhes sempre para usarem a cabeça da melhor forma que conseguirem.
Vejamos o caso da professora que posou para a Playboy. Estava a trabalhar nas AECs, a ganhar uma ninharia. Ninguém falava da pobre coitada (que toda a gente já percebeu que não quer nada aparecer, nada). Agora é vê-la aí a sair de limusina branca envergando vestidos xpto e a ser tratada como uma Paris Hilton tuga, por essas discotecas da província fora.
Não deve tardar muito terá uma crónica num qualquer desses jornais. Daí até à publicação do livro será um passinho (ora, se até a do Clube das Virgens publicou um livro...). Casa-se com o namorado, um fuzileiro tatuado que conheceu através do hi5. E, pronto, vidinha arrumada.
Como dizia o meu avozinho, quem tem unhas toca viola e o resto são cantigas.
Os meus perfumes favoritos # 2
No fundo
Saturday 29 May 2010
Ele é tão engraçado
Ah e tal, pedes para te fazermos perguntas e depois não respondes e ainda te pões a inventar histórias
Scarlett Johansson fotografada por Inez & Vinoodh
Queridos, a minha vida íntima é isso mesmo - íntima. Por isso, e a não ser que eu pire de vez, nunca lerão aqui episódios dela. Há quem goste de a escarrapachar por todo o lado. Não condeno. Cada pessoa é livre de escrever o que lhe apetece. Mas eu não sinto necessidade nenhuma disso, nem tampouco acho que isso seja relevante para quem lê. Acho sempre que é informação a mais.
Mas prometo responder a todas as outras perguntas.
Perguntas e respostas # 1
Scarlett Johansson fotografada por Inez & Vinoodh
O mais um Homem que é precisamente mais um homem que eu gosto de ler (se bem que escreve pouquíssimo e, por vezes, fala das mulheres de uma maneira tal que só me apetece bater-lhe. mas eu acho que no fundo, no fundo, ele é um ser adorável e que precisa realmente de uma mulher que o ame como ele merece - isto são só suposições, não o conheço de lado nenhum), perguntou aquilo que eu já estava à espera (vindo dele, não me perguntem porquê):
1ª qual a tua posição sexual preferida?
2ª ja tiveste orgasmos múltiplos?
3ª o tamanho conta?
4ª sexo anal sim ou não?
5ª sexo à bruta ou fazer amor com ternura?
Ora bem, eu agora até poderia começar a contar aqui tudinho, todinhos os pormenores, e, why not?, até postar umas fotozinhas (de costas, claro, para não me verem o trombil e não fugirem todos com medo) minhas em pleno acto sexual com o Zé da esquina, para assim exemplificar as minhas posições favoritas. Até poderia vir para aqui gabar-me do meu desempenho a esses níveis e até contar uma ou outra aventura sexual, daquelas bem loucas, para mostrar que sou o máximo. Até poderia vir para aqui contar as minhas preferências. No entanto, como é que poderia fazer isso tudo se eu sou... hummm... será que vou contar... conto... não conto... pois... sou virgem. Sim. Leram bem. Esta Kitty Fane Maria que vos fala é virgem. É ela e a Margarida, fundadora do clube das virgens. É o que dá uma pessoa guardar-se. Depois chega-se a esta idade e está mais pura do que a lã. E, como se não bastasse, já passou de validade e já não se arranja ninguém para poder entrar em ramboiadas, de preferência que tenha uma boa picareta para cavar e, assim, chegar a terras nuncas antes conquistadas.
Por tudo isto, querido Homem, lamento do fundo do meu coração, mas não lhe posso responder a estas perguntinhas que me fez com tanto amor e carinho.
Mas quanto ao tamanho - se conta ou não? - já falei aqui neste post.
Foi uma semana de cão? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Think Pink # 17
Thursday 27 May 2010
Sabem aqueles dias em que tudo vos corre tudo mal? Tudo. Aqueles dias em que se apanha uma camada de nervos por porcariazinhas que não matam mas moem? Hoje tive um desses dias. Horrível. Felizmente, ao final do dia, tive uma boa notícia. O meu maninho, ao fim de uma semana nos cuidados intensivos, começou a dar sinais de melhorias. E, pronto, esqueci tudo o resto.
