Mas não deixa de ser uma excelente companhia para jantar
Saturday 31 October 2009
Aaron Eckhart e Catherine Zeta-Jones em "No reservations"
Eu adoro pessoas temperamentais como eu. Que explodem. Que reagem. Que se zangam. Que me põem no lugar quando assim tem de ser. É por isso que, para além de uma amizade, nunca houve mais nada entre nós. Ele está sempre bem. Concorda sempre comigo. Deixa-me sempre escolher tudo. É uma canseira de tão querido que é.
Vamos mas é ser cool aos olhos dos outros, tentando desvalorizar estas parvas dos blogues cor-de-rosa
Heidi Klum
Pois é, parece que a última moda na blogosfera, transversal a quase todo o tipo de blogues - desde o mais idiota ao pseudo-pseudo-intelectual - é dizer mal dos blogues cor-de-rosa (não, não vou usar o termo que costumam usar, porque não gosto).
- Ah e tal, elas só escrevem disparates. Nós é que escrevemos coisas bonitas. Nós é que somos os inteligentes.
- Ah e tal, eu acho ridículos os blogues cor-de-rosa, mas - tcharan - também falo de homens e de outras coisas de mulher. Quer dizer, no fundo, no fundo, eu tenho um blogue igual a esses, mas digo mal deles porque assim vou parecer diferente. Vou sentir-me uma verdadeira mulher inteligente.
- Ah e tal, elas são todas umas parvas, parece que desceu sobre elas uma Carrie Bradshaw, nós é que somos o máximo, porque falamos de assuntos que nem dominamos, mas assim damos uma de inteligentes e cultos.
- Ah e tal - atenção que este é o ponto que mais comichão causa nesta gentinha - elas têm milhares de visitas, mas como é possível? É só gente parva que os lê, gente burra (mas depois eles já sabem mais da nossa vida do que nós, porque será?). Onde vamos parar num mundo em que os blogues mais lidos são blogues cor-de-rosa? Mas, que fique aqui bem claro, que isso não me causa comichão nenhuma, não. Por isso é que nunca me calo com isso e tenho necessidade de post sim, post não, abordar o tema.
O que estas pessoas ainda não perceberam é que A MAIOR PARTE das pessoas que vai ler um blogue, está-se completamente nas tintas para a opinião do Zé da Esquina acerca da Revolução Francesa, ou para a opinião do Zé do Telhado acerca dos resultados das últimas eleições autárquicas. É que para saber esse tipo de coisas, as pessoas compram os jornais onde podem ler a opinião dos especialistas, consultam enciclopédias, lêem livros, vêem debates na Sic Notícias. Ler um blogue, à excepção do Abrupto e de outros do mesmo género, é daquelas coisas que se faz numa pausa para um café para aliviar o stress. Para nos rirmos um bocado. Para descomprimir de um dia cansativo. Se o seu autor escrever bem e tiver piada naquilo que escreve, melhor ainda.
(Escrevam lá mais um postezinho sobre eles. força aí. vá.)
Blogues de papel
E o meu bloguezito (pela segunda vez, que eu saiba) no "Blogues de papel" do jornal Público a propósito do post da Gripe A? Foi bonito. Não fosse um dos meus manos a dizer-mo e eu nem sequer chegava a saber. Que ricos leitores vocês me saíram.
Já só nos faltava a "Face Oculta"? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Friday 30 October 2009
E alguém se chegou à frente com uma interpretação completamente credível
Alguém que saiba interpretar sonhos que se chegue à frente
Audrey Hepburn
Kitty Fane, envergando apenas umas cuecas e um top de alças branco com florzinhas azuis, descalça, cabelo molhado e toalha na cabeça, corre desesperada eixo norte-sul abaixo zona de Sete Rios, com um saco preto do lixo cheio de roupa na mão. Sente frio, muito frio. Doem-lhe os pés. A noite está escura como breu. Kitty Fane sente medo de toda aquela escuridão. Não vê carros. Não vê pessoas. Não vê luzes na cidade.
Vou só ali matar-me a rir, já volto!
Thursday 29 October 2009
As loiras platinadas não deveriam esquecer-se de nada, pois se as sobrancelhas escuras num cabelo quase branco ficam horrendas, imaginem o choque que não será para o novo caso amoroso, quando as vê despidas à sua frente e com outras partes cabeludas do seu corpo negras asa de corvo?
