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Escrever alivia-me a alma

Thursday 15 July 2010


Ewan McGregor e Alison Lohman em Big Fish (2003) (imagem daqui)

Sabem, eu tentei não falar muito nisto, nós nunca falamos de tudo nos blogues, eu pelo menos não falo. A minha vida amorosa que deixei aqui transparecer quase nunca correspondeu à verdade, algumas vezes sim, mas mais foram aquelas em que não, mas - e aproveitando estes dias em que falo de coração aberto, sem armaduras, sem nada - a verdade é que andava completamente apaixonada. Pela primeira vez apareceu-me alguém perfeito. E com perfeito quero dizer, daqueles mesmo feitos à minha medida. Sem corta-interesses, sem nada. Com tudo, tudo o que eu gosto.

Até tinha pensado em fazer um dia destes um post a informar as meninas de que vale a pena esperar. Não nos deixarmos levar pela pressa de arranjar alguém. Pelo desespero de ver os anos a passarem e ver toda a gente a casar e a ter filhos e nós não. Porque para nós, para aquelas que só se contentam com o melhor, vale a pena esperar. Porque há um dia em que nos vai aparecer alguém que nos faz sentir coisas que nunca sentimos com ninguém. E eu já tive os meus namorados. Alguns. Muitos. Relações longas. Outras nem tanto. Foram todos eles muito importantes, mas sempre achei que lhes faltava ali qualquer coisa. Eles sabem disso, sempre souberam. E foi por isso que a maior parte das minhas relações não deu certo. Havia sempre ali qualquer coisinha que me fazia pensar, caramba, se ele não fosse assim, eu casava-me com ele já hoje. Havia sempre um pequenino defeito que, aos meus olhos, ia ganhando sempre dimensões consideráveis. E amava-os. Mas, havia sempre um mas.

Depois apareceu-me este príncipe. Entrou na minha vida sem eu dar conta, e, aos poucos, foi ganhando um lugar tão importante. Sem defeitos. Perfeito. Perfeito. Como eu sonhei sempre. Forte, muito forte. Demasiado forte. Sem medo de nada. Protector, tão protector. Trabalhador. Tão trabalhador. O melhor em tudo o que faz. Um homem especial como nunca conheci nenhum. Um daqueles que brilham na escuridão e que aquecem um dia frio de Inverno a tanta gente. Especial. Tão especial. E eu não digo isto só porque estou apaixonada e porque o posso vir a perder para sempre. Eu vejo os defeitos quando mais ninguém os vê. Mesmo apaixonada, eu vejo sempre defeitos. Sou a rainha dos defeitos, dos dos outros e dos meus. Mas ele, caramba, ele é mesmo especial.

Eu nem pedia tanto, sabem? Neste momento preferia que ele fosse mais um entre tantos outros, ou até que fosse um cafajeste, para me poupar sofrimento. Mas não. Ele é tudo aquilo que imaginamos de bom. Parece até demasiado bom para ser verdade. A única pessoa até hoje com quem eu me vi imediatamente a ter filhos e a casar, não me perguntem porquê. Eu que nunca pensei nisso. Mas com ele senti uma coisa inexplicável que nunca senti com ninguém. Uma segurança, um porto de abrigo, uma certeza de que me ia fazer feliz para sempre. Senti que havia ali algo de sério. Com a vantagem de ser um eterno solteiro e de prezar tanto a sua independência como eu. Mas comigo, como ele dizia, queria mudar a sua vida toda.

Ontem deram-me o endereço de um blogue dele, daquele que poucos conheciam por ser demasiado privado, e desabei ainda mais. Palavras, tantas palavras, as palavras mais bonitas que alguém podia escrever sobre mim. Meu Deus, como é possível? Até me faltou o ar. Sufoquei de dor. Mostrei a uma amiga minha e ela só me disse: caramba, a vossa história tem mesmo de dar certo. E é a isso que eu me estou a agarrar. À esperança. Ele tem mesmo de se safar disto e de voltar para os meus braços. A nossa história tem mesmo de dar certo.

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