Estado em que se encontra o coração deste blogue
Kate Moss (?)
A tentar decidir se o silêncio é a melhor estratégia, porque tudo já foi dito demasiadas vezes, ou se parto a loiça, se faço um escarcéu. Não vale a pena enganar ninguém, não tenho alma de cigana, e raras vezes me fugiu o pé para o chinelo. A frontalidade não se coaduna com raivas desnecessárias mesmo quando há palavras que queimam e nos ficam tatuadas na pele, ainda que ditas entre os vapores do gin tónico. É pôr a cabeça na almofada, aconchegar o edredon, dormir com a certeza que não se deu um passo errado, não aqui, pelo menos. E acordar com o sol, ainda que tímido, a entrar pela janela.
Sal , no seu Sem Aviso
E por falar em não acampar
Acampar ou não acampar, eis a questão!
Allegory of the Four Elements de Mark Ryden
Podem convencer-me a fazer muita coisa, e por amor já fiz algumas, menos a acampar. Acampei uma vez na vida, quando tinha dezoito anos, e jurei para nunca mais. Uma experiência para esquecer.
Ah e tal, mas fica mais barato.
Ora então se é para ficar mais barato, fico na minha casinha que, assim comássim, tenho óptimas praias a meia dúzia de quilómetros.
Ah e tal, mas estamos em perfeita comunhão com a natureza.
A comunhão com a natureza é muito bonita e eu gosto, mas não dentro de uma tenda, a ser atacada por exércitos de melgas e mosquitos, e a ouvir o barulho de mais cinquenta pessoas, sobretudo adolescentes bêbados.
Ah e tal, mas conheces sempre mais pessoas.
Bom, eu nessas coisas sou a criatura mais bicho-do-mato que existe. A não ser que vá com amigas de férias e se atravessem uns tipos giros e bem apessoados no nosso caminho, vá de férias com quem for, raramente conheço pessoas exteriores àquelas com quem eu estou. Jamais serei o casalinho que tem de conhecer sempre outro casalinho (como se os dois não fossem suficientes). Jamais serei a família que tem obrigatoriamente de conhecer outras famílias para assim confraternizarem. Não, eu quando vou de férias com determinada pessoa/pessoas, é mesmo para estar com essa pessoa. Se eventualmente alguém meter conversa connosco e nós até gostarmos, tudo bem. Caso contrário, nem pensar.
Ah e tal, é o máximo. E eu adoro.
São gostos. Haverá pessoas que adoram. Não sou eu, com certeza. Quem me tira uma caminha grande e fofinha e uma casinha-de-banho para tomar o meu banhinho e me besuntar com os meus cremes na paz dos anjos, tira-me tudo. Mas eu acho que com a idade ficamos assim, muito mais exigentes. Eu, quando era mais nova e estudava, também era assim. Faz parte. Neste momento, e como dizia o Oscar Wilde, tenho o mais simples dos gostos. Só me contento com o melhor.
Perguntas
Jennifer Connelly
Depois de ter visto em vários blogues, mais tarde ou mais cedo teria de o fazer também. Ainda pensei fazê-lo por meio do Formspring.me, mas achei melhor por aqui. Portanto, sintam-se à vontade para me perguntar aquilo que vos apetecer. Posteriormente as perguntas serão respondidas num post ou em vários posts.
Eu avisei que hoje só iam sair disparates (e agora dizem vocês: tirando hoje, é todos os dias)
Quando olho para estes dois, penso sempre em como serão as coisas na hora H. Confesso que chego a ter um bocadinho de pena dela. Não deve ser fácil, digo eu.
Estes homenzões enormes sempre me assustaram um bocadinho, não me perguntem é porquê. E eu não sou propriamente minorquinha como ela. (E a diferença de alturas deles está com certeza atenuada pelos sapatões de vinte centímetros que ela costuma usar sempre.)