Comentário deixado no post das loiras platinadas pela Ana C.
Comentário deixado no post das loiras platinadas pela Ana C.
Criança morre de Gripe A
É certo que cada pessoa tem a sua maneira de sentir a perda de alguém. A maior parte das pessoas isola-se. Chora. Revolta-se. Não reage. Apenas quer estar com os seus. Ontem descobri que há quem sinta a perda estando a toda a hora na televisão em directo para todos os noticiários. À hora de jantar lá estava a senhora (acho que é madrasta da criança) em directo para o telejornal. Às dez e tal, lá estava a senhora em directo para a rtp n. Qual não é o meu espanto, quando dou conta de que por volta da meia-noite e tal, lá estava a dita senhora na sua casa, em directo para a Sic Notícias.
Loiras de sobrancelhas pretas
Lindsay Lohan*
Eu entendo perfeitamente que uma pessoa se queira transformar numa loira platinada. Sobretudo se o objectivo for dar nas vistas. Eu não sou fã, confesso. Mas reconheço que há pessoas que ficam, de facto, muito bem com o cabelo pintado de loiro. E, hoje em dia, com a carrada de tintas de boa qualidade que existem no mercado, nós podemos ser o que quisermos. Até eu, shame on me, há cerca de uma dúzia de anos tive a minha fase de querer ser loira (mas não platinada, atenção). E, para isso, fiz umas madeixas que, para além de me ficarem horrivelmente mal, me estragaram o cabelo todo. Um horror. Jurei para nunca mais. Onde estava eu com a cabeça? Eu que adoro a minha cor natural. Só mesmo quando ficar com cabelos brancos é que o voltarei a pintar.
Mas, voltando ao assunto, a única coisa que não entendo nas loiras platinadas falsas são as sobrancelhas. Mas porque se esquecem elas das sobrancelhas? Não é suposto uma pessoa loira ter sobrancelhas loiras também (apesar de num tom um nadinha mais escurinho)? É que isto faz toda a diferença. Pois que a pessoa pode estar com uma cor maravilhosa, mas se se apresenta com umas sobrancelhas pretas que nem um tição, deita tudo a perder.
* Sim, esta rapariga com vinte e três anos está assim neste estado - completamente estragada. Ela e a Amy deviam de ser presas no rehab. Que horror. Que desgraça.
Ohhhhh!
Os homens quando querem são uns amores. E eu, apesar de adorar dizer mal deles (a maior parte das vezes só para ver a sua reacção), não tenho nenhuma razão de queixa. Na realidade, eles são quase todos uns queridos para mim. Só tenho é que dizer bem.
O meu amigo Benny (sobre o qual já aqui fiz uma carrada de posts. é que, inacreditavelmente, há sempre coisas giras para contar sobre ele.) esteve recentemente em Nova Iorque. Aliás, deu-lhe uma travadinha e decidiu ir para Nova Iorque de um dia para o outro. Eu achei aquilo estranho, mas de uma pessoa que decide pôr uma licença sem vencimento no trabalho e partir para a Ásia sozinho e sem destino durante uma eternidade, já se espera tudo. Mas esta viagem tinha água no bico. Só ontem me contou.
Pois é, na sua aventura pela Ásia, ele conheceu uma japonesa linda de olhos muito rasgados e cabelos negros lisos e brilhantes que trabalha e vive em Nova Iorque, e lá foi ele ter com ela. Não é lindo? Ohhh! Fiquei até comovida com o brilhozinho nos olhos que ele tinha enquanto me contava toda a história, sobretudo quando falava dela. Claro que voltou muito apaixonado e está a ponderar mudar-se para lá. Não só por ela, mas também por ela, diz-me ele. Digam lá todos comigo - Ohhhhh!
Bom, mas se eu já tinha ficado comovida com a sua história de amor, mais comovida fiquei com o que ele me trouxe. Adivinhando que os meus produtos Victoria's Secret estavam quase no fim, ele decidiu, sem eu lhe pedir nada, trazer mais alguns frasquinhos de cremes, géis (que mal me soa esta palavra, mas existe que eu fui conformar ao dicionário) de banho e perfumes para o corpo. Ohhhhh! Eu confesso que achei muito fofinho.
