Houve pessoas que disseram que seguindo esta ordem de pensamento: daqui a nada estou a dizer que se são violadas a culpa é delas.
Obviamente que não. Eu não estou a desculpar os homens por serem ordinários e mandarem bocas ordinárias. Mas, sabendo todas as mulheres, todas sem excepção, que esse tipo de indumentária provoca essas reacções, então está na mão delas continuarem ou não a usá-las. Não se podem é depois andar sempre a queixar.
Eu, que basicamente uso mini-vestidos para ir para a praia, sei bem que se tiver de parar numas bombas de gasolina nesse caminho - e vou de chinelos (nem vou de saltos altos, que isso então é o equivalente à forca) - levo com buzinadelas, bocas do mais baixo que há e com olhares rebarbados dos que passam na estrada. E não gosto nada. Por isso, acabo por evitar fazer isso, enchendo o depósito antes. E continuo a usar esse tipo de roupa só porque sei que depois na praia ninguém repara nisso, afinal de contas anda quase tudo despido.
Mas, para andar no dia-a-dia, sobretudo para trabalhar, nem pensar nessas roupas mais ousadas, para já porque acho vulgar, e depois porque quero andar descansada e tranquila. E isso só depende de mim.
Da mesma forma que se for para um país árabe tenho o cuidado de me tapar. Cobrir os ombros, pelo menos, não olhar os homens de frente. E isto porquê? Porque da primeira vez que fui a um e me passeei em ambientes menos turísticos como uma ocidental vestida para temperaturas de quarenta graus, fui praticamente comida viva.
No comments:
Post a Comment