Depois de um serãozinho nas urgências de um grande hospital público a acompanhar a minha querida S. que se partiu toda ao cair de um escadote, dei conta de que, de facto, os hospitais só têm mesmo piada na Anatomia de Grey. E, para dizer a verdade, já nem aí. Nada que eu não soubesse, uma vez que já fui operada várias vezes. Mas, nas urgências tudo se torna mais real. É o senhor com a roupa cheia de sangue que teve um acidente. É a criança com a tala dos pés à cabeça. É a senhora que acabou de ser assaltada com a cara roxa.
Cada vez admiro mais as pessoas que trabalham nos hospitais, porque lidar diariamente com as fragilidades da vida e com a morte, não é, definitivamente, para mim. Antes dar mais um aninho de aulas naquele bairro problemático onde, ainda criancinha, caí de pára-quedas no início da minha carreira (dou aulas há quase treze anos e essa escola foi o meu baptismo de guerra. depois daquilo fiquei pronta para tudo.).
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