Naomi Watts fotografada por Peter Lindbergh
Houve alguém que no post anterior frisou o ser mal educado como um dos maiores corta-interesse, que se reflecte, por exemplo, no acto de tratar mal um empregado de mesa. E veio-me imediatamente à lembrança um encontro que eu tive há uns dez anos.
Eu já achava que o rapaz tinha um bocadinho a mania que era bom e que era melhor do que os outros, só porque tinha meia dúzia de tostões no bolso e uma profissão que lhe dava algum poder sobre muita gente. Mas a coisa piorou quando um dia fomos jantar só os dois (nem sei onde estava com a cabeça quando aceitei o seu convite).
Além da arrogância constante com que tratou os empregados de mesa desde o início, coisa que me deixou doente (detesto quando o fazem), a gota de água final foi, a dada altura, chamar um deles e pedir-lhe para ir comprar um maço de tabaco (a máquina estava no piso de baixo, no exterior do restaurante) para sua excelência. Ora o senhor era empregado de mesa, não era empregado dele, mas, talvez em estado de choque, lá desceu e lá lhe trouxe o maço de tabaco.
Eu já estava envergonhadíssima e possessa com tudo aquilo, tanto, que já não conseguia disfarçar o incómodo que ele me estava a causar. E foi aí que lhe disse tudo o que queria e o que não queria dizer.
Depois desse jantar, nunca mais falámos.
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