Mas, pasmem-se, pela primeira vez achei que ela estava lindíssima. Muito elegante e discreta. Só lhe tirava a pulseirinha da Parfois que trazia no braço.
Atenção que hoje só vão sair disparates
Pergunta da Semana # 23 - Homens deste meu país à beira-mar plantado, que tipo de lingerie vocês preferem?
Alessandra Ambrosio
Meus queridos bombons de chocolate da melhor qualidade que lêem este blogue, vamos lá a saber que tipo de lingerie gostam vocês mais de ver nos corpinhos das vossas mulheres, namoradas, amantes ou amigas coloridas? Lingerie sexy? Básica? Cheia de bonecada? Cueca fio dental? Tanga? Asa dela? Cuequinha da avó? Preta? Branca? Cor de burro quando foge?
Vá, toca a responder, que nós queremos saber quais são os vossos verdadeiros gostos.
Kitty Fane - 1 Provas de Aferição - 0
Marilyn Monroe
E, pronto, já acabei de corrigir as malvadas provas de aferição. Agora é só inserir os códigos de classificação na tabela e guardar em pen, aguentar mais uma reunião de três horas e meia a trocar impressões e a corrigir provas de outros para ver se as coisas batem certo, e, voilá, estou despachadinha disto.
Ao contrário do que eu pensava, até foi bom enquanto durou. Pelo menos deu para descomprimir dos dias cinzentinhos que eu tenho tido à conta das grandes risadas que dei com algumas respostas dadas (mas só porque não são meus alunos, se fossem, ficava logo com ganas de os espancar por escreverem todos aqueles disparates, quando eu me tinha empenhado tanto a explicar as coisas).
O Michael C. Hall é tão bom, tão bom
Esta sou eu depois de ver mais um episódio do Dexter deitada na minha cama. Todos os dias digo para mim mesma, hoje não vou ver, é que nem pensar, depois tenho pesadelos, penso que ele entra dentro do meu quarto para me matar, mas é mais forte do que eu, quando dou conta lá estou eu toda maluca a ver. O pior vem depois.
Preciso urgentemente de arranjar alguém para dormir comigo (quer dizer, não precisa de dormir, é só mesmo para me proteger dos medos, depois pode ir embora, ou ir dormir para o sofá) e, assim, me proteger do Dexter. Mas só do Dexter. Do Michael C. Hall não precisa de me proteger. A esse abria-lhe as portinhas do quarto com todo o gosto.
Corta-interesse total
Sabem aqueles homens que acabámos de conhecer e que sentem uma necessidade enorme, assim como quem não quer a coisa, de falar dos seus bens materiais a toda a hora? (Talvez porque percebam o quão desinteressantes estão a ser para a pessoa que têm à frente, e por isso achem que isso os salvará).
Para quem não sabe do que estou a falar, eu vou explicar-vos melhor. Quando um homem normal diria qualquer coisa deste género:
- Ah e tal, deixei os meus óculos de sol no carro.
Este tipo de homem diz:
- Ah e tal, deixei os meus óculos de sol no meu BMW Série 3 Berlina.
Não suporto.
Viva o Verão by Quebramar - Os vencedores
E, pronto, foram apuradas as vencedoras do Passatempo "Viva o Verão by Quebramar". As meninas que vão levar para casa um conjuntinho destes são:
Ana Belo
Leonor de Almeida
Katherine Gonzalez
Mariana Amorim
Solicitamos às vencedoras que enviem um e-mail para qmr@quebramar.com com os seus dados, para poderem tratar do levantamento do seu prémio.
Eu e a Quebramar agradecemos a todos os que participaram.
E as calças do Pedro Abrunhosa?
Ninguém fala nas calças justíssimas e exageradamente puxadas para cima que o senhor trazia? Credo. Aquelas calças dão-nos informação a mais. Não há necessidade. De uma coisa é certa, deve ter ficado com as partes todas doridas.
