Bar Refaeli
Tinha eu acabado de fazer snorkeling junto ao resort quando decido dar ali um mergulhinho numa zona menos profunda. O problema é que, quando dou conta, sou empurrada pelas ondas para uma barreira de coral, e não tinha sapatos para me protegerem os pés.
Eu bem tentava sair mas não conseguia porque os meus pezinhos mal tocavam no fundo ficavam logo cortados. Não dava para nadar porque não havia profundidade. E ali estava eu a tentar sair dali, sempre a escorregar, já com a água raiada de sangue e a gritar ai ai ai, ai ai ai, meia a rir, meia aflita. Porque se por um lado sabia que não ia ali morrer afogada, por outro sabia que ia sair dali toda estraçoada.
Quando dei conta, e assim do nada, emerge das águas um homem lindo que por ali andava a fazer mergulho com todo o equipamento. Estende-me a mão e leva-me para um porto seguro. É que, meus amores, se não fosse ele eu tenho a ligeira impressão de que agora ainda lá estava. Sem a ajuda de ninguém eu não conseguia sair dali. E quem estava comigo estava bastante distante.
Escusado será dizer que, mais uma vez no Egipto, fiquei rendida aos encantos de um homem. E, mais uma vez na mesma viagem, fui tratada como uma verdadeira princesa. Era capaz de me habituar àquilo. Era mesmo capaz.
O único senão foi que à custa desta brincadeira, andei com o dedo do pé todo cortado, a perna cheia de nódoas negras e a mão toda ferida.
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