Olga Kurylenko fotografada por Ellen von Unwerth
Os homens estão demasiado sensíveis e lamechas. De repente, transformaram-se no cúmulo da lamechice. Choram por tudo e por nada. Amuam a toda a hora. Vejam bem. Amuam. Onde já se viu um homem amuar e fazer birras? Queixam-se frequentemente. Não têm iniciativa. Estão sempre à espera que a mulher decida tudo, porque, tadixos, têm medo de não lhes agradar. Quando estão com uma leve constipação, é vê-los praticamente à beira da morte quase quase a dar o grito final. Mas o que é isto? Onde foi que nós, mulheres, falhámos?
Vamos lá a ser claras. Nós (as mulheres como eu, claro, não posso falar pelas outras. mas a avaliar pelo meu grupo de amigas e de colegas não são assim tão poucas) gostamos de homens que nos protejam, homens de barba rija e mãos grandes, que sejam confiantes, fortes, capazes, independentes, cultos, decididos, que nos aparem as lágrimas, que saibam bem o que querem e o que têm de fazer para o conseguir. Que sejam sofisticados, cavalheiros, que saibam escolher uma garrafa de vinho, que nos levem a ver o pôr-do-sol e a jantar à luz de velas. Lamechices? Não, por favor. Sensibilidade a mais? Dispensamos. Carácter? É fundamental.
Existem homens assim? Existem. Eu já conheci alguns exemplares desta espécie. Mas cada vez são menos. Tal como o Leopardo das Neves ou o Rinoceronte de Java, estes homens são, sem dúvida, uma espécie, cada vez mais, em vias de extinção.
Post ligeiramente modificado (algumas partes já tinham sido aqui publicadas) e publicado em Fevereiro no jornal 24 horas
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