Ainda os globos de ouro
Obviamente que a mulher mais bonita, mais elegante, menos pirosa e com mais classe da noite foi a mulher do José Fidalgo (que eu não sei o nome, mas que é uma espécie de Demi Moore portuguesa), e que levava um Dolce & Gabbana encarnado lindo. Só é pena não haver fotos. Mas podem ver aqui o vídeo.
What???
Sunday 23 May 2010
Às 00h06m estão 126 pessoas aqui no blogue? Amanhã não se trabalha, meninos? Já para a cama.
Valha-me o Diogo Infante que está cada vez mais charmoso
Eu não quero ser mazinha, mas alguém diga à Bárbara Guimarães que aquelas piadas dela são do mais seco que há.
E para não dizerem que eu acho tudo horrível
A Catarina Wallenstein é gira gira. Mesmo muito gira. E tem pinta. E tem classe. E é inteligente. E tudo e tudo.
E não tarda sai uma mama da Sofia Cerveira pelo écran
Eu já me tinha esquecido do quão horrível são as fatiotas dos nossos famosos. Mas o que é aquilo na passadeira dos Globos de Ouro? Parece que os fatinhos são todos feitos pela costureirinha do bairro. E os penteados? E a bijuteria? Sim, bijuteria. Parece que ainda não perceberam que nestas noites usam-se jóias e não bijuteria da Parfois (nada contra, mas não para estas ocasiões).
Enfim, não me levem a mal, mas é que é tudo tão medonho que é difícil eu não afiar a minha língua. Shame on me.
Enfim, não me levem a mal, mas é que é tudo tão medonho que é difícil eu não afiar a minha língua. Shame on me.
Eu tenho leitoras tão queridas
Jessica Alba fotografada por Terry Richardson
O que eu gosto mesmo é quando me enviam e-mails a dizer que quando conheceram fulano ou sicrano se lembraram logo de mim, porque acharam que nós éramos almas gémeas e devíamos era estar juntos. Ou então quando me enviam e-mails a indicar nomes de grandes amigos solteiros e respectivas páginas do facebook (em geral, sempre moços muitos bem apessoados). Eu acho tão fofinho. Mas eu sou tímida, meninas. Vocês já deviam saber disso.
Do amor
Já começava a sentir-me uma espécie de ET
Saturday 22 May 2010
Só ontem é que os meus alunos me explicaram o que eram, e porque é que, de repente, toda a gente começou a falar de vuvuzelas.
Assim foi a nossa relação
Ed Westwick e Leighton Meester em "Gossip Girl"
It was the best of times, it was the worst of times, it was the age of wisdom, it was the age of foolishness, it was the epoch of belief, it was the epoch of incredulity, it was the season of Light, it was the season of Darkness, it was the spring of hope, it was the winter of despair, we had everything before us, we had nothing before us...
Charles Dickens em "A Tale of Two Cities"
Aquele bracinho cobertinho de tatuagens é que era escusado
Friday 21 May 2010
Ai o John Mayer, ai o John Mayer. Era menino para ser degustado às colheradas, sem dizer ai nem oi.
A Maria
Carla Bruni
A Teresa, que é uma querida e que me põe sempre a par das novidades blogosféricas (sobretudo, daquelas mais calientes), deu-me a conhecer a história da Maria. E quem é a Maria? A Maria (e o seu gato, personagem igualmente importante nesta história) é uma menina mulher daquelas com muita garra e determinação, que quer alcançar o seu sonho ...
que, para já, passa por Bruges, mais concretamente pelo College of Europe [isto dito assim, caraças, até parece uma cena toda pipi]. Acontece que um Master of Arts in EU International Relations and Diplomacy Studies lá em Bruges é coisa para me deixar penhorada por sete gerações [no mínimo]. Ora como eu não tenho onde cair morta [trabalho para o Estado, está tudo dito!] e estou longe de vir a herdar o que quer que seja, não me resta outra alternativa que não seja vender o recheio da casa. Portanto preparem-se, pessoas! Para além de livros, cds, colchas bordadas à mão, carteiras, frigideiras e panelas, tachos quase a estrear, serviços de loiça, copos e jarros, cristais e porcelanas, isto vai começar a parecer a Feira do Relógio. Preços amigos do cliente, artigos em belíssimas condições [como novo, senão mesmo a estrear], tudo na base da bela da transferência bancária para uma conta destinada para o efeito. O projecto, esse, chama-se: Take us to Bruges [eu e ao gato, of course!] e eu sei que vocês são bem capazes de me ajudarem a lá chegar.