Não sei se ria, não sei se chore
Ainda há pessoas que levam a sério isto da petição para o Clooney e da catástrofe mundial. Deixem-me cá ver, depois ia alguém a Hollywood entregá-la? Ou iam procurar o barquito, quando ele estivesse em alto mar prestes a dar o sim, para lhe mostrar as assinaturas? Daqui a nada também acreditam que eu estou mesmo a pensar contratar uns capangas para fazer mal à Elisabetinha.
Francamente
Leighton Meester
Um dos muitos males de termos revelado, num ataque de estupidez, o nosso blogue a alguns amigos, é que sujeitamo-nos a ouvir frases do género - Olha nunca mais te liguei porque tenho lido o blogue e sei que está tudo bem.
Adenda: E antes que os meus queridos amigos mais chegados me matem, devo dizer que isto é só uma boquinha para duas pessoas. Os outros estão sempre lá.
O meu George vai mesmo casar?
Tuesday 27 October 2009
George Clooney
Numa altura em que se fazem petições para tudo e mais alguma coisa, não há ninguém que faça uma para impedir esta catástrofe mundial? O mundo nunca mais será o mesmo depois disto. Alguém que ponha fim a esta pouca vergonha. Vale tudo, até contratar capangas para dar um jeitinho na italiana, assim como quem não quer a coisa.
Mudança de óleo
Megan Fox
Todas as oficinas apresentam um ambiente hostil para qualquer mulher. São quase território semi-proibido. São como os corredores dos hipermercados onde estão peças para automóveis ou materiais de canalização. É raro ver aí uma mulher. Até nos corredores das bebidas alcoólicas. Eu sou quase sempre a única mulher que por ali anda a escolher vinhos. Exagerando um bocadinho, uma mulher entrar numa oficina é quase o equivalente a uma mulher entrar na ala masculina de uma prisão. Quando entramos pára tudo. Quando saímos temos quase a certeza de que ficarão a falar de nós nem que seja apenas por alguns instantes. Pelo menos até voltarem a falar nas goleadas do Benfica ou na disparatada capa do jornal "Record" de hoje cujo título é - tcharan - "Águia de Destruição Maciça". Oh God. Quase que consegue suplantar aquela, memorável de tão ridícula, capa do jornal "A Bola" com o Jorge Jesus de óculos escuros como o "Exterminador Implacável".
O bom disto é que os senhores das oficinas são sempre uns queridos e tratam-nos como uma "Alice no País das Maravilhas" perdida no meio da floresta.
Eu confesso...
Marisa Miller
... que nunca percebi muito bem as mulheres que se queixam de receber comentários ordinários no hi5, que se queixam dos homens por estes serem uns babados, mas que depois têm para cima de uma centena de fotos em biquíni e em poses provocantes no perfil para quem quiser ver. Se calhar não é para perceber.
Mas ele não é português
Monday 26 October 2009
Laurent Filipe
E por falar em olhos azuis, é impressão minha ou aquele senhor do júri do programa-dos-cromos-que-querem-ser-cantores da sic, é assim a atirar para o giro? Ia já para dizer - lá se vai a minha teoria de que não há homens portugueses giros, giros, daqueles mesmo giros, de olhos azuis - mas depois lembrei-me que o senhor não é bem português. Continuo à espera de um português genuino de olhos azuis que eu ache giro, giro e que não tenha cara de José Alberto Reis (com todo o respeito que o senhor merece, claro).
Comentários chineses
Anne Hathaway
Já não nos bastavam os comentários dos anónimos maldizentes, agora temos de levar também com os comentários de caracteres chineses. É que se os primeiros são sempre bem-vindos, já que uma pessoa precisa de dar gargalhadas de vez em quando, os segundos são uma chatice, já que não os entendemos. Que praga que se abateu sobre a blogosfera. Pior ainda do que as pragas de gafanhotos.
Olhos azuis
Adriana Lima
Os homens de olhos azuis irritam-me. Não todos. Mas a maior parte, sim. E perguntam vocês - Mas porquê, Kitty Fane? Que mal te fizeram? - E eu respondo. Ora, porque têm sempre a mania que têm olhos bonitos, só pelo simples facto de serem azuis. Podem ser ramelosos. Podem ter as pestaninhas muito pequenitas e enfezadas. Podem não ter brilho. Mas como são azuis, os seus donos acham sempre que têm ali um rico tesouro.
