Adriana Lima
Hoje fui visitar uma amiga que está internada no Hospital de S. José. Como aquilo é um caos para estacionar, decidi deixar o carro num parque de estacionamento e apanhar o metro para o Martim Moniz.
A última vez que tinha andado de metro foi quando fui ao Rock in Rio, o ano passado. Quando tento inserir aquela treta do cartão "Viva viagem" que tinha adquirido nessa altura, o senhor que ali estava disse-me que já tinha terminado a sua validade (tem validade de um ano).
Peço desculpa, mas já não basta sermos obrigados a comprar aquela treta mesmo que queiramos apenas fazer uma simples viagem ocasional, agora ainda tem um prazo de validade só de um ano? Isto não se admite.
Depois ainda querem que se ande de transportes públicos? Nem pensar. Aquilo é uma roubalheira. Quais são exactamente as vantagens desses cartões, além de servirem para extorquir, sem dó nem piedade, o dinheiro das pessoas?
Como se não bastasse a irritação com que eu fiquei, saio na estação de metro do Martim Moniz e parece que estava no Chicago dos anos 30. Gente mal encarada por todo o lado. Homens, centenas de homens ali parados por aquelas ruas a olhar uns para os outros, vá lá saber-se à espera do quê. Eu só tive tempo de agarrar com muita força na minha malinha que eu amo, e fugir dali o mais rápido possível, enquanto era seguida por um bêbado que gritava:
- Dás-me um cigarro? Dá láá! Dás-me um cigarro? Dá láá!
- Eu não fumo.
- E uma moedinha pa uma bica não marranjas?
- Eu não fumo.
- E uma moedinha pa uma bica não marranjas?
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