Vamos ajudá-la?
Os meus filmes # 14
Claire Danes e Jason Schwartzman em "Shop girl" (2005)
É um filme lindo. É uma viagem pela solidão das pessoas nas grandes cidades e pelas contrariedades das relações humanas.
O nome do filme em português - Uma Rapariga cheia de sonhos - e o original - Shopgirl - podem levar-nos a pensar que se trata de mais uma comédia romântica igual a tantas outras. Há alguma comédia sim. Mas não aquele tipo de comédia de “usar e deitar fora”. O filme é muito mais do que isso.
É um filme lindo. É uma viagem pela solidão das pessoas nas grandes cidades e pelas contrariedades das relações humanas.
O nome do filme em português - Uma Rapariga cheia de sonhos - e o original - Shopgirl - podem levar-nos a pensar que se trata de mais uma comédia romântica igual a tantas outras. Há alguma comédia sim. Mas não aquele tipo de comédia de “usar e deitar fora”. O filme é muito mais do que isso.
Minhas ricas meninas, nem sabem o que as espera
As minhas alunas são muito vaidosas. Muito princesas. Há dias combinaram vir todas de cor-de-rosa. Outro dia combinaram esperar-me todas de óculos escuros. Quando eu chego à escola, dizem sempre em coro - Boa tarde, professora. Fazem peças de teatro sozinhas que depois pedem para apresentar na sala de aula. Fazem coreografias. Agora três delas estão a escrever um livro, dizem. E lá andam elas com umas folhinhas A4 todas escritas a lápis. São muito queridas. E, apesar de algumas já terem umas maminhas giras a crescerem, são muito infantis e muito inocentes. E eu adoro isso. Eu também fui assim. Vivi tudo na altura que tinha de viver. Sem pressas. Sem nada. Acho que cada coisa tem o seu tempo para ser vivida e nunca apreciei meninas novinhas com sentimentos e atitudes de adultos. Por exemplo, uma das coisas que me faz imensa impressão é ler blogues de meninas de dezasseis ou dezoito anos a falarem da vida e, sobretudo, dos homens como se tivessem trinta ou quarenta. Acho que para tudo há um tempo.
Mas dizia eu que o corpinho delas já começa a denunciar aquelas mudanças e isso não é indiferente aos rapazolas mais velhos. E foi disso que eu me comecei a aperceber há dias numa visita ao museu de arqueologia (uma vez que os colegas lá na escola ainda estão naquela fase de apenas quererem jogar futebol e trocar cromos.). Estavam as pobrezinhas a fazer um trabalho de grupo em pleno museu, comigo e com um monitor a supervisionarmos, quando uns matulões dos seus catorze ou quinze anos começaram a pedir-lhes (como se fosse uma ordem) o número de telemóvel. Elas, coitadinhas, olharam para mim muito aflitas - ainda por cima a maior parte delas nem tem telemóvel - sem saberem o que dizer, coraram e riram muito atrapalhadas. Enquanto os quase imberbes, daqueles que têm para ali meia dúzia de pelitos escuros por cima dos lábios e uma cara cheia de borbulhas, continuavam - querem o meu nove seis? querem ou não? (no meu tempo perguntava-se o nome, hoje em dia oferece-se/pede-se/exige-se o número de telemóvel).
Pobrezinhas. Vão ficar entregues à bicharada.
Passatempo "Viva o Verão" by Quebramar
Não se esqueçam do passatempo "Viva o Verão" by Quebramar. Têm até ao final do dia de hoje para participarem.