E que mais fazem estas criaturas para me irritar? Espetam com uma foto só dos olhos em todo o lado. Ele é no hi5. Ele é no facebook. Ele é na janelinha do messenger. Têm uma obsessão pelos close up de olhos. Só mesmo para as pessoas ficarem impressionadas. Ah e tal, uau, tem olhos azuis, é o máximo. Deve ser lindo. E o pior é que a maior parte das vezes não o é. Pelo menos no nosso país. Nunca conheci um homem giro, giro, daqueles mesmo giros, que tivesse olhos azuis. Têm todos um ar de José Alberto Reis que eu não aprecio.
Os homens de olhos azuis irritam-me. Não todos. Mas a maior parte, sim. E perguntam vocês - Mas porquê, Kitty Fane? Que mal te fizeram? - E eu respondo. Ora, porque têm sempre a mania que têm olhos bonitos, só pelo simples facto de serem azuis. Podem ser ramelosos. Podem ter as pestaninhas muito pequenitas e enfezadas. Podem não ter brilho. Mas como são azuis, os seus donos acham sempre que têm ali um rico tesouro.
E que mais fazem estas criaturas para me irritar? Espetam com uma foto só dos olhos em todo o lado. Ele é no hi5. Ele é no facebook. Ele é na janelinha do messenger. Têm uma obsessão pelos close up de olhos. Só mesmo para as pessoas ficarem impressionadas. Ah e tal, uau, tem olhos azuis, é o máximo. Deve ser lindo. E o pior é que a maior parte das vezes não o é. Pelo menos no nosso país. Nunca conheci um homem giro, giro, daqueles mesmo giros, que tivesse olhos azuis. Têm todos um ar de José Alberto Reis que eu não aprecio.
Gossip Girl
Eu não sou fã da série "Gossip Girl". É nitidamente uma série para miúdas mais novas. Possivelmente, se tivesse menos dez ou quinze anos facilmente me tornaria fã. Assim não. Mas, apesar disso, vejo. Aliás tenho a primeira temporada em dvd que vi de uma ponta à outra num fim-de-semana de chuva do Inverno passado. Vi sobretudo pelas roupas. As roupas delas são do mais fashion e lindo que há. Depois do "Sex and the City" precisávamos de uma série assim - com um guarda-roupa ao mais alto nível. As roupas da Blair, então, são qualquer coisa do outro mundo. Adoro tudo o que ela veste. Até a lingerie que já apareceu num ou noutro episódio. E os collants? Sim, adoro os collants, sobretudo os opacos pretos que eu adoro conjugar com sapatos de outras cores para sair à noite. E isto para não falar das malas e dos sapatos que me fazem suspirar sempre que vejo mais um episódio.
A minha casa está um caos? Who cares? Afinal de contas, é Sexta-feira!
Friday 23 October 2009
Desconfio sempre de homens com descapotáveis
George Clooney e Gemma Ward para a Vanity Fair
Diz a minha experiência que, para este tipo de homens, as mulheres têm a mesma função que os seus carros - servem sobretudo para exibir, como se de um troféu se tratasse. Além disso, não me venham com histórias, um homem que não goste de se armar aos cucos não compra um descapotável. Sobretudo daqueles de dois lugares. A não ser, claro está, que tenha mesmo muito dinheiro e tenha vários carros, sendo o descapotável de dois lugares apenas mais um na garagem. Se bem que, reconheço, há poucas coisas melhores do que passear de descapotável numa noite quente de Verão.
Judite de Sousa
Sim, a Judite de Sousa não esteve propriamente bem na entrevista de ontem e foi notória a sua falta de atenção à profundidade das palavras do António Lobo Antunes. Aquela gafe de perguntar como era a gravata quando na realidade não existia nenhuma gravata, foi imperdoável. Confrangedora, até.
Acabei de ver a entrevista da Judite de Sousa ao António Lobo Antunes
Thursday 22 October 2009
Anne Hathaway
Era capaz de estar dias e noites a ouvi-lo falar. Sem pausas. E tocou-me tanto quando abordou um determinado tema. Tanto. Tanto. Eu nunca conseguiria descrever tudo aquilo que também vivi, daquela forma. Tocou-me como há muito não me tocavam. Vou ver a entrevista novamente. Estou fascinada.
