Adriana Lima
Uma das vezes em que fui operada, fui obrigada a lavar-me (inclusivé o cabelo) com um gel desinfectante, antes de entrar no bloco operatório. Ora sendo eu uma mariquinhas com o meu cabelo, era uma coisa impensável lavá-lo apenas com o dito gel desinfectante. Sem um amaciador. Sem um hidratante. Principalmente se tivermos em conta que tinha ido no dia anterior ao cabeleireiro e o meu cabelo se encontrava completamente sedoso e brilhante, pronto a enfrentar o corropio de médicos giros que se passeiam por qualquer hospital. Mas lá fiz eu o que me mandaram. E fui lavar o meu querido cabelo com aquela coisa horrorosa.
Como o meu cabelo é muito forte e muito comprido, dificilmente seca sem a ajuda de um secador. Pedi o secador. Quando me preparava para secar o cabelo, foi precisamente quando me levaram para o bloco operatório. Lá ia eu de cabelinho molhado. Que tristeza. Como se não bastasse a triste cena, ainda me enfiaram uma touca na cabeça.
Mas o melhor ainda estava para vir. O melhor foi quando acordei cinco horas depois. O meu cabelo parecia palha de aço. Áspero. Baço. Uma autêntica juba de leão. Quer dizer, já não bastavam as ligaduras e os pensos e mais não sei o quê, ainda tinha uma juba de leão na cabeça.
(E, antes que me perguntem mais vezes o mesmo, eu já falei dos cuidados que tenho com o cabelo aqui e dos produtos que uso aqui.)
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