Ainda num estilo semi-depressivo # 2
Sunday 18 July 2010
Tree of Hope, Remain Strong, de Frida Kahlo (1946)
Quando é connosco é horrível. Porque por muito acompanhados que estejamos, por muito amor e carinho que tenhamos à volta, sentimo-nos sempre inacreditavelmente sós. É uma solidão estranha. É que por muito que aos outros custe aquilo que estamos a passar, por muito que sofram, somos nós que acordamos com o peso das mazelas em cima, somos nós que estamos numa sala de operações, somos nós que estamos na cama de hospital cheios de dores, somos nós que sentimos a angústia da espera do resultado de um exame nosso, enquanto os outros voltam às suas vidas.
Mas, ultimamente, tenho sentido mais de perto o outro lado. Que também não é nada fácil. Horrível, para dizer a verdade. Primeiro foi com o meu irmão. Andava todos os dias com o coração nas mãos. Felizmente, está a recuperar e a viver um dia de cada vez. Agora é com o meu amor. Aliás, ainda ontem disse, se eu sobrevivi à carrada de sustos que apanhei na última semana, já sobrevivo a tudo. Ontem foi mais um. Daqueles que me deixam a sufocar e a tremer durante horas. Nunca mais acaba este pesadelo, caramba. Mas tenho esperança. Muita. Cada vez mais. Ele é tão forte, tão forte. Adoro isso nele.
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