Scarlett Johansson em "Lost in Translation" (2003)
Eu gostava de ser daquelas pessoas que se adaptam facilmente aos fusos horários - como uma certa pessoa que eu conheço, que mal cai na cama começa logo a roncar - mas, infelizmente, não sou. Não me adapto de maneira nenhuma aos fusos horários, sobretudo quando viajo para os Estados Unidos. Sofro com o jet lag. Ando imensos dias desorientada. Não durmo nada de jeito. Só para terem uma ideia, e tendo em conta que em Nova Iorque são menos cinco horas do que aqui, eu acordava todos os dias às três ou quatro da manhã (o equivalente aqui às oito ou nove horas). Não havia nada a fazer. Parece eu que tinha um despertador dentro de mim. E estava cansadíssima. E tinha sono. Mas dormir era mentira. E então era ver-me a essa hora da madrugada às voltas na cama, à janela sem saber o que fazer, ou a planear, silenciosamente, o dia seguinte. Muito deprimente. Mesmo.
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