Que susto
Ainda não recuperei do susto. Preparava-me eu para sair da sala e vir para casa, quando ouvi um estrondo. A dona N. - auxiliar de acção educativa - que subia as escadas carregando com ela o balde cheio de água, a esfregona e um pano, caíu por ali abaixo. O nariz ficou aberto e a testa com um grande galo. Lá fui eu com a minha colega para o Centro de Saúde com a senhora que não quis que nós chamássemos a ambulância. Saímos de lá uma hora depois. Confesso que cada vez admiro mais as pessoas que trabalham neste tipo de sítios. Lidar diariamente com as fragilidades da vida e com a morte não é, definitivamente, para mim. Aquele cheiro a doença deixa-me logo nauseada.
Se fosse agora tinha-lhe dado os trinta cêntimos
Sandra Bullock
- Eu só preciso de trinta cêntimos, minha senhora. - dizia-me ele. Usava um fato velho e sujo e uma gravata gasta e amarrotada. Logo aí reparei que era um arrumador especial. Mas se eu tinha deixado quase dois euros no parquímetro, é óbvio que não lhe iria dar nenhum centavo, até porque ele nem estava no sítio onde eu tinha estacionado. Apareceu do nada. Disse-lhe que já tinha pago o parque e esquivei-me, enquanto ele me perseguia a falar alto, como se estivesse a ralhar comigo e a rogar-me pragas, como é costume deles quando nós não lhes damos nada. Mas não, na realidade estava a recitar o "Mar português" do Fernando Pessoa. Vinha atrás de mim aos gritos - Valeu a pena? Tudo vale a pena, se a alma não é pequena, Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu.... - Estou mais arrependida de não lhe ter dado o dinheiro.
Tese de doutoramento em gravidez
Heidi Klum
A minha cabeleireira está grávida. A minha cabeleireira além de tratar do meu cabelo há anos, é também minha amiga. Conhece o meu cabelo como ninguém. Trata-o como se fosse o dela. Experimenta nele todos os bons champôs e novas tecnologias que vão aparecendo - para ver qual o efeito - sem que para isso me cobre mais do que o brushing normal (a não ser que faça um tratamento excepcional).
Ultimamente, gabo-lhe a paciência para aturar os palpites, as ordens, os conselhos, de todas as mulheres que por ali passam e que, por já terem tido filhos, pensam que são doutoradas em gravidez. É o problema de muitas mulheres. De repente, uma pessoa engravida e sem pedir opiniões tem de as ouvir a toda a hora.
- Ah e tal, não encoste aí a barriga, está a apertá-la.
- Ah e tal, já engordou bastante. O médico não lhe disse nada?
- Ah e tal de certeza que é um menino? De certeza que as dez ecografias que já fez estão certas? É que essa barriga redonda é mesmo de menina.
- Ah e tal, está a usar cinta? Devia usar.
Ontem estava no salão uma mulher tão irritante que, perante o silêncio da minha cabeleireira enquanto ouvia todos aqueles disparates, despoletou em mim uma vontade enorme de pôr a mãozinha na cintura e rodar a baiana. Imperou o bom senso e a educação e remeti-me ao meu silêncio.
Eu acho isto horrível. Eu jamais em tempo algum tolerarei este tipo de coisas. Se um dia engravidar, vou ser a pior grávida de todos os tempos. Não vou querer conselhos e palpites de ninguém, a não ser da minha mãe que teve seis filhos. Não vou querer toques na barriga de quem nunca vi mais gorda. E não vou querer participar em nada que implique dezenas de grávidas juntas, que não tenham outro tema de conversa para além das cintas, dos cremes para as estrias, e de sei lá de mais o quê. E se fizer alguma coisa destas, que nestas coisas uma pessoa nunca pode dizer nunca, estão autorizados a vestir-me um colete de forças - estou oficialmente senil.
Não há dúvida
Wednesday 21 October 2009
Leighton Meester
Não há dúvida de que esteve uma excelente noite para ir jantar ao Jardim do Tabaco. Aliás, não há dúvida de que esteve uma excelente noite para sair de casa. E, antes que me esqueça, não há dúvida de que foi uma excelente ideia ter ido ao cabeleireiro de manhã. Só boas ideias, portanto.