Para aquelas pessoas que enviaram e-mails e mensagens de carinho
Thursday 20 May 2010
A cirurgia foi ainda mais complicada do que o que se pensava. Nada que os médicos não prevessem. Não há visitas. Amanhã, se tudo correr como previsto, sai do recobro e vai para os cuidados intensivos. Consoante o evoluir da situação, terá ou não visitas. Obrigada pelo carinho.
Vamos comemorar a chegada da Primavera com a Clinique - Textos Vencedores # 5
Da autoria da Ana Ferro
Parti e nas costas ficou aquele lugar, o rio, um mundo que antes era longe e sem sentido. Trago um pouco de tudo isso, hoje, no coração. E deixo também um pouco de mim numa boca, a forma do meu corpo nos seus braços, o meu cheiro que se misturou naquela pele macia e cuidada com os produtos Clinique que lhe enviei no seu último aniversário. E as palavras que ecoam nos meus ouvidos ainda variam na pauta entre a racionalidade e a entrega, apertam o meu peito numa tão forte mistura de querer e não poder e saudade e amor… Fomos sem saber se seremos mais. Mas fomos… Fomos com toda a intensidade que gritámos durante um tempo de lonjura que não queria repetir.
Parti e nas costas ficou aquele lugar, o rio, um mundo que antes era longe e sem sentido. Trago um pouco de tudo isso, hoje, no coração. E deixo também um pouco de mim numa boca, a forma do meu corpo nos seus braços, o meu cheiro que se misturou naquela pele macia e cuidada com os produtos Clinique que lhe enviei no seu último aniversário. E as palavras que ecoam nos meus ouvidos ainda variam na pauta entre a racionalidade e a entrega, apertam o meu peito numa tão forte mistura de querer e não poder e saudade e amor… Fomos sem saber se seremos mais. Mas fomos… Fomos com toda a intensidade que gritámos durante um tempo de lonjura que não queria repetir.
E já que se fala em Tim Gunn
Doutzen Kroes fotografada por Mario Testino
Que se envie um Tim Gunn com a máxima urgência para o Hotel Serra da Estrela onde estão a estagiar os jogadores da Selecção Nacional.
Ele são madeixas e penteados estranhíssimos, ele são calças de ganga rasgadas (que são a coisa mais foleira que estes olhos que a terra há-de comer podem ver), ele são pochettes, ele são cachuchos nas orelhas e nos dedos... A minha visão até ficou turva quando vi o Miguel Veloso, tal não era a sua indumentária.
A bem do bom nome do nosso país, não os deixem tirar o fato da selecção quando forem lá para fora.
Capucho (ai o Capucho era a coisa mais linda, mais cheia de graça, o que é feito dele?), Figo, Paulo Sousa, voltem, estão perdoados.
Constatação após serão televisivo na Sic Mulher
Scarlett Johansson fotografada por Mario Testino
Entre o Project Runway Canadá (Heidi Klum e Tim Gunn, voltem com a máxima urgência, please) e o programa da Ellen DeGeneres (eu até simpatizo com ela, mas o programa é mesmo muito mau, a parte em que ela se põe a dançar, então, é de me encher de urticária e não parar de me coçar até que o corpo me sangre), venha o diabo e escolha. Quase, quase ao nível do Dr Phil e do novo apresentador do "Querido, Mudei a casa". Ou daquela série horrorosa portuguesa que dá depois.
Os meus perfumes favoritos # 1
Eu sou louca por perfumes. Adoro. Tenho sempre imensos. Um para cada ocasião. Gosto de ir perfumada para todo o lado. Não gosto de sentir as pessoas a cheirarem a pessoas (a não ser que seja o nosso mais que tudo, esse pode cheirar só a ele). Ou sentir aquelas pessoas que não cheiram a nada. Ou que cheiram a suor. Ou a mofo. Ou a tabaco. Gosto de sentir os cheiros das pessoas misturados com o cheiro do perfume.
A verdade é que há um perfume que marcou carinhosamente a fase mais feliz da minha vida - o "Glamourous" do Ralph Lauren. O meu perfume favorito de sempre. Infelizmente, deixou de ser comercializado. Depois dele mais nenhum perfume me conseguiu marcar assim tão fortemente. O cheiro era realmente bom e vivi muita coisa boa com ele na pele.
