Há dias vi uma reportagem num dos noticiários que falava do endividamento das famílias da classe média/alta, ou seja, de pessoas com rendimentos acima da média. E os jornalistas falavam daquilo como se fosse um verdadeiro drama, um horror. É da crise, essa malvada. É dos bancos, esses monstros que dão com uma mão e tiram com a outra. Coitadinhas daquelas pessoas, com ordenados elevados e não tinham nem dinheiro para comer. Eu, confesso, já há muito que esperava isto. E, para dizer a verdade, não tenho pena nenhuma. Lamento. Sempre fui educada com o lema - gastar aquilo que se tem, nunca o que não se tem.
É que uma coisa é uma pessoa que, de um momento para o outro, fica desempregada. Pode acontecer a qualquer um. Agora pessoas que não sabem viver? Que querem ter aquilo que não podem? É o apartamento na Lapa, cuja renda não sabem como irão pagar. É a vivenda na Aroeira, cuja prestação mensal é quase o ordenado de um dos membros do casal. São os três filhos nos colégios. São as carrinhas BMW que ainda nem se começaram a pagar. São as férias pagas a crédito. São as compras pagas a crédito. É tudo pago a crédito.
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