By the way, já tenho saudades delas
Wednesday 5 August 2009
Ines Sastre
Trabalho num sítio que se pode considerar um paraíso. Sobretudo em matéria de colegas. Adoro toda a gente (pronto, pronto, só não adoro um estafermo). Mesmo. Cada pessoa à sua maneira. Cada uma diferente da outra. Todas completamente adoráveis. Se precisar de um qualquer favor, vêm logo quatro ou cinco para mo fazer. Há magia ali. Por isso quando me dizem que muita mulher junta dá confusão, e quando me vêm com aquela história horrível, deprimente, vergonhosa, inadmíssivel, de que as mulheres são sempre cabras umas para as outras, eu encho-me de urticária e desato logo a responder que não, que não é bem assim, que provavelmente as mulheres que dizem isso são as que, de facto, são umas cabras para as outras.
Mas o que eu queria dizer é que elas - as minhas colegas - só têm um pequenino "defeito". Como procriam todas à velocidade da luz, na maior parte do tempo não falam de outra coisa. E se, na maior parte dos dias, eu tenho paciência para ouvir pormenores do parto natural de uma, da cesariana de outra, ou das gracinhas do rebento de outra, há outros dias em que a minha paciência se esgota e tenho de desligar um bocadinho. É que a dada altura já ninguém se está a ouvir, querem mesmo é que chegue a vez delas de falar. Como escreveu e bem a Inês Teotónio Pereira no jornal i do Sábado, aquilo transforma-se numa espécie de conversa entre surdos bem educados.
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