Meu queridos e adorados leitores, não vos imaginava tão preconceituosos
Wednesday 19 May 2010
Tom Ford (suspiro) e Nicholas Hoult
Então mas agora os homens que andam sozinhas em lojas de decoração de interiores são todos gays? Ai que uma pessoa está sempre a aprender. Tenho de ir já a correr avisar os meus amigos heterossexuais solteiros que compraram e decoraram a própria casa sem a ajuda de ninguém, para levarem alguma mulher quando forem às compras, caso contrário são logo rotulados de gays.
O meu irmão mais velho
O meu irmão mais velho, que tem quase idade para ser meu pai, é a pessoa mais casmurra que eu conheço. Casmurro. Resmungão. Muito mau feitio. Está sempre a resmungar com alguma coisa. Sobretudo com o governo. Nunca vi ninguém que falasse tanto mal do governo como o meu irmão mais velho.
Entramos imensas vezes em conflito, discutimos política, tendo eu sempre que ouvir um "deixa-o agora, tu já sabes como ele é" da minha mãe. Mas a verdade é que daí a bocado já não é nada connosco. Eu gosto imenso dele. Ele é mesmo assim. Não faz fretes. Não faz nada por agradar a ninguém. Mas a verdade é que acaba sempre por agradar. Muito.
Eu acho que este mau feitio também foi agravado pela vida que teve. Mas ai de alguém que diga que ele é um coitadinho. Passa a vida a dizer à minha mãe para jamais em tempo algum se queixar dos problemas dele aos outros. Mas a verdade é que desde cedo teve inúmeros problemas de saúde. Muitos. Já perdi a conta das vezes que ele esteve à morte. E, como se isso fosse pouco, passou pela maior dor de todas as dores - perdeu um filho num atropelamento brutal.
Em Setembro, quando pensávamos que ele estava tão bem, apareceu-lhe outro problema. Um daqueles mesmo maus. Já só lhe faltava mesmo aquilo para poder dizer que teve direito a tudo o que de mau havia para ter. Quando soubemos, pensámos imediatamente que a coisa não ia ser fácil, nada fácil. Aliás, que iria ser muito complicada. Foram longos meses de tratamentos agressivos e o meu irmão mais velho, inacreditavelmente, andava sempre bem disposto, como se nada fosse com ele. Claro que houve dias menos bons, mas a verdade é que ele continuava a ser o mesmo. Sempre bem disposto e sempre a dizer mal do governo e do nosso país e da corrupção e de tudo e tudo. Qualquer pessoa saudável ia abaixo com tudo aquilo, mas o meu irmão mais velho, com todas as suas mazelas, aguentou-se firme. Sempre a fazer a sua vida normal. Foi nessa altura que eu comecei a pensar que ele tinha super poderes.
Passados estes meses todos, vimos uma luzinha - a cirurgia. Uma cirurgia daquelas bem difíceis, muito arriscada, com possíveis complicações, agravadas sobretudo pelo seu historial clínico, mas uma cirurgia. Uma possível solução para o seu problema.
Essa cirurgia é amanhã. E eu estou para aqui com o coração nas mãos, pedindo a todos os santos e anjos e sei lá mais a quem, que corra tudo bem. Ele merece. Ele faz muita falta. Como filho. Como pai. Como marido. Como irmão. Como amigo. Faz falta a toda a gente. E eu preciso de alguém para discutir política nos almoços e jantares de família.
Os meus produtos de maquilhagem favoritos # 2
O futuro
Tuesday 18 May 2010
Naomi Watts fotografada por Greg Williams
We spend our whole lives worrying about the future, planning for the future, trying to predict the future, as if figuring it out will cushion the blow. But the future is always changing. The future is the home of our deepest fears and wildest hopes. But one thing is certain when it finally reveals itself. The future is never the way we imagined it.
Meredith Grey em Grey’s Anatomy
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