Então vais acampar à porta da Fnac para comprar os bilhetes para o segundo concerto dos U2?
Michael Bublé
É a pergunta que toda a gente me tem feito nos últimos dois dias. É óbvio que não. Era só o que me faltava. Os U2 são engraçadinhos e eu gosto, mas não merecem que eu passe uma noite ou umas horas ao relento, sobretudo agora com o frio e com a chuva. Vou à Fnac, sim, mas só no sábado à tarde. Se esgotarem logo de manhã, paciência.
É que os músicos/bandas pelas quais eu dormia ao relento, já os vi todos ao vivo, e nunca foi preciso esse sacrifício. Só faltam mesmo a Nina Simone e este doce de menino. Quanto à primeira já não se pode fazer nada, a não ser que ressuscitem a senhora do mundo dos mortos (o que já não me admirava nada, uma vez que hoje em dia já fazem tudo para ganhar dinheiro, até pôr mortos a cantar). Quanto ao Michael Bublé , com o qual eu tenho um sonho - de o ter acompanhado de uma orquestra a cantar só para mim, numa sala enorme, comigo sentada numa poltrona vermelha - podiam trazê-lo cá o mais rápido possível.
E na primeira vez que as calcei parti uma unha
Leighton Meester
A força que eu faço para calçar e para descalçar as minhas botas novas, deve equivaler mais ou menos a uma boa meia hora de musculação no ginásio onde eu, shame on me, já devia estar inscrita desde Setembro . Isto de fazerem botas de cano bem alto sem um fechinho cá em baixo, sem nada, tem de acabar.
Amigas de infância
Izabel Goulart, Miranda Kerr e Doutzen Kroes
Das minhas amigas de Infância, eu e a S., além de quase irmãs, somos as únicas que continuamos solteiras e sem filhos. Uma está divorciada com dois filhos. A outra está mal casada. Diz mal do marido a torto e a direito, mas tem vida de dondoca graças a ele (não faz mais nada a não ser tratar dos três filhos, ajudada por uma ama. ui que trabalheira). As outras estão casadas e aparentemente felizes. E digo aparentemente porque quando nos vemos só temos conversas de circunstância. Quer dizer esquecia-me da L., cujo marido é uma criatura assim mais ou menos assustadora e que deve pôr e dispor dela conforme dá o vento.
De vez em quando, muito de vez em quando, sobretudo quando vou à casa dos meus pais, cruzo-me com elas. Mas já não temos nada a ver umas com as outras. Aquelas raparigas com quem eu passei a minha infância e a minha adolescência, que contribuiram de certa forma para a formação da minha personalidade, hoje já não têm nada a ver comigo (à excepção da minha querida S., claro). Não deixa de ser um bocadinho triste.
Nós precisamos de acreditar que ainda existem homens românticos
Heidi Klum
Olhei para a pista e achei que metade daquela gente de aparência sexy e descontraída sentia no fundo falta de acordar com alguém ao lado a quem não sentisse necessidade de pedir que lavasse os dentes antes de se voltarem a beijar. Porque esse é o critério científico mais preciso que conheço para detectar o amor. Conseguir desfrutar daquela doce – em teoria insuportável – halitose matinal da pessoa que se tem ao lado sem a interferência de um dentífrico. Mas isto sou eu que digo... E sempre ouvi a minha mãe dizer-me, carinhosamente é certo, que tenho uma certa pancada.
no Alfaiate Lisboeta
Eu acho que nós, mulheres (e aqui refiro-me sobretudo a mim e a mais meia dúzia delas com as quais já comentei isto), precisamos de mais bloggers que escrevam estas coisinhas assim tão simples e ao mesmo tempo tão românticas. Estamos um bocadinho cansadas de homens que escrevem só sobre política, de homens que escrevem só piadas, de homens que só citam escritores atrás de escritores, que só falam dos filmes europeus que poucos viram, numa de mostrarem que afinal até têm mais cultura que o blogger do lado. Esses são importantes, sim, nós gostamos também, sim, mas precisamos de ler estas coisas. Precisamos de acreditar que afinal ainda há homens românticos que escrevem estas coisas bonitas (mesmo que não concordemos na parte da halitose matinal). E, juro, desta vez nem estou a dar qualquer tipo de importância ao facto de o rapaz até ter um palminho de cara.
