Amy Adams
As aulas estão quase a terminar. Acho que nunca houve um ano em que desejasse tanto isso (e antes que venham para aqui atirar pedras e dizer que vou já entrar de férias, aviso já que não, que só em agosto as terei. fim das aulas não é sinónimo de férias para os professores). Este foi o ano letivo mais cansativo e mais difícil da minha carreira. A mudança de alunos quase roçou o traumatizante. Depois de ter tido uma turma muito muito boa em todos os aspectos, era previsível que isto acontecesse. E aconteceu. Os alunos de ano para ano pioram. É um facto que tenho observado nos meus catorze anos de carreira. São mais insubordinados. Chegam todos com o rei na barriga. Acham-se todos os melhores. Querem fazer tudo à sua maneira. Cada vez têm menos poder de concentração. Há tanto estímulo, tanta coisa para onde centrarem a sua atenção, que se torna cada vez mais complicado conseguir captar a sua atenção, mesmo que se faça o pino, sem que se dispersem ao fim de pouco tempo. No entanto, agora olhando para trás e para o estado em que chegaram no início do ano letivo, consigo ver a evolução deles. E que evolução. À custa de muito trabalho, de muita zanga, de muito não, de muita regra, de muitos nervos acumulados, mas a verdade é que estão muito diferentes, para melhor, para muito melhor. E é por estas e por outras que, apesar de tudo, continuo a adorar ser professora. Pelas gargalhadas que dou com eles, pelo crescimento deles a todos os níveis, pela ausência de rotina diária e pelo reconhecimento do meu trabalho no final de cada etapa.
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