Acampar ou não acampar, eis a questão!
Thursday 27 May 2010
Allegory of the Four Elements de Mark Ryden
Podem convencer-me a fazer muita coisa, e por amor já fiz algumas, menos a acampar. Acampei uma vez na vida, quando tinha dezoito anos, e jurei para nunca mais. Uma experiência para esquecer.
Ah e tal, mas fica mais barato.
Ora então se é para ficar mais barato, fico na minha casinha que, assim comássim, tenho óptimas praias a meia dúzia de quilómetros.
Ah e tal, mas estamos em perfeita comunhão com a natureza.
A comunhão com a natureza é muito bonita e eu gosto, mas não dentro de uma tenda, a ser atacada por exércitos de melgas e mosquitos, e a ouvir o barulho de mais cinquenta pessoas, sobretudo adolescentes bêbados.
Ah e tal, mas conheces sempre mais pessoas.
Bom, eu nessas coisas sou a criatura mais bicho-do-mato que existe. A não ser que vá com amigas de férias e se atravessem uns tipos giros e bem apessoados no nosso caminho, vá de férias com quem for, raramente conheço pessoas exteriores àquelas com quem eu estou. Jamais serei o casalinho que tem de conhecer sempre outro casalinho (como se os dois não fossem suficientes). Jamais serei a família que tem obrigatoriamente de conhecer outras famílias para assim confraternizarem. Não, eu quando vou de férias com determinada pessoa/pessoas, é mesmo para estar com essa pessoa. Se eventualmente alguém meter conversa connosco e nós até gostarmos, tudo bem. Caso contrário, nem pensar.
Ah e tal, é o máximo. E eu adoro.
São gostos. Haverá pessoas que adoram. Não sou eu, com certeza. Quem me tira uma caminha grande e fofinha e uma casinha-de-banho para tomar o meu banhinho e me besuntar com os meus cremes na paz dos anjos, tira-me tudo. Mas eu acho que com a idade ficamos assim, muito mais exigentes. Eu, quando era mais nova e estudava, também era assim. Faz parte. Neste momento, e como dizia o Oscar Wilde, tenho o mais simples dos gostos. Só me contento com o melhor.
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