Quando eu fui operada da última vez, as minhas melhores amigas (as três que estiveram sempre lá, sim, sou tão cliché que também tenho umas amigas estilo Sex and the City, que são família, mas que antes da série já eram), que foram as primeiras a chegar ao hospital depois da cirurgia, contaram-me, mais tarde, que apanharam o maior susto das suas vidas. Porque a pessoa que tinha ficado encarregue de falar logo logo com o médico - uma pessoa amiga que trabalha no meio - transmitiu-lhes algo que elas não queriam ouvir. E só depois quando me viram já acordada é que perceberam que a notícia tinha sido mal dada por um dos médicos. Ou então, porque não sabiam como eu ia reagir quando acordasse da anestesia, preferiram optar pela versão pior. E elas contam-me isso de uma forma engraçada, porque tudo correu bem. Fartamo-nos sempre de rir. Uma dizia que olhava para a outra e que ela estava branca. A outra ficou com um nó na garganta e não conseguia articular nenhuma palavra. Enfim, até ao momento em que me viram com cara de teletubbie mas bem disposta e normal, ficaram nesse sufoco. E eu rio-me sempre com isso.
Foi a partir de histórias destas que fiquei a perceber a diferença entre quando é connosco e quando é com as pessoas que nos são queridas.
(continua)
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