Um verdadeiro desgosto
Leggings brilhantes
Monday 19 October 2009
Kate Beckinsale
Há dias estive-não-estive para comprar umas leggings brilhantes como as da foto, mas imperou o bom senso e decidi não as trazer. Onde ia eu usar isto? Para ir trabalhar? Nem pensar. E o Carnaval ainda vem longe. Mas lá que ficam bem na Kate Beckinsale, lá isso ficam. Não era o meu caso.
Vou só ali pular, bater palmas e dançar mais um bocadinho, já volto
Kate Winslet
Quero lá saber dos bilhetes dos U2. Quero lá saber das pequenas coisas da vida que me aborrecem. Quero lá saber dos anónimos que diariamente me carregam a caixa de comentários com veneno e invejas. Quero lá saber do calor ou do frio que faz. Quero lá saber de tudo. De que me interessa tudo o resto, se acabei de ligar ao médico e ele me disse que estava tudo bem? Nada, absolutamente nada. Hoje o mundo pode desabar à minha volta que eu vou continuar feliz. Muito feliz. Amanhã não sei, mas hoje a pessoa mais feliz do mundo chama-se Kitty Fane.
Há por aí algum bilhetinho a mais?
Kate Winslet
Eu não me lembrei que iam pôr à venda neste fim-de-semana os bilhetes para os U2. Só qdo passei pela Pc Clinic para deixar o cadáver é que dei conta disso por causa da fila enorme de gente. Confesso que ainda tive uma esperançazinha de que não esgotassem logo no sábado, mas não foi isso que aconteceu e, por isso, quando soube fiquei durante cinco longos minutos muito desgostosa. Depois passou e mentalizei-me de que o melhor a fazer seria arranjar um programa daqueles estrondosos para fazer nesse dia que me fizessem esquecer o concerto. Mas depois lembrei-me, pfff, que ainda falta um ano. Num ano muita coisa muda.Além de mais, eu não sei onde vou estar na próxima semana, o que fará daqui a um ano. Já estava mentalizada, portanto. Mas quando o meu amigo M. me disse que tinha estado na fila para comprar o bilhetinho para a sua amiguinha Kitty Fane, e que quando estava mesmo, mesmo quase a chegar ao balcão, os bilhetes se esgotaram, fiquei novamente com vontade de partir tudo.
Vícios
Sunday 18 October 2009
Sarah Jessica Parker
Estou a escrever-vos do meu portátil novo. Lindo, lindo que só ele. Uma autêntica jóia da coroa que me fez gastar dinheiro antes do tempo. Eu até queria comprar um novo, sim, mas não era já já. Mas como o antigo morreu sexta-feira de madrugada (para que ele ressuscitasse teria de pagar metade do preço de um novo) e eu dei conta de que a minha cocaína e os meus anti-depressivos afinal são um computador ligado à net, lá tive eu de ir a correr à Fnac, num domingo à tarde (coisa que abomino), depois de chegar de viagem.
É que se souber que não tenho um computador ligado à net em casa, começo a delirar e a entrar em histeria. É triste, mas é a realidade. Nada que eu não suspeitasse, mas agora tive a certeza. Até posso ir de férias sem ele e nem sentir falta, até posso andar um dia inteiro sem me lembrar que isso existe, mas se souber que não o tenho, entro em transe, tenho ataques de urticária, fico com vontade de bater em toda a gente, e isso não é bom.
I love NY
Adoro
Saturday 17 October 2009
Só falta a chuva a cair lá fora
Friday 16 October 2009
Ohhhh
Anne Hathaway
Já há dias tinha ficado um bocadinho vaidosa com um comentário elogioso aqui deixado pelo Pedro Rolo Duarte - um homem que eu sempre gostei e que admiro há anos - e agora mais vaidosa fiquei por ele ter posto o "Amor é um Lugar Estranho" como o Blogue da semana. Diz ele - No capítulo blogues de raparigas que falam de assuntos triviais com ironia e despreocupação, é um dos meus favoritos. Obrigada, Pedro.
