Nem tudo o que luz é ouro
Tuesday 5 January 2010
Evan Handler e Kristin Davis em "Sex and the City"
Hoje está a apetecer-me falar do Sebastião. Eu saí três vezes com o Sebastião. O Sebastião foi até hoje um dos rapazes mais giros com quem saí. Era lindo. Escandalosamente lindo. Vinha sempre impecavelmente bem vestido e perfumado. O sorriso era de sonho, com uns dentes maravilhosamente brancos, disfarçando bem o seu vício do tabaco.
Mas o Sebastião tinha um problema, apesar daquele aspecto clássico e distinto, era um bronquinho de primeira. Comecei a descobrir isso na segunda saída, quando ele me disse que uma vez tinha andado à porrada com um "gajo" - palavras dele - porque tinha olhado de uma forma menos própria para a sua ex namorada. E, pronto, aquela imagem perfeita começou a perder o brilho aos meus olhos. Homem que é homem decente não anda à porrada com ninguém só porque ele olhou para a sua namorada com um olhar menos próprio. Aliás, há quem arranje todo o tipo de pretextos para andar à porrada. E vim a descobrir que ele era um deles. Comecei também a perceber que tinha a mania da perseguição. Achava que toda a gente lhe queria mal e tinha sempre na ponta da língua os ditados - cá se fazem, cá se pagam ou a vingança é um prato que se serve frio. Para além disso, dizia mal de todas as ex namoradas, coisa que eu abomino.
Isto tudo para dizer, que cada vez ligo menos ao aspecto físico dos homens. Acredito que em cada esquina há um Harry Goldenblatt para o qual nem olhamos mais do que uma vez, mas que tem potencial mais do que suficiente, para nos fazer as mulheres mais especiais do mundo.
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