A idade traz-nos estas coisas boas
Tuesday 9 February 2010
Kelly Reilly
Nestes últimos tempos, aprendi a dizer tudo aquilo que eu sinto, sem medos. E, apesar de já me ter sentido por duas ou três vezes uma Wendy*, perdida, na estação de comboios de São Petersburgo, e de até ter soado o Mysteries da Beth Gibbons nos meus ouvidos, a verdade é que tudo isto tem sido muito bom. Ontem, por exemplo, liguei a uma pessoa com quem não falava há algum tempo. Se calhar há um ano ou dois, e estando na situação em que estou agora em relação a ele, não lhe teria ligado, porque iria focar-me no que ele iria pensar e o meu orgulho iria interferir na minha acção. Mas ontem não, ontem apeteceu-me ligar-lhe, e liguei. Sem medos. Sem nervosismo. Ele ficou tão espantado - gaguejou - por eu lhe ter ligado, que pensou que me tivesse acontecido alguma coisa grave, pois só isso justificaria o meu telefonema. Sexta, vamos lanchar.
*Personagem interpretada pela actriz da foto no filme "Bonecas Russas".
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