E para encerrar de uma vez por todas o assunto
Thursday 15 October 2009
Eu não sei o que é que me irrita mais, se a Maitê Proença ou se as pessoas que agora aproveitam este episódio para dizer mal dos portugueses - que somos uns provincianos, que não temos sentido de humor nenhum - como se aquele vídeo tivesse um humor muito refinado a que só os inteligentes acharam piada. É óbvio que não se justificam as petições e afins que circulam por aí, mas também, calma aí, não nos tomem por parvos. Experimentem pôr um vídeo no Youtube com uma criatura a dizer mal de Espanha e dos espanhóis, ou dos Estados Unidos e dos americanos, ou de outro povo qualquer com o desprezo e a estupidez com que a brasileira o fez, para ver qual é a reacção. Experimentem, vá. Até podem ser vocês que escrevem tanta barbaridade como as que acabei de ler num blogue perto de si.
Isto de ter fama e não ter proveito...
Mischa Barton
E para tirar todas as dúvidas, os calores ali de baixo do post de Sexta-feira deveram-se simplesmente a uma injecção de contraste para fazer uma T.A.C.. Quem nunca levou, não saberá do que estou a falar. E, acreditem, sobem uns calores por nós acima, que não são brincadeira. Tanto, que até nos falta o ar. Portanto, ao contrário do que algumas pensaram, não foi uma sensação boa. Nada boa. Como não será também ter de ligar ao médico na próxima semana para ele nos dizer o resultado. E, apesar de todo o optimismo e de tudo levar a crer que está tudo bem, estas esperas são sempre terríveis.
Quando não há mais nada para dizer, fala-se do tempo
Esta é a realidade de muitas relações, infelizmente
Sienna Miller
Acho perfeitamente saudável um casal manter os programas com os seus amigos, sem haver a necessidade de levar sempre o outro a reboque. Por isso, sempre gostei que os meus namorados mantivessem as suas idas ao futebol com os amigos, os seus jantares, as suas saídas. Da mesma forma que eu mantive sempre as minhas. Mas, claro, sempre com conta, peso e medida. Se as saídas se tornassem diárias e se prolongassem até altas horas da madrugada, era pessoa para ficar para lá de desconfiada e de achar que algo de errado se passava.
Ora há dias fui lanchar com um ex colega meu, casadíssimo, pai de filhos, com quem sempre tive uma excelente relação e com quem sempre falei de tudo.
Perguntei-lhe como andava o seu casamento, ele responde-me que andava óptimo. Perguntei-lhe se tinha voltado a trair a mulher , uma vez que já o tinha feito antes, e foi aí que me caíu tudo. - Ah e tal, sabes que eu tenho aqueles jantares da bola e saio com os meus amigos e muitas vezes vamos à discoteca , conhecemos gajas e andamos com elas. - assim como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Eu fiquei sem palavras. Fiquei desiludida. Fiquei chocada. Por ele, pela mulher dele e pela triste realidade de muitas relações
É Chanel
Wednesday 14 October 2009
Sobre o episódio da Maitê Proença
Isto é uma reacção provinciana e saloia dos portugueses. Somos um povo sem capacidade de humor e autocrítica. Há algum português que vá ao Brasil e não goze?" Ah ah ah. Bom, eu já estive no Brasil e não gozei com os brasileiros. Muito pelo contrário. Mas isso agora não interessa nada. Até porque já se esperava uma reacção destas do Miguel de Sousa Tavares a propósito deste episódio. Aliás, ele não devia estar já a viver no Brasil? Não tinha dito que ia viver para lá uma vez que estava farto do nosso país? E o que continua cá a fazer? Eu juro que já gostei do homem, sempre o achei um charme, já li um ou dois livros dele, mas ultimamente não o suporto. Não há paciência. Está com o ego proporcional à sua estupidez.
E a Maitê Proença? Bom, eu propunha que, quando ela viesse cá, a surpreendêssemos com um apedrejamento em praça pública, assim como quem não quer a coisa, com pedrinhas pequeninas, nada de grandes exageros, até podia ser logo à saída do aeroporto, e depois disséssemos todos em coro que não passava de uma brincadeirinha do povo da terrinha. Afinal de contas, temos de lhe mostrar que também temos sentido de humor. Não é verdade?
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