Os Fanning (pais da Elle e da Dakota) lembram-me uma mãe que nós temos lá na escola, e a quem, inconscientemente, incentivamos a ter mais filhos (ao contrário de outras que, ao invés de serem mães, porque não sabem ser mães, nunca souberam ser mães, a única coisa que fizeram foi estragar crianças que puseram no mundo, e deveriam todas fazer laqueação de trompas, porque todos sabemos que ser mãe não é só ter filhos e não é justo fazer o que elas fazem).
Bom, mas ia eu falar desta mãe, sempre sorridente, sempre simpática, sempre bem disposta, apesar das agruras da vida, e sobretudo do filho que perdeu. Nunca se esquece um filho que se perde, e de certeza que os seus outros três maravilhosos filhos não ajudam a preencher aquele vazio que ficou. Esse vazio ficará lá sempre. Por isso, esta mãe ainda é mais especial do que possamos imaginar. E das mães especiais temos sempre de falar. Porque ninguém cria três, eram quatro, filhos daquela maneira, sem ser especial. Sobretudo porque o faz sozinha, o pai está lá longe, a viver já com outra família, com outros filhos. E o facto de o fazer sozinha ainda me faz admirá-la mais.
A Maria (vamos chamar-lhe Maria) foi minha aluna durante quatro anos. E não me lembro de ter tido uma aluna que reunisse tudo aquilo em que nós pensamos quando queremos descrever o aluno ideal. Inteligente, muito inteligente, com uma cultura acima da média para a sua idade, trabalhadora, educada, do mais educado que possam imaginar, meiga. Todos os outros alunos a adoravam, não por ser bonita, como é usual nestas faixas etárias, os mais bonitos e mais desenrascados são sempre os mais populares, mas por ser exemplar para toda a gente, até para eles que sabiam ver que a Maria era mesmo muito especial e se destacava a olhos vistos de todos os outros meninos.
E como a Maria já passaram mais dois filhos daquela mãe sorridente pela minha escola, igualmente inteligentes, igualmente educados, igualmente exemplares.
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