Eu avisei que isto hoje ia ser para lá de depressivo (é só mais este post)

Karolina Kurkova

Por vezes penso que sou daquelas pessoas que nunca hão-de ser felizes por muito tempo. E sim, eu sei que há pessoas que estão mil vezes pior do que eu. Sem dúvida. Mas há outras tantas que estão melhor do que eu. E é raro queixar-me da vida que tenho. Quem me conhece, sabe que raramente se ouve uma queixa minha. Mesmo com este assunto, estou para aqui a lamentar-me para vocês, mas só o fiz para mais duas pessoas. E porque é grave. Se não fosse, eu não estava assim. Aliás, já passei por tanta coisa má que já não me vou abaixo por qualquer coisa banal. Neste momento tenho saúde, tenho um emprego, tenho um amor (é por ele estar em perigo que eu estou assim), tenho a minha família, tenhos os meus amigos... Tenho muitas coisas boas. Mas é um facto que quando algum campo da minha vida se compõe, há outro que se desmorona como um baralho de cartas. E não, não me venham cá com histórias do optimismo e da força e daquela história de que a felicidade só depende de nós, que isso é quase tudo uma grande treta. Obviamente que nós contribuimos para grande parte do que acontece nas nossas vidas. Obviamente que muitas vezes só depende de nós estarmos felizes ou não. Sem dúvida. Mas eu não posso controlar um acidente de carro ou uma doença de uma pessoa que me é querida. Não consigo continuar feliz, quando sei que uma pessoa de quem eu gosto tanto está a sofrer, lamento.

Quase tudo nesta vida se resume a sorte. E isso assusta-me.