No próximo ano (lectivo, claro, que, tal como disse a Rosa há dias, as pessoas que trabalham nas escolas regem-se por anos lectivos) a minha vida profissional vai mudar um bocadinho. E eu, que adoro rotinas, confesso que ando a pensar mais do que a conta nisso.
Vou receber novos alunos. Daqueles muito pequeninos e fofinhos, mas que vêm quase sempre em estado bruto. Ou seja, regras não são com eles. Pelo menos as regras da sala de aula. E tirá-los desse estado bruto, exige muito muito trabalho. E altas doses de paciência. Muita paciência.
Depois vou mudar de horário. Ao fim de não sei quantos anos, vou deixar a tarde, e o mais certo é ficar com o horário duplo da manhã, o que significa começar a trabalhar às oito da manhã. É muito cedo. Tenho de saltar da cama ainda antes do raiar da aurora. Não sei o que é isso há anos. Pelo menos para ir trabalhar.
Para terminar, talvez vá deixar de trabalhar frente a frente com a C.. A C. é minha colega e amiga. Estamos sempre a ir à sala uma da outra pelos mais variados motivos. Conhecemos os alunos uma da outra como a palma das nossas mãos. Trocamos trabalhos e ideias a toda a hora. Complementamo-nos de uma forma perfeita. Por isso vai ser complicado.
Por tudo isto, estou empolgada e ao mesmo tempo ansiosa. Como adoro rotinas, tenho sempre uma certa dificuldade em adaptar-me à mudança. Mas depois desse período inicial mais complicado, tudo se encaminhará. Tenho a certeza.
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