Paul Giamatti e Rosamund Pike em "Barney's Version"
Ontem fui ver o filme "Barney"s Version" e nunca pensei que me causasse tanta urticária. Não que o filme seja mau, não, o filme é bem interessante, é leve, os atores são ótimos. O problema foi mesmo o Barney, personagem tão bem interpretada pelo Paul Giamatti. O Barney, para além de fisicamente não ser nada favorecido, era uma nulidade em tudo. No trabalho. Nas relações. E ainda era um estuporzinho de um traidor. No dia de um dos seus casamentos apaixonou-se por uma convidada e tudo fez para que ela ficasse com ele, por exemplo, mantendo o seu casamento. Para além disto tudo, o Barney fumava e bebia o dia inteiro, apanhando bebedeiras de caixão à cova, e ainda devorava os jogos que passavam na televisão como um maluquinho.
O pior de tudo, e daí a urticária, é que o Barney ilustra na perfeição uma classe de homens que para mim são um corta-interesse total. E tantos que há por aí. Tantos, senhores. Já conheci mulheres bem interessantes (como uma das que veio a casar com o Barney) que estão casadas há anos com Barneys, presas a um casamento que não lhes traz nada de bom, apenas chatices. Só porque se acostumaram àquilo, e porque, inacreditavelmente, ainda conseguem amar aquelas criaturas, não sabendo bem porquê. Talvez pelo medo de ficarem sozinhas. Não sei. A realidade é que conheço algumas assim, que mereciam mil vezes melhor do que aquilo que têm. Eu tenho para mim que nunca (sim, eu sei que nunca devemos dizer nunca, mas aqui quase que arriscaria) me sujeitaria a uma relação com um Barney. Antes sozinha a dormir debaixo de uma ponte.
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