Se 2010 já tinha terminado mal, 2011 começou pior ainda. Com um susto que me deixou sem forças e com o coração muito apertado. Felizmente, está tudo mais calmo. Ainda não está bem, mas está tudo mais calmo. Eu é que ainda não recuperei as minhas forças totalmente. Por vezes penso que já não me habituaria a uma vida normal, sem sobressaltos constantes, sem aventuras diárias, como tem sido nos últimos meses. Porque, no fim de tudo, quando respiramos de alívio, temos a maior e melhor sensação de todas as sensações. Se calhar é por isso que sempre ouvi dizer que sem dias maus, nunca poderíamos ter dias bons. Mas, pronto, escusavam de ser tão maus.
Oiço diariamente as pessoas a queixarem-se e a lamentarem-se da sua vida só porque partiram uma unha ou um dedo, e canso-me ao fim de cinco minutos. Confesso, já não tenho pachorra para pessoas que arranjam problemas onde não os há, que fazem tempestades em copos de água, só porque não têm problemas a sério com que se preocuparem e criam aquilo para ocuparem a cabeça ou para chamarem as atenções sobre si.
E da mesma forma que já não tenho pachorra para isso, também já não a tenho para contar os meus problemas aos outros, pelo menos à maior parte deles. Percebi que não vale a pena. Porque em geral as pessoas reagem quase sempre das mesmas maneiras. E todas essas maneiras me irritam (apesar de reconhecer que as pessoas até têm quase sempre boas intenções e apenas querem ajudar). Ou fazem logo ali um drama de tal maneira exagerado, que, no final de tudo, nós - os que temos os problemas - é que temos de os estar a consolar, ao invés de ser o contrário. Ou deitam logo um olhar de pena, e só Deus sabe o quanto eu odeio olhares de pena. Ou então ficam, ainda que inconscientemente, satisfeitos, do género - Humm, que bom, não sou só eu que tenho problemas.
Por tudo isto e para o caso de quererem saber como eu estou:
- Está tudo bem comigo, sim, obrigada. E convosco?
*Isto de começar os títulos dos posts por "Do", "Da" ou "Dos" é